domingo, 31 de maio de 2015

Rodopiaréu(Pros amigos Xandú dos Ratos e Dudu Pererê)


Na cidade dos homens não se repensam
os planetas  -  embora eles desandem na avenida Atlântica
com febre de dinamite 
e o braço extra do Blaise Cendrars
escadescente das nuvens junto a solos
cósmicos de fagote____


durante as cheias de 66, enquanto seu Lacerda

distrombicava mendigos no rio da guarda
dona Verdade se azulava pelo quintal dos fundos,

não teve como a velha jaqueira
parir-lhe xeréns de andor-Permanência: além de seu Lacerda
o gigante Beleléu 

relava furioooso ali Rente
enquanto  as nuvens sopravam seus trombones

de cara feia, 
como em vingança por Jesse Owens(morto pobrinho de marré-dercí)
e a perna do João do Pulo____

 


Daronde a gente concluí

no fim da noite e dessas trocentas brejas

recém Descidas pelos goeléus abaixo  -

eu mais os compadres Xandú e Pererê aqui na Lapa

solenemente chegamos ao veredito
de que na cidade dos homens(e pra má-Fudência deles)
desanoitecem(sem esperança de visgulêra de sol) canduras de floridões, mais as Infâncias

e as Cores,
pois eles homens(os Cornos) banzaram petróleos e dólares,

mais xurumelas e outras seiscentas Mortes,
esquecendo nos baús, nos sótãos e em mais gavetas sem chave

a luz da Palavra Antiga,

o abraço amigo do Hóspede.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

À Musa de Lusáfricas

Achei todo um afro-Tesouro
no rio imenso escondido entre teus braços-Mátrios, 
e cada margem me diz
que eu vá pra águas mais fundas onde és Intensa e és Flor,
delicandário de amores 
em primaveras de trezentos Sêmpreres.