quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Ventariscências nos quatrocentos Litórios(Pra Mana Débora Nascimento, e prêle Augusto Guimaraens Cavalcanti)

Desfízios de trás-Montana a verberar Mondríííííans
nos caçapós Jaguaripes daquele 'marfanhado brazuca
de cabelê escorrinhado e fazedô de burrácha
nos istéus d'Acreança
em 1912, ressalvaradas todas disposições em Contrário:

PUBLIQUE-SE este margentarento Apophísio
junto das cercas maldezalentas e tão cózes-Planaltos
que legiões futurísmias não vão poder Serrilhar, sob penança

de trovojões e canários monstrengos,
matriorôskas elaboradas com Sangue, ebós barbudos
e demais semáforos grão-Fecharados
p'rélas Almícias infantes, tão mal cuidadas
por ele progênito do Encampalário Absurdo
do vão-País de mim-Mesmo__________

por sobre o que não Fui há cinzelências e pontes
que só um outro -  Metade d'Eu
quer passarar e Morrer_________

AINDA MAIS quando por causa dos Hômi
CAEM CRIANÇAS do céu
assim bem Mesmo sobre as três águias e Esfinges
que Antevirão, forroró pé-de-Serra
do cabroléu Caba-Mundo, ventariscências
tão litorais, Quatrocêntios.


terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Apophiose(Valsêlha-Choro em nove por dezesseis. Pra amiga Antonella Pareschi depois de um post Importante. Também pro Leonardo Marona, e pro Sergio Cohn. E pro meu mano Hugo Stutz)

Sonhão de íris morto a nove brasas:
mastrélas roxas sob um mar de outono 
fuzuério e Corno - as sentinelas respiravam braças
dum só mar Antanho e no entanto vãos, trezentos e
cinquenta postes onde as cabeças do rei
de copas: o resto foi o pai 'rranjado pela Eternidade 
e cujas mãos quebraram ipês
que eram minhas asas Todas e mais:
fuzarcas de violescências__________

os meus sentidos enxergaravam lunários
e mesmo Assim o pai capando minhas asas
achava que não estava partindo os Espelhos

e se gabava que Era o pôr do sol pelos jardins 
quando a verdade é que matava à prazo
minha Mãe... e todo o Méier

falava à baldes sobre as nuvens com sífilis 
e a Serradura
que a minha vida Seria...

mas sobre tais futurismos 
mancenilhas esbagaçadas em 1913
e nunca mais pude sentar com seis pernas
e o bau-Cachimbo que à tribo inteira faz Torta_________

escala em Campos de Carvalho e o coelho branco 
trauteando pelo meu sangue enquanto de medo
eu mijarava nas camas e meu pai 'stuprava ela mãe 
ali, parede alenvítia__________

daí cigarras Mazingas, morabelês Uncarnados
e a última Ilusão foi grão-Partir os espelhos:

São Mármaro folheia o fim do Processo
e os dois bungos de casaquê a esfaquear o coração 
do K. são na verdade ornitorrincos
de francenêlha e gravata, e a faca parte num Zúnzio
delas fronteiras das páginas pro avarandado do peito
e sete princesas mortas depois
sou Eu, tão galeões naufragados e os Istopíus

foram meu bó-pai-do-mato, jurado de morte 
por tudo quanto foi Caapora nascido_________

mastrélas rotundas mas rotas sob mar d'outono
e cagalhões pela banheira e nove surras de Cegar querubins
e sons de vozes amarantamente,
mas tão Inúteis quanto
o "miserere" dos outros...

as rãs Sem Dúvida hão de coaxar-Me -
já que não fiz itororós nem canudos -

contr'ele pai macuco de Erínias,
after all más desinências de fuso, cigarras 
morrerencendo valsêlhas
pelas janelas da Tarde.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Dispois dum Pito Jacinto(Pro Microscopista e pro Testamenteiro. Pro Augusto Guimaraens Cavalcanti)

É noite e por toda minh'alma faz Noite_________

senti que vinha me chamando, fundo de vala ou rio
propondo carnavais misteriosos,
e como sempre nesses cacasos
ninguém cridíta que o viverente
dispa de fato o fato, gravatameiasceroulas
e mais a Única alma que inda mafalda
respira... - os brararDósios dos heyks
a mungurar pro grão-Mundo que tal cangalho fora da curva
tem mais é que ser Mesmo assafrado
e mais depois servir de pasto às Fogueiras donde não Volte_________

a perturbar eles sábados, tráfegos 
e a busca Retinta pelo antebraço faltante
do Blaise Cendrars e da seleção de futebol da Bulgária.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Cantares Prânios(Pra Luciana)

Um sopro vindo de muito Longe...

E as nuvens se espantararam, feito rebanho
de cabras descendo escarpas.
E num repente a rotação do planeta 
ficou mais Leve, 

e pela prima vez em centênios
o peso destes ossos Tronchudos deixou de ter
importância, noutro repente os horizontes do Mar
abriram vênias cortinas, e as caravelas de Sagres
há muito dadas como perdidas encheram todo
o horizonte, voltando ao porto de Lisboa, e bem por cima
o passaredo saudava as mães 
que novamente abraçariam seus filhos...

Vi tudo isto no sopro morno, moreno
em forma e corpo-Mulher, dos olhos-Noite
mais puramente Magícios, primaverências
a levantar a saia das árvores:

o Sopro, mulher, era Você espadanando com as nuvens, 
e o céu agora
era de todas as Cores.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Teus Olhos(Concertino-Apronto para nascentes de rio e os tamborins da Portela. Para Luciana Marques)

Teus olhos: flor das janelas 
da casa das antigas Palavras: amoras mangas cajás,
estrada mais que Amavelmiga onde bordejam Ipês
de toda cor
já neste mundo Pensada.

Teus olhos: escuro de grota funda
onde as mães d'água te invejam
porque teus beijos a ninguém afoga nos brejeréus,
mas eis! São feitos
do pólen das fadas mais Brasileiras, 
tão Narizinhos no Sítio
onde os sonhares 
são rotineira Frescura.

Teus olhos: parentes de outras dez vidas
como as que o alferes quisera
depor no altar dela Pátria, quero ser ombro onde eles pousem
seus pés de pássaro e Dança  -  ombro
de carne, sangue e Itabira______  Ferro, seguro Cais
e mão Forte.

Quero pomares de Encontros nesses teus olhos
onde o boitempo é sempre sempre
de Sêmpreres, sem maus sacis
e mais cangalhas de choro_____

quero Abrigança nos mares 
de teus abraços, mulher: porque parecem Comigo,
tropeiro-Andante
do mundo das pessoas-Aves,
transarvoredos Azuis por todo espaço
lavrado em sete caminhos,
onde anda Inteiro um País:
ao som do mar 
e à luz do céu profundo.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Contiço Arrabáldeo(Em Memória das vítimas do Ato Institucional n. 5, promulgado também num 13 de dezembro, 68. Pro Hugo Stutz, e Ana Helena Ribeiro Tavares)

A rua da padaria
são todas as bolas de gude da minha infância,
são pássaros(com a cara do Cohn)
dizendo como é duro venderer poesia -
num patropí onde renans sobrevivem
que nem 77 no Ceará,
aquela seca Incardida.

A rua Mara da padaria 
são vincolhões masgaraiados no tacho
pra se engulir com ossos e farinhanha
- munguntrapos -
do cobrelô vaguerejando no espaço um segundo
antes da morte atrapalhando ele tráfego,
os bós centavos
fora da porta das casas_________

a rua(Escura) da padaria 
fugiu com os sabiás derradeiros
e as praças de 1918 com babás, crianças

e um tempo que lerdeava Pachôrro,
bonacheirento nos chuvês de Músguio.


sábado, 10 de dezembro de 2016

Randomiscência Tardíssima(Pro Marcelo Reis de Mello, e pra Luciana Moraes)




Toda essa gente se engana
e então não Vê que você 
bebeu Jurema pra ver
Filhos de Gandhi 
dançar um trôncuro nas extensuras
delas paredes do quarto________

de Empós cê viu brasília Ruir
porque deixamos os cupins humanos Crescerem
e sugarem pra eles toda umidade relativa do ar, 

e nos espelhos nenhum Paranoá resistiu,
depois que o sol da liberdade 
fugiu batendo a porta dos fundos
e ninguém Viu nas salas de jantar, 

que os zôio d'água agora são deutérios Fabungos________

 e os hômi Côrno andarolando lérias
'stão ocupados em nascer e morrer,
os últimos sonhos
sumiram dos quadros, Todos.

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domingo, 4 de dezembro de 2016

Cantilerena(Parceria com Luciana Moraes. Pro Augusto Guimaraens Cavalcanti)

Manhãgangária, Ribômboa:
acordo assim ver prestação chorada, lagoa escura
isso de ver na subida 
que nenhum monstro emergiu de-Noite 
pra machadar as pernas do planeta-navio________

libélula batendo os pinos
na janela Implacável, e desdantôntem
perdi meu lugar na chave.

Olho pralém a tempo de ver passar
a malta no pasto-Asfalto 
manietando o avô colocador de pronomes,
cabaram-se as vagas todas 
em cima dos Jabutis:

agora mais que Nantanhos
o tempo é de homens proferidores
de arvorências Partidas,

cada naco de légua 
são ruas desmemoriadas,
palantins de um Sisterema-Charuto
que o Capiroto acende lampêro
com dedo torto_________

ribomboamento de Elérias - aladas -
ripando todas as Tróias.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Desvão de Mór-Cirineu(Inspirado em postagem de Luciana Moraes. Pra Luciana Moraes)

Noitêra crassa. Vão de janela, caolho: é bem possível 
que você me Perceba,
sentarandado à beira do mundo Cânho
enquanto as casas se Despem
num tempo onde elas bíblias nos oratórios
perderam todas as escadas__________

bem possível que vejas neste Interlúnio
o mau começo das nossas terras,
reflexões duma manhã Longínqua
nos evertérios e cremalheiras Atômicas,
e desde lá faltam pajés em cada tronco
de árvore, desque dos horizontes
as caravelas trouxeram Incêndios 
em suas Imensas cacundas_________

e bem talvez você no Invés me perceba
abraçarando o grão-barqueiro das Mortes,
eu que faz bem dez outonos
não tenho mais poço daronde Retire
uns zôio d'água pra mode insequênça
nos profundôs Carpidagem
pros ossos do Conselheiro que nunca,
mas nunca de Núncaras
gozaram paz Descansária.