Maracangalha, praça principal.
Manhã sacode a soneira assim
num quê mamulengo,
portas num chamegô
prum sol caiado de vermelho e frio
A madrugada sumiu
pra junto do Enxú do Mato,
e das quireras, sacis
mais poxoréus com tudo quanto é de-Medo,
voltam depois, Certezura.
Defronte à praça um buteco,
acaba mesmo de abrir
à espera dos velhos de liforme branco,
chamando pro bucho o desjejum
manjado: Linguiça frita mais uca,
as marteladas nunca menos que dez
banzando à solta apareceu Biguá,
cachorro da rua,
e que tem 32 donos: Balança um rabo sem pêlo
e some na ladeira da esquina,
adonde aponta o turco mascate,
os velhos de olho
nas quinquineras trazidas,
embora os preços sejam de um tipo
que chama rusga e tabefe
Depois depois o banzé
da gente solta nas ruas,
passando à pressa a praça agora animada,
mulheres homens mundéus
desse carrôço de boi
de mais um dia nheim-nheinhando
essa VIDA...
ô poema gostoso sô!
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