sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Acalantinho

Na tijuqueira peguenta da estrada
que às vezes verdece inteira e noutras
é quissamã Cavernoso
de potro chucro pasto fora
achei você, moça branca
dos olhos castanhos da mais profunda Lindura____

tempo perdido se afobar
com pororocas e demais Ranchéus:
quando acordei tava aqui
mais derrancado de Amor
ver beija-flor no poxoréu das Florícies,
todo entornário
dos olhos d'água mais raros,
das mãos de chuva do vento.
(Imagem: Casal em Verde, de Ismael Nery)

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Balancês(Pro amigo Heyk Pimenta)

Andança na madrugada chuventa.
Levando pra casa os lábios
há muito Inúteis, e o corpo que nunca não viu
mulher em pêlo nesses outonos Sofrentes.

A casa mais recendente
àquele cheiro Jacinto
despida de light e família, roncó Madurício
de tudo quanto foi desenredo
já 'maginado e vivido.

O cheiro que troteia bem na cacunda dos ventos
é verde-mato, assôpro dum  respiréu que por instantes desmente
a barafunda Candonga 
desse embolô mais remeleixo dos Quintos
adonde eu mais e profundamente
sem vislumbrê de Luzeiro desço a ladeira
de mais esbregues e cramulêras 
fedentes a inverno Próximo:

despoxoréu na madrugada chuventa
levando os lábios Inúteis
nesses outonos de nem Mulher nem família
pro quarto catingando a Jacinto____

sem balancês de Saída.

 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Cantiguinha

Queria do mar as ondas  de traz-Infância:
aquelas que sopram  veludo
sobre teus pés, dos ventos  um  cicio em Flauta
a te encantar de carícias

Queria a verve em laranja
dos sabiás cantadores
pra te acordar quando as manhãs
subissem o alto de teus olhos escuros
e então  sorrisses....

 Eu te diria outra vez
que andei mil  léguas de Mundo
pra me perder 
ao te Encontrar  nesta vida....