sábado, 26 de julho de 2014

Cinzário(Soneto Inglês,nº 84.Desentranhado a partir de original de Constanza Muirin. Para a amiga Flavia Martins)

Tarde ancora seus traques: sobre a Memória.
A música do espaço anoitece antes, e
gárgulas  do que não-Fui destilam gritos
sobre escadas que sobem sempre sem réstia

ou mais ebós de Chegança, e tudo é sopro
de lugares  Nenhuns correndo pelas aléias
quais monstrurosos  caporas. Chuvas chegaram
Não  pra desbotar o Cinzário  nos costerões

do meu sono, candongo a portas  Trancadas.
Por isso a forja da Espera  tem mais candós
que os braços-Árvores  dela esperança,
seus verdes há muito postos  em Bruma____

setenta rostos olham do espelho, ridentes:
gárgulas de escadarismos  Defuntos.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Estudo Novo

Todo esse mar  viés-Púrpura
que  adivinho nos teus olhos: marchecas
dos carnavais que não Voltam, isso porque
de-Escuro os dominós que vestimos
sem madagásquio e sem véus
e sem cantigas tropeiras
andando a serra do mar,

vontade-Arrulho, descafundós:
sair montado à carvão nos rocins, em cujo lombo os mininos
( sacis carvoeiros )
deixam cair pela rua
os sarravulhos que dez velhinhas encurvadas
irão depois recolher

___ ê carvoêro!!  E tascalhões de chicote
nos ombros do mundo
que eu Desandó carregando:
mais Prometeu desossado  imposto ao público gáudio
nos braços da estátua-Mãe
há muito virgem  
de ver inás e mais flores, todo um Setembro  purpúreo
um dia em búzios  nesses  teus olhos____

tão  mar,  e  foi-se  Embora
igual  felicidade.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Gazaréu(À memória das crianças e civis mortos em Gaza, palestina. Pro amigo Luis Turiba)

Depois das sarças arderem até seus últimos talos
e não mais Serem, depois que na grã-Varsóvia não mais:
 nem visgo de ossos e peles dos quinhentos mil
que nela andavam em setembro de 1939

pergunta ao pássaro se erês-ubaldos te desdirão
as cabreúvas  parcas, Jacintas 
com que as cidades dos homens agora vestem
seus jaburéus pintados com o sangue dos   piás
que pelos trombos de Gaza
bailarilhérias  de novas caras
da mesma e véia Mortalha tão mãe desses generais
e mais prepostos tresandando enxofre
nas cem manhattans  do mundo

pergunta, pergunta ao pássaro
onde andarão primaveras
e zabelês de setembros  de cambulhada às lérias de prata
nesse tacão sugismundo que brinca nas caras todas
e brande inércia nas rodas de pai francisco
maneta de seus violões, a gente andando e não vendo
nem mesmo uns miguilins de candeia
iluminando essa Trevura maldita

Varsóvia mudou de sítio, ancora em Gaza 
e seus pedrumes pintalgados em sangue
ninguém não vendo que os Três 
chegaram ao fim de sua enorme lombeira
que na verdade eram troqueus de Emaús
tentando à força a salvação de nóis Tudo, mas Qual:
o cheiro-Bó do jacinto
é tudo que essas narebas Solfejam  enquanto às tontas no céu
vão serafins bradando a plenos pulmões
sentença desse mundão  Roncolhó:

" ai de vós escribas e fariseus Hipócritas que bem coais um mosquito
pra engolir   trezentos camelos, eis sobre vós o sangue dos piás de Gaza
mais a Ucrânia, Guernica, Araguaia  Amarildo, e todas elas  más-Mortes
andárias nas vossas mãos pluri-Imundas, eis  barulhento o tropéu
dos gafanhotos-Zebus  escalando o Abismo, tangidos pelo Dragão
pra riba de vocês seus putos, não tem mais  Portela
que livre os seus  esfíncteres  Empedernidos!!!!"____

(Assinam como profetas dos primeiros Três
Geraldo erê-Viramundo, mais  Gentileza e Bispo do Rosário).




segunda-feira, 21 de julho de 2014

Montese(Soneto, inglês, desentranhado a partir de original de Constanza Muirin. Pro amigo Henrique Santos)

Deixei num albergue ao inimigo
a cantilena de meus cem rostos
eu mesmo queimei as portas da Altura
e fiz dos céus arnês-Carvoíce

era este albergue um quadro pleno de Árvores
erês brincantes nas cavalgárias  estradas
agora êrmas  de Hora  -  que o tal do Homem(sou ele)
foi feito à imagem dos precipícios

os precipícios feitos em rosto de amor
o amor em rosto de morte
a morte em rosto de Esquecimento
e este à imagem de Deus____

que tem cem rostos  no Homem,
posseiro em todos os espelhos.

domingo, 20 de julho de 2014

Soneto, inglês, nº 82(Desentranhado a partir de original de Constanza Muirin. Pra Constanza Muirin. E pro amigo Hugo Stutz)

Carbonário encanto nessas mãos Imensas:
de não mais que Indícios onde outrora
Pontes sobre oceanos  -  velas adormecidas,
órfãs  de imãs-Galera____

silêncio agora onde as árvores  gritavam Cor
e os pássaros vinham brincar de novos Brasis,
havia um lago de Pretéreas mães d'água
contando histórias pra boi dormir....

mas hoje a casa que Visto
não é a mesma do surrão da Infância,
fogem azuis pelo telheiro agora sempre
Cambaio, Noite ancora nos meus olhos - Porto:

mãos Imensas, inteiras
de leões sem asas, sem jubas.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Cantares

Sobre  esta  pedra assentado
contemplo os Longes do mar, seus muros,
 folhas azuis num bamboleio lunário
desque foi Tempo e  os Três  dançavam juntos um kyrie
pela futura  Memória.

É dia, nuvens brincam de guardar o sol,
mas entardeço pensando amarildos
que nunca Mais___ longe detrás
as árvores tomaram luto verde
da Gávea a Jacarepaguá. Repasso as  horas em pânico
enquanto uns quês de quentuço
me chegam de teus braços, altares brancos
onde iberês   em cantares
nas linhas  suplementares da pauta,
e mais fagotes de Ofício
pelo horizonte a galope____

os muros do mar são longes
que já desfolho sem medo,  arrulho-Esfera de marronáceas
 Gêmeas nesses teus olhos, tão cores todas brincantes
daronde a mesa do Hóspede
abraça os pássaros , flautins celestes
também  palavra,  que És( teus braços Porto ), depois mais nada,
e pode a noite Andarar.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Cantiga Onézhia, nº 2

Cintil Cardoso de Arfejos moluca uns âncios de Odaras
nesse Distrume da vida
mas tá difícil: isso porque 
dispois de andárias Sofrências nos tartamúdios  
sem zabelês que é viver sob os tacões de seu paes
MAIS  desembestos cabrálios
é tudo de um mau roncó
pra adonde quer que se vire
a vista ilê , de Cansada____

dinheiro grosso foi gasto sem miserê
pra dona fafefifuda, e  mais demais contingências  -
saúde escolas ,tecéteras  -
se viram Peido nelas pranchetas
desses mondrongos
que mais demais Desgovernam: 
falando Nisso
Cintil Cardoso de Arfejos
desasna das molucâncias
porque se alembra dum trombo
nela memória de quase muito malungo
por  causa e beiço
dessa tal copa Maleita
e maravália de Corte_____

QUÉDE AMARILDO SEUS PUUUUTOOOOOOOOS????!!!!!