domingo, 6 de novembro de 2016

Ofício de Trevas, n. 1(Parceria com Luciana Moraes)

Matar lagartas colororidas na chuvarôa
e depois ter aflição de si-Mesmo:
até nerém carecia
haver poema na mesa, mas vire à direita em cem metros 
quando a avenida acabar de assoar o nariz, 
onde inda ontem mesmo existria
um pau-brasil respirando. 

Mas como sempre - desque os bisões
tomaram Manhattan -
eu pus na cara a maquiagem Carnégira
de posseiro Insípido do aquário-rim-Solidão_________

dias onde Sempre fui órfão
e nunca subi de mim
como talvez as tardes em Itapoã. Talvez. 

Mas esse o pai. Filho das horas,
e dos NÃO-espetáculos. A chuva 
pode molhar o olho. E seus pés tortos 
de oficina Irritada onde há demora de meses
pra se ingerir um pedaço de Coisa.

Mas ver a vida sendo mais que pau de Fulô
requer sorrisos, e guarda-chuvas.

E que vejas Somenos nos quadros 
em que anões matam lagartas Listradas
com uma tonelada de bigornas,
e fogos de dragorões 
pueris. Lembrar: a chuva 
pode molhar
o olho.

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