domingo, 28 de maio de 2017

Poemininho

Deixa-me estar contigo
junto aos êxtases dos pianos,
entrar pela varanda de teus braços
onde a Lua se perde em Espelhos,
onde águas retumbam,

onde Voa a lícia aranha cinza
e suas véstias de noivados... e Quêremais?
Sete pássaros de amor no quarto ao lado,
deixa que nos entrem as janelas
de nossas almas_________

deixa-me bordar como esta aranha
os fados - que nos Encontrem,
nos entrelacem corações e pernas,

nos levem
onde templários somente em sonhos
andarilharam...

sábado, 27 de maio de 2017

N.5

Detrás aquela aura paúra,
tanto d'Além, arárvores
dele último cabrôcho e Enigma -

gavetas-Décadas na vênus do catalão,
o próximo flaxflu será na décima-quarta 
lua de Saturno, enquanto jorge
é reformado por tempo de serviço
na lua de Cá_________

atrás 
da gênese, e dos quintais
o Semeador traz esferas e cubos,
evém pião
guarimú.

N.4

Jurás de borboletas e cacimbas,
padim Cíço me Diz
que renasc-ERÊ-i delas nuvens,
firmamento dos pássaros_________

de novo Erão
quando horizonte for história de Cantar,
e eu durma o sono da criança que Fui,
catatau das Esferas,
das planícies.

Cada átomo do meu corpo
já foi estrela-Confim
vidência à la cubos púrpuras,
infância às tendas de Quedar_________

que Enorme a moça me Chegue,
mãos dele-Tudo...

N.3

Olhei paredes por Tudo,
que os emboçôs eram Irene,
e Futúreos. Sem energia
para as braçadas de volta à praia...

eu nem porém não pensara
em tão milhór grão-Desfecho,
mas faz-de-conta
foi capengando pros Quintos__________

nunca fui Nada, e mais de-Agora
é tudo um Bró-2017, evém:

catira da Besta, cristo falso dos mares,
com a pata
do Dragão no ombro.

N.2

Pancrácia à noite - mutuca
de caça à beça, mas temporã,
horizonte: chegança de juraçã,
mãe d'água enxuta, 
caximbís manguando à perna
catatau, dos infernos...

Palhoça:
desesperança e desgraça, conversa
pra boi-de-chifre.

No pátio Imensa imundície, um bicho
catando entre os detritos(Bandeira VIU)
o de-Comê_________

             - MUTUCA -

em meio ao pó dos concretos
em meio à cinza nas árvores 
em meio ao NÓ no horizonte ONDE
caranguejolas do meu
futuro igual Bangu carampeão brasileiro
de futebol  - no pátio é Imenso

esse mais Nada de quem morrendo 
ainda arrisca não sei quantas Mortes...


sábado, 20 de maio de 2017

O Escrivancista - II(Para se ler ouvindo o quarto movimento da Sinfonia n.1, em Ré maior - "Titã" - de Gustav Mahler. Dedicado ao Leonardo Marona)

AperenZár desses hômis
cada mais Vez parirem trôlhas de menezes-côrtes
e ornitorrincos fazendo pipi nos cactos e
mais bestúntias-Escadas e dólares escapando dos cús
dos podezentes na má-Brasília

AINDA assim tua Luz me Incandêa
e te proclamo Anjicos, meu Deus!!__________

não porque fizeste o sol presidir o dia
mas porque me ensinaste a Múmua
do sofrimento ser um Céu Aberto

onde se Adentra de empós Vasta Sombra,
de empós as piores tempestades marinhas
izembiadas por Walt Whitman cujo fatós Profético
ele Álvaro de Campos imorredouramente Acendeu
num zigurate de saltar pelos tempos.

O poeta que Sou celebra a raça do Eterno 
e dos borés cantinflantes a flautejar
pelas esquinas da Terra, e digo a todos
que acrediVISTAM-SE__________

sombra de Deus se alastrará pelos futuros
apesar das paredes - e os homínidas caminharão 
guiados na Estrada do Fogo.

O Escrivancista(Ao meu irmão André Ben Noah)

Antes d'eu nascinVir
o Deus que são Três cabeças permitiriu cavalões -
montando rócios de quatro pernas - invadirem Brasília
(meu pai tava noivo e num Desperônimoalento
bateu cabeça pelas Paredes),

um dia-Bólio de primeiroabril
que entravancaraRia(*) calendários durante 
vinte e um anos_________

porre de acordes Titânimos,
custaria a vida de Elis Regina 
e mais a perna do João do Pulo:
sererperente-de-asas cujo ovo-nólido Ecloridiu,
e o dragão ficou sozinho na lua
esperando ser morto pela vez Quilinjiésima.

Vejo trombones pondo as dentaduras pra secar,
enquanto virgulirinos despauterados
desanoitecem nos ramais da Central_________

ainda assim te festejo ó Deus! -
através das grades desta roupa, e vejo maio se abrir

(apesar das roseiras que as multidões anenCéfalas
pisoteiam, às cinco horas na aveniiida centraal
pariceiras - PARICEIRAS - apenas
nos peditórios de carne sem papelão 
e fla x flus)!!
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(*)ler a sílaba com UM "r" só.

Salmódia número treze(Para Luciana Moraes)

A eternidade do homem
se elânha(*) na ponte
entre o poeta e Deus:

os outros que lutem pela posse do mundo,
mijando em tudo quanto é poste__________

e a gente sabe que são olhos-Sangue
o que faz essa festa rolar, e não resolve,

não resolverá Núncara
a sede do Ilimitado, e nessa má parusía
Vergílio vai mostrando até adonde Derescem
os fossos que mais Desdobram
juntando braços e pernas desse corpândio
num queimaré para Sempre_________

pois É. Isso apesar de que Emaús
mantém portadas abertas 
lá dêsdere o primeiro Adão - mas eles hômenens
zigurateiam qualquer fla x flu

e a noite é sem desenho, sem montanhas, 
sem estrelas, nem flores deles anjicos a cheirandar
os espaços das ruas.
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(*)pensar na palavra francesa "élan".

Ponto de História do Brasil(À memória de Millôr Fernandes. Para Luciana Moraes, e pro meu irmão André Ben Noah)

Fim de tárdire, ocampos a perder de sangue.
Batalha das Tabocas decidiriu-se:
e pindorama há mesmo de ficar Aviz,
Calvinistas fugiram, cinquenta galeras
entre as pernálias_________

sumório dessa melhor de três 
é que hoje somos a sexta língua enfianada
nos grandes lábios do planeta. O mar,

a flor. A jangada. O zigurate de Ábadom.
Um gatinho faz pipi. A 15 metros Dalí,
pesadeirona, uma anerêmona-do-caxixí Flaterêja:

o mau cheirume
erode em gáudias correntes,

e a culpa é da cruz de Aviz_______

a culpa SÊMPRERE vestiolha os panos
dela cruz d'Aviz.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Petit Suruíte(A Luciana Moraes. E ao Hugo Stutz)

I) SOLEIRA(À mó de prelúdio)

A rua da padaria
desque era mundo o não-Tempo
andava na cabeça dos Três,

e a morte com guarda-chuva
eram flores peidando Alto
num elevário(sem ombros)
pela noite de barulhos espaçados.

II) SOLANCA DE EMPÓS A PORTA

A rua dela padaria verá o enterro passar -
serão cento e mais trinta olhorontes -
descendo junto do esquife, o luto
não veste mais preto mas 'inda assim
vai na cabeça um coro de surubins carpideiros_________

eu rapsôdo e fascículo
anoto os jingles, depois d'amanhã
um guarda-Péu de bata roxuda
dirá os améns Costumícios

pra se engolir com ossos, munguruntrapos
e sabiás tocando ele Schubert
pros moucos ouvidos do sementêr
lançado à beira do caminho
junto das praças com babarás

guiando carrinhos onde bebês arquivados
esperam dolentes sua vez
de merdejar nas esferas.

III) RECÉSSURO

No patropí jucás não querem morrer, renans ídem,
delfins definham velhices, pachôrrios -

e a gente encara a escassez de cataventos
rezando os fossos do Inferno - ebós Trossúdos -
onde eles todos Caibam
de cabeça pra Baixo.

IV) DE VOLTA ELA SÓLERA

Meus irmorões, São Mármaro e eu
vos desejamos um Refresquê
nela solanca,
'ssa vidonha. Bêêêsssta!













domingo, 14 de maio de 2017

Breviandário(Intermilúdio, para boré e fagote. Escrito no dia do meu aniversário, 8 de maio. À memória de Mário de Sá-Carneiro. Para Nathalia Pessôa)

Madrugandília. Recessionária__________
nevoeirenta
oronde a Noite nasciturar-se-á
por final: petição 

delas Contas, países fecham fronteiras 
e o tempo não mais se impõe
sobre trezentos joelhos_________

eternidade Chama do fundo
de rios machos - profundíssimos -
a sacudir esqueletos(misteriosos
carnavarandados)

corpo jaz OSSO - preso a espessuragens
de Outrúrias - cuja casa 
a terra-Fírmis dum beijabraço
foi chuva que jamais 'manheceu
no cântaro junto à fonte, que lá afinal 
era vidro e Quebrou - na cama há febre
e Cobra outra Vez_________

nevoeirenta, como essa Noite
recessionária, elas Contas são vestes
a dies Irae Adultecido

assisto: idades virarem cânha fumaça 
e nunca mais nascer árvore no céu,
courandácia
pariceirenta
pra... Núncaras.