terça-feira, 26 de outubro de 2010

Partida

      Quizomba Má na estação Leopoldina:
      de cambulhada vão-se embora meus braços,
      junto dos ombros do poeta
      que segue bêbado no bonde,
      indo  pras Picas
      e  pra canto  Nenhum.

      Chego pra tarde Seco:
      sem fumo, terço, araucárias.
      Cantiga sem beira agora.


     Morte virá depois,
     sacramentar a partida.
     Sem esculturas  nem flautas.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Outonos

       O coração numeroso anda em Silêncio.
       Procuro um rosto_____
       a luz que Oscila
       anda sem olhos a cidade inteira.
       E se acabaram os homens,
       já não cabe discutir as flores.

      Procuro   um rosto_____
      e dos espelhos  vejo terraços
      sobre oceanos, porém desertos_____
     a tempestade avança e das entranhas
     são galeões digeridos
     o que   Resta_____

    E não sou mais
    nem   Isto: visto os Outonos,
    desenredos  me   Existem.

Estudo

        Noite. Serão talvez onze horas,
        na janela do quarto
        imagem Curta nos olhos,
        nenhum Saltério nas retinas cansadas.

       Ninguém  falou que era a guerra,
       e que os jardins precisavam de água,
       descantarência Agressiva.

       Céu  de bronze por cima
       andando na cidade Inexplicável,
       os homens  Náufragos
       de  mais-Valia____

     são  barris de petróleo,
     ombro  Nenhum.