segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Sobre uns comícios reaças...(De empós 26 de outubro, 2014)

Desque faz-Muito 
no túnel-Lombo do tempo
essa quebreira braba
ver zabelês Catingudos que é toda a malta Roncolha
querendo ver novamente aqui nos pindoramas patrícios
a morte vestindo verde-olivares e generais cagando redondo____

dispois ces num vão dizê que santantônio enganô
quando o rebenque e o relho véio de guerra
de novo se enfarruscarem nos lombos e nas almas do povo,
desque faz-Muito quem mais se distronchêa
quando os Podentes fazem merda em Brasília...

Pedir a volta das trevas num mundo já tão sacana
é mais que tiro no pé, são catanduvas de bostolagem
que está sempre nos espantando
com seus espirros de fênix, um baguncê parecente
de ter Ajeito mais Nunca.






 


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Acalantinho

Na tijuqueira peguenta da estrada
que às vezes verdece inteira e noutras
é quissamã Cavernoso
de potro chucro pasto fora
achei você, moça branca
dos olhos castanhos da mais profunda Lindura____

tempo perdido se afobar
com pororocas e demais Ranchéus:
quando acordei tava aqui
mais derrancado de Amor
ver beija-flor no poxoréu das Florícies,
todo entornário
dos olhos d'água mais raros,
das mãos de chuva do vento.
(Imagem: Casal em Verde, de Ismael Nery)

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Balancês(Pro amigo Heyk Pimenta)

Andança na madrugada chuventa.
Levando pra casa os lábios
há muito Inúteis, e o corpo que nunca não viu
mulher em pêlo nesses outonos Sofrentes.

A casa mais recendente
àquele cheiro Jacinto
despida de light e família, roncó Madurício
de tudo quanto foi desenredo
já 'maginado e vivido.

O cheiro que troteia bem na cacunda dos ventos
é verde-mato, assôpro dum  respiréu que por instantes desmente
a barafunda Candonga 
desse embolô mais remeleixo dos Quintos
adonde eu mais e profundamente
sem vislumbrê de Luzeiro desço a ladeira
de mais esbregues e cramulêras 
fedentes a inverno Próximo:

despoxoréu na madrugada chuventa
levando os lábios Inúteis
nesses outonos de nem Mulher nem família
pro quarto catingando a Jacinto____

sem balancês de Saída.

 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Cantiguinha

Queria do mar as ondas  de traz-Infância:
aquelas que sopram  veludo
sobre teus pés, dos ventos  um  cicio em Flauta
a te encantar de carícias

Queria a verve em laranja
dos sabiás cantadores
pra te acordar quando as manhãs
subissem o alto de teus olhos escuros
e então  sorrisses....

 Eu te diria outra vez
que andei mil  léguas de Mundo
pra me perder 
ao te Encontrar  nesta vida....




sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Valsinha pra ela(Versão soneto inglês, nº 85)

Tu, moça , tens de um delicado veludo
esses teus olhos que marejam
 nebulosas longínquas a bocejar planetas
onde eternamente é verão_____

como se sóis nadassem todos na languescência
que vejo nos alcantis e declives, Gentíleas curvas
teu corpo: céu claro, firmamento dos pássaros
tão mais flautins em ziguezague

entre os anjinhos barrocos de Diamantina, e lá nos matos de fora,
nos cerros e estradas e rincões de tropa
lá onde os rios escondidos, mais funda mata
vão dez mães d'água invejosas_____

de eu preferir-Te mil vezes
em mil possíveis Surgências...
(Pintura: O Casal, de Ismael Nery)

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Zenitício

Mulher, tudo foi sol depois de empós
bem Chegares____  aquilo mastro de gávea
em cózes de Epifania quando o cabrunco
se esgoela gritando "Terra!",
ela palavra-Mágica(no tempo das Naveganças).

Bem sei  mulher que a mocidade
se acaba, algures. Mas seguirei o castanhô dos teus olhos
ainda quando, bengala/muleta à mão, o porte já mei' cansado,
fizeres cuscuz para os netos_____

achar teu rastro no espaço-tempo
foi certo de um mesmo Elísio  -  como o da mulher  viúva
ao se alegrar com a dracma encontrada  -
foi coralzão  de cellos e trompas
tangidos por anjos num banzanzário
preludiê  Cabamundo.

Foi zenitício, mulher, esse  zunzê mais Quizomba
aberto no peito que nem
elas veias das minas de Morro Velho
lá nos antanhos sofrentes,
terras: do Alferes sacrificado,
e de  Marílias  Eternas.


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Poema Antigo

    Girassóis cavalgam
    minhas paredes de pedra.
    Na casa  por todo canto
    o meu retrato sem Rosto.
   Noite, inda cantando  Abril.

  A  viúva pobre espera as bodas do  Hóspede,
  gnomos dançam a Roda
  pelos estreitos do sótão, falam das luzes de Ofir,
  das termas de Maracá,
  transformam  pedras em pães.

    Lá fora os braços da noite
    murmuram mantras, relâmpagos
   árvores tremem de frio,
   puxam cobertas  em lã, assopram velas_____

   Já  dorme o filho mais novo,
  anjos  preparam  a Escada.
(Imagem: Pedra da Gávea, de Portinari)

Cabrúcio não-dormecido(Pro amigo Hugo Stutz)

           Perdi o sono e a Esperança .
           O mais é barro, órfão de Esculturências.
           Cavalos azuis há muito não batem ponto
           ali na presidente vargas
           e carro algum mastigará meu corpo____
           cabrúcio  desmalazarte.
           As horas fogem de mim
          num pesadelo de coelhos brancos.

         Girassóis inutilmente
         manejam fogo anti-aéreo
         (o chão crivado de balas),
         despautério Adulto. Mulheres de guarda-chuva
         protegem filhos de bronze.

         Entre as fogueiras e o amor
         a soma da vida é Nula.
        Carrego comigo  a náusea, perdidos:
        O amor, a esperança,
        e demais Florícies.

domingo, 5 de outubro de 2014

Credo Marmarino(Para a amiga querida Constanza Muirin, em seu aniversário)

Meu verso(avesso aos rés-Facilismos)
é  tez-Carraspana
verdamarela, filho dos Sopros de Sagres, caraça-Mor
mais peroba, destrambelhança
das quarenta mil perguntas
e dos noves Fora,

do rosto e sopro do Hóspede
nos oceanos profundos
e dos terraços de poesia 
por onde os anjos guerreiros
trarão cavalos pro  fim do mundo

Meu verso, um pós-Quilibró
desossa as matas de ferro
e crê na volta dos passarinhos,
na vida após ela, a Parca,
no reino dos primeiros Três
depois do fim Bruzundério
das coisas todas, dos homens.


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Relatório Cabrunco

Entonces vero  é dizer
que tenho o sentimento do Mundo,
mas de Candência
apenas duas mãos. Eu nem sequer
tive força que bem vingasse os  erês
mortildos na Candelária há bem mais tempo
do que me dá nas lembruras____

e são que nem Daralgisa, o sineiro
a viúva e o microscopista,
que longe do sono eterno
jamais se acabam de morrer. Como os escravos
do capão do bispo no Cachambi.

Por isso o ceú amanhã
virá com mais roncós  de trombones
e chuvarada  Jacinta: ainda ninguém  que veja
que há uma guerra nas ruas
e é  preciso fogo e alimento, indo pra além
de parlatices e candongas Vesgas
nos pântanos sem visgulêra de acordes.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Trigais(Pro meu irmão André Ben Noah, pra Flavinha Iriarte, e pro Luis Turiba. À memória de Vincent Van Gogh)

Ressumbrar o trigo,
pindaré de cada braça
mais Vida: Oxum Maré manduquício*
de primavera e ternura porque setembro
ali Rente____ nos meus pulsares-Retinas.

Tarôs retintos
de babás  passeando nas praças
onde bebês arquivados esperam dolentes
a chance de entender Caymmi.

O trigo posto no pão braceja um povo
enfim liberto dos assassinos do Alferes:
vão três marias no céu
dançando a mãe dos Torés.

Turiba imã-Viramundo voa ao planalto roncolho
armado por todos os santos
de bricabráquia Poesia: mostrar pra aécios e dilmas
que o Centro é longe dos palanques e perto da mesa
delas famílias, tangidas
por ele ebó Mascaiavo e todo Rosto: o Salvador
todo Emaús transcendendo
o trigo-Oxum disperso em  Bênção
pra toda terra brasilis:

____Tomai, comei. Isto é meu corpo, enfim de Abraço
a todos os berços  -  CUMPRA-SE .

(*Manduquício: trazente, o que traz algo)

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Zênite(Soneto Inglês, nº 42. Pra Meire Ellem)

Querida: cerca-te do puro branco
das rosas feitas de nuvens, viaja
no andor dos pássaros como tudo
que é vivo e Voa.

Deixa teus olhos de-Noite
no mais Abraço  dos Ventos:
e a luz escura mais bela
odore as pedras da estrada.

No elétrico mar de horizontes
navega o azul do Infinito
da mão de naias, sereias____
onde a Procura, o Encontro.

O mais, virá, manduco* de Altura.
Mais Pura, da mão dos Três.


(Escrito ouvindo: Andante da Sinfonia nº 10, de F. Schubert)

(*Manduco: trazente, chegante)

domingo, 14 de setembro de 2014

Valsinha pra ela, nº 2

Musicar-te, mulher: Visário

de fazer Dó, que esse alfabeto é chinfrim,
cabrunga em só sete letras 
e mais depois Sumidão
de nem meu  padim dar Ajêito.... 

Como cantar a beleza
que tens na curva amável de tuas costas, o teu olhar
de cem milhões de assum-pretos
cantáteis  de mór-Remanso
e teu sorriso levado que traz infâncias de-Novo
pra mim, bozó distroncho
vestido em pedra e  Cinzalha??

Isso pra não dizer  sagitários,
berenicências  e mais estrelas cadentes
que num delírio sinfônico pensei estender a teus pés,
depois de assaltar os tesouros de todos os mares
que Portugal deixou por  descobrir.....

Mas como diria outro bardo: Não quero nada, tetrarca
nem dinheirões nem vassalos nem taparicas nem cobres
nem furdunçós  de ouro fino____

quero Quizomba  ao teu lado, mulher
pra Sempre e mais todo um dia.




 

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Aula de Catecismo(De acordo com versão revisada por São Mármaro. Pra minha irmã Laura Pires, e pro amigo Ticiano Diógenes)

Zerá o etíope era um cabrão marombado,
magunço assim destorcido
porém roncolho de Tudo
no caxumã das ideias

achou de fácil furdunço
descadeirar os hebreus armado apenas
com sua lança
e um milhão de pirocas_____

não pôs no ebó das planilhas
certo deus(dos hebreus)
que atendia pelo nome de Javé:
o que dispois sucedeu lhes conto agora, meus zés____

Zerá o etíope nesse furdunço
perdeu cabaço, a lança
e um milhão de pirocas.
dele  inclusive.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Poema

A nuvem andante esconde o tempo 
e  suas cabeças de  pedra. São três, como os Primeiros
que andaram à face das Águas. 

Desenho países na areia, penduro meu barco
na figueira próxima. Encontro a rosa dos ventos
pintada à frente da chuva. 

 Mortos de todas as guerras
entoam  kyries  em memória dos horizontes
onde a palavra  "infância" 
em dialeto Nenhum, e o resto dos prisioneiros
segue erigindo castelos
nos olhos de poucos homens há muito despidos
de carne e sangue, escamaturas  de ferro
e torres de morte e petróleo____

então de novo as marés andarão Pernas sobre o firmamento
e a voz de mil oceanos  trará numa mão uma rosa branca
e na outra um Cristo do Aleijadinho sobre os ombros do tempo,
 nuvens como um só corpo
vestindo línguas  de Fogo, novos pianos cantando
o Fim de todos os dias.



terça-feira, 19 de agosto de 2014

Balada Xínzia

Entonces bora, de empós
eles Noves: fudência a dança
dessa incarnária pauleira
mais carpideiras sem reza
que valha missa____

a Vida, madra e padrasta. Não quero, tetrarca,
milonga alguma de truz
ou malazárcias nublárias
que não respirem Malunga
a moça que entalvez Helênea: ela sozinha
as três  mulheres do sabonete Araxá.

Rizível tudo que  Mais  -
são brumas xínzias ver mamelucas
malucas de abrir  Quentuços  pra boto
erês Cavalas  cussaruins e quebrantos
de nem meu Padim dar mais Jeito____

dispois  mais Nada, nem fátima nem tia nastácia
nem pastorinhas nem vinhas
nem de Emaús esse terceiro dia:

Não quero Nada, tetrarca, 
sejam mundéus deles ouros
copacabanas haréns____

quero ver nela Helena, as três mulheres
do sabonete Araxá.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

São Mármaro na cova dos leões(Pros amigos Ulisses Areias, Axa Paula, Aline Miranda, Victor Colonna)

Inté que........tá. Sou mar. Porém sargácico,
repleto de Várzeas, sofrências, tremoços Moucos,
zarabelês em quase  risos  Nenhuns____

( mesmo  escabeche  defunto
servido à trupe dos piás em Gaza
e que mundo-Corno  desvê
isso apesar do sangue nos olhos
dentes ronqueiras das filhas e filhos
de Raquel e Léia....)

once upon, Fui: onde eram Leiras de trigo
e também fossavam gerúndios pêjos em Cor
( haviam praças naquele tempo, haviam árvores,
crianças e babás brazundando )
e ainda cabiam  sorrisos
para a ilha de manhattan
sem cogumelos  Matantes
caídos do céu.

Meu carnaval  Desandó
nas lérias de intendência  Jacinta,
Esparta  à mó que  traída(seus trezentos)
pelo Roncôlho  corcunda  filhodaputa  -
e isso que o mar ainda nem
ziriguidum  de casaca
e fraque de ver-Sertão,
sou eu____

Sargaços, várzeas  que  Só
bozó-Distroncho  tão zeguedé
ainda metido  a mar...

____ mas  Qual.

sábado, 26 de julho de 2014

Cinzário(Soneto Inglês,nº 84.Desentranhado a partir de original de Constanza Muirin. Para a amiga Flavia Martins)

Tarde ancora seus traques: sobre a Memória.
A música do espaço anoitece antes, e
gárgulas  do que não-Fui destilam gritos
sobre escadas que sobem sempre sem réstia

ou mais ebós de Chegança, e tudo é sopro
de lugares  Nenhuns correndo pelas aléias
quais monstrurosos  caporas. Chuvas chegaram
Não  pra desbotar o Cinzário  nos costerões

do meu sono, candongo a portas  Trancadas.
Por isso a forja da Espera  tem mais candós
que os braços-Árvores  dela esperança,
seus verdes há muito postos  em Bruma____

setenta rostos olham do espelho, ridentes:
gárgulas de escadarismos  Defuntos.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Estudo Novo

Todo esse mar  viés-Púrpura
que  adivinho nos teus olhos: marchecas
dos carnavais que não Voltam, isso porque
de-Escuro os dominós que vestimos
sem madagásquio e sem véus
e sem cantigas tropeiras
andando a serra do mar,

vontade-Arrulho, descafundós:
sair montado à carvão nos rocins, em cujo lombo os mininos
( sacis carvoeiros )
deixam cair pela rua
os sarravulhos que dez velhinhas encurvadas
irão depois recolher

___ ê carvoêro!!  E tascalhões de chicote
nos ombros do mundo
que eu Desandó carregando:
mais Prometeu desossado  imposto ao público gáudio
nos braços da estátua-Mãe
há muito virgem  
de ver inás e mais flores, todo um Setembro  purpúreo
um dia em búzios  nesses  teus olhos____

tão  mar,  e  foi-se  Embora
igual  felicidade.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Gazaréu(À memória das crianças e civis mortos em Gaza, palestina. Pro amigo Luis Turiba)

Depois das sarças arderem até seus últimos talos
e não mais Serem, depois que na grã-Varsóvia não mais:
 nem visgo de ossos e peles dos quinhentos mil
que nela andavam em setembro de 1939

pergunta ao pássaro se erês-ubaldos te desdirão
as cabreúvas  parcas, Jacintas 
com que as cidades dos homens agora vestem
seus jaburéus pintados com o sangue dos   piás
que pelos trombos de Gaza
bailarilhérias  de novas caras
da mesma e véia Mortalha tão mãe desses generais
e mais prepostos tresandando enxofre
nas cem manhattans  do mundo

pergunta, pergunta ao pássaro
onde andarão primaveras
e zabelês de setembros  de cambulhada às lérias de prata
nesse tacão sugismundo que brinca nas caras todas
e brande inércia nas rodas de pai francisco
maneta de seus violões, a gente andando e não vendo
nem mesmo uns miguilins de candeia
iluminando essa Trevura maldita

Varsóvia mudou de sítio, ancora em Gaza 
e seus pedrumes pintalgados em sangue
ninguém não vendo que os Três 
chegaram ao fim de sua enorme lombeira
que na verdade eram troqueus de Emaús
tentando à força a salvação de nóis Tudo, mas Qual:
o cheiro-Bó do jacinto
é tudo que essas narebas Solfejam  enquanto às tontas no céu
vão serafins bradando a plenos pulmões
sentença desse mundão  Roncolhó:

" ai de vós escribas e fariseus Hipócritas que bem coais um mosquito
pra engolir   trezentos camelos, eis sobre vós o sangue dos piás de Gaza
mais a Ucrânia, Guernica, Araguaia  Amarildo, e todas elas  más-Mortes
andárias nas vossas mãos pluri-Imundas, eis  barulhento o tropéu
dos gafanhotos-Zebus  escalando o Abismo, tangidos pelo Dragão
pra riba de vocês seus putos, não tem mais  Portela
que livre os seus  esfíncteres  Empedernidos!!!!"____

(Assinam como profetas dos primeiros Três
Geraldo erê-Viramundo, mais  Gentileza e Bispo do Rosário).




segunda-feira, 21 de julho de 2014

Montese(Soneto, inglês, desentranhado a partir de original de Constanza Muirin. Pro amigo Henrique Santos)

Deixei num albergue ao inimigo
a cantilena de meus cem rostos
eu mesmo queimei as portas da Altura
e fiz dos céus arnês-Carvoíce

era este albergue um quadro pleno de Árvores
erês brincantes nas cavalgárias  estradas
agora êrmas  de Hora  -  que o tal do Homem(sou ele)
foi feito à imagem dos precipícios

os precipícios feitos em rosto de amor
o amor em rosto de morte
a morte em rosto de Esquecimento
e este à imagem de Deus____

que tem cem rostos  no Homem,
posseiro em todos os espelhos.

domingo, 20 de julho de 2014

Soneto, inglês, nº 82(Desentranhado a partir de original de Constanza Muirin. Pra Constanza Muirin. E pro amigo Hugo Stutz)

Carbonário encanto nessas mãos Imensas:
de não mais que Indícios onde outrora
Pontes sobre oceanos  -  velas adormecidas,
órfãs  de imãs-Galera____

silêncio agora onde as árvores  gritavam Cor
e os pássaros vinham brincar de novos Brasis,
havia um lago de Pretéreas mães d'água
contando histórias pra boi dormir....

mas hoje a casa que Visto
não é a mesma do surrão da Infância,
fogem azuis pelo telheiro agora sempre
Cambaio, Noite ancora nos meus olhos - Porto:

mãos Imensas, inteiras
de leões sem asas, sem jubas.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Cantares

Sobre  esta  pedra assentado
contemplo os Longes do mar, seus muros,
 folhas azuis num bamboleio lunário
desque foi Tempo e  os Três  dançavam juntos um kyrie
pela futura  Memória.

É dia, nuvens brincam de guardar o sol,
mas entardeço pensando amarildos
que nunca Mais___ longe detrás
as árvores tomaram luto verde
da Gávea a Jacarepaguá. Repasso as  horas em pânico
enquanto uns quês de quentuço
me chegam de teus braços, altares brancos
onde iberês   em cantares
nas linhas  suplementares da pauta,
e mais fagotes de Ofício
pelo horizonte a galope____

os muros do mar são longes
que já desfolho sem medo,  arrulho-Esfera de marronáceas
 Gêmeas nesses teus olhos, tão cores todas brincantes
daronde a mesa do Hóspede
abraça os pássaros , flautins celestes
também  palavra,  que És( teus braços Porto ), depois mais nada,
e pode a noite Andarar.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Cantiga Onézhia, nº 2

Cintil Cardoso de Arfejos moluca uns âncios de Odaras
nesse Distrume da vida
mas tá difícil: isso porque 
dispois de andárias Sofrências nos tartamúdios  
sem zabelês que é viver sob os tacões de seu paes
MAIS  desembestos cabrálios
é tudo de um mau roncó
pra adonde quer que se vire
a vista ilê , de Cansada____

dinheiro grosso foi gasto sem miserê
pra dona fafefifuda, e  mais demais contingências  -
saúde escolas ,tecéteras  -
se viram Peido nelas pranchetas
desses mondrongos
que mais demais Desgovernam: 
falando Nisso
Cintil Cardoso de Arfejos
desasna das molucâncias
porque se alembra dum trombo
nela memória de quase muito malungo
por  causa e beiço
dessa tal copa Maleita
e maravália de Corte_____

QUÉDE AMARILDO SEUS PUUUUTOOOOOOOOS????!!!!!










quarta-feira, 11 de junho de 2014

Cantiga de Longe(Pra minha irmã Débora Nascimento, pra Emanuela Helena. Pro Tavinho Paes.)

Parlúnias
plutências
flordescabaços
aboios
do varascópio futuricídio aqui nas dunas Cabrálias
onde em  Sarnões___

a língua culta em mais vernáculos Tombos
e plus de copas derenglutidas à Força goelas abaixo
isso apesar de hospitais escolas esquinas   Muitas, varjões
sem qual o Quê de comer
e mais polícias de salvar "terragens":

parlúnia esse pires Grosso
sem cafuné e e sem mais graça Nenhuma
além dos bolsos de alguns
obesos graças ao Destrumpério dos outros, 
no caso: eu tu vós eles nóis Tudo
aqui na pátria mais dismadrasta
por causo e Coice deles safádo mardito____

'ssa corjança 
mais zanzibária que os vendilhões 
do templo morto de  Herodes
agora às pencas
aos baldes
aos centos
parlúnias plutências Mórbias

nos randevús de Brasília
desque foi Tempo.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Mais de Outonos e Espadas

Num  lado esquerdo está  a Casa,
e das janelas caminho a chuva das manhãs 
num vago apronto de Lágrima: sopram fagotes
um sono

onde me ensombro múltiplo
no encalço de Mim,
jaçã que Síntese, e de presságios o Agora
 também nas  sombras, 
que desvestiu  Mariá 
onde eram pés de Fulô.... 

Perdido o choro pelas esquinas de um pátio
onde eram Réstias
um sol vermelho e Longínquo,
demais levares
erês de Norte,
e que eu Sorrira
num costerão  já sem  Rosto....


 Mas o que Agora: monstrengos
do fosso-Abismo dos mares
e mais de Avesso se me procuro no espelho,
as sete naus  órfãs de Mim
se Foram, vestindo um cáucaso
de mais sargaços, crepúsculos
e mais de Outonos e Espadas .... meus olhos,
que te fiz eu , que foi que fiz
olhos meus?....




 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Incências

Quando nasci anjos Tortos
disseram Nada: mas aceitaram
florices brejas Incências
da turma que apareceu em casa
nos costerões dele Méier pra turumbambas
ao nascituro chegado.

os bondes já não tralhavam há muito
na vinte e quatro de maio 
nerém não mais subiam 
a dias da cruz com sete  pernas de ferro

os marechais
inda mandavam em Brasília
seus dentes pernas bandeiras trampados à muque sombra e tragédia
na maravalha dum povo
deitado à luz do céu profundo
e malparado nos torques
dum chumbo Grosso, taludo

Mas no quintal lá de casa 
era a cerveja, Portela,
nos açambarques por Tudo
e o pessoal nem se dava
de suas vidas um dia mais Curtas
e a turma do verde-oliva pintando ebós e o diabo
sem dá-licença____

que a mãe mais Linda, de branco
mostrava prum mundo Roncolho
que seus rugidos carrancas  rabugens sangues
um dia iriam de malas bagagens pros quintos do último inferno:

nos braços dela a prova mais Cúria 
que ainda sóis nasceriam
com flores Azuis  no céu.




sábado, 3 de maio de 2014

Invernescência(Soneto, inglês, nº 81. Desentranhado a partir de original de Constanza Muirin)

Onde tua pele  Começava eu via
a vilania dos homens e a Cor dos incêndios:
sangue que arruína os espelhos e o estreito
das Insônias, sombra que o mar Detém.

Eu via o errar dos gatos  sobre o sono
carregados de estrelas em Noite  na tua voz,
via o silêncio encostar - se às janelas
e fora uns  últimos  rabiscos  de lua,

como se Mundo fosse algo fácil  e que
não vimos fugir por entre os dedos
não mais acháveis  no geometrismo do outro,
e nunca mais oboés cantaram nossas manhãs____

que os pés enormes do Inverno: são Casa
onde tua pele não mais me fala de Abrigo....

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Antífona Estranha, nº 2(Pro amigo Guilherme Gonçalves)

Depois foi o sexto anjo
jogando aos mares sua taça, plena das lágrimas
e do sangue dos santos: eu vejo os homens
como enormes jequitibás às tontas
na imensidão de campos
onde trigais transfeitos em Pedra____

são cavalões macilentos tudo que resta
de infâncias Mortas nos olhos cercados de muros,
anoitecência mais Vasta sobre terraços
de Todo imunes à palavra  Cor, naus perdidas nas Társis
pra nunca mais e mais seiscentos dias, contados
de-Hoje em frente,  a cantilena dos corvos
todo o Sacrário que desta vida se Leva. 

Antífona Estranha, nº 1

Então
de cálices-Pedra e mais serpentes de bronze
os  Esperantos da Terra.
Sou todas as caravanas
que desde Hagar
o rumo-Norte
do Egito____

e nem respiro, nem Tebas,
Cartago inteira em  Gramacho
e   o sopro  do dragão
nos mares do mundo Todo, 
seu número: de homem,
e  Tríplice. Pra sempre amém.

sábado, 26 de abril de 2014

Para dançar apesar da chuva(Soneto, inglês, nº 80. Pra amiga Lilian Dórea) )

Então que pulha e Madrasta mais aparece
isto calhão de  Escuro às vezes chamado Vida.
A gente olhando pra mesa cheia 
de papelês e reclames e vencidas contas 

e bilhetinhos e encós e bumbas tripúdios
a nos lembrar que tudo passa num galope
Doido e a gente frigindo os ovos se vê sem cravo
e sem rosa e sem marulho de Cor, querente só

de se esconder na grota escura mais Funda.
Mas olha, olha então pra janela, pra esse marzão
de azul-Profundo em quizombárias danças
a nos dizer que a chuva pode sim roncar Bravura:

mas vai-se embora e a vida surge  -  de Novo:
rondó mais sempre, de Sêmpreres.


segunda-feira, 21 de abril de 2014

Esboço de cena com chuva(Para Brasília em seus 54 anos)

Na grajaú, Cabrunguê: em cima da serra
 descabêlo nas árvores, banzúrio
 de chuvarão  Macanudo. Serão da tarde inda Infâncias, mas breu por Tudo
brincabrincando
como se noite. Cantiga

 dos zóio d'água, multiplicança
por cem. Cinzalha que fura as vista'
mas ali perto ____ vão rocinantes
comendo o morro num Pachorrê, carros
tremem de frio, levando ternos
que vestem mortos desde bem antes 
do tempo do tempo-Tempo.

São Pedro é só corda toda
pra  bateria da Portela,  tururumbamba
ver  trovoada assim galope 
de  potro chucro pasto fora, verêz  em quando
uns relampes, fósforelétrico. A gente assim 
se encosta em rêlo nos outros, mode um pouquim
de calor. 

Na grajaú dia-fim, desbororó,
 Cabrunguê: que só
empós de amanhã, isso  querendo os Três
ressolará.








Rondó Pinguço(Pro meu amigo Rafael Zacca)

No embolô cajuê
que evém de mão  Curimã___ depois de o Mar
gritar zabumbas pelo sertão adentro
os noves fora em tangência
pra nunca mais: 

cabou xerém que foi doce,
pare vassalo  dona miséria
num desembêsto de Cobra ....

nuvens grossas enormes
cinzalha Certa de chuva___
caçaremas e os homens 
procuram por socavões nas invernadas sem porta
e nem janela que Valha: no cafundó todo mundo
esteiras com más Iaras____

No embolô cajuê
parido em mão  Curimã:
cinquenta esfinges de bronze
seduzem um terço das estrelas 
até que a Virgem apareça,
 as águas fujam correndo
batendo a porta dos fundos.




sábado, 5 de abril de 2014

Coisa

Coisa mória  nhanderê  marcisa____
aquilo há  Muito exatamente os prometeus
na Chuva, e cento e dez são rostos
de um mesmo  imenso  e tropofágio Abutre:

a tal   da sina marfanhada, e COISA
que gente arrosta na treva  Adulta
depois que mortas
as  mães....

Gramacho

Vou mimbora pra Gramacho
lá onde pedra é pra-Luxo
daronde reis  urubus
candongam rinchas, batuques

e saem no braço com os filhos dos homens:
---- ver  quem manda  nas sobras.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Carrêgo

Verês de inálias em relambórias Securas
e mais roncós barzabús
são meus dois braços há quarenta séculos
virgínios de sorver mulherio, os lábios, claro
Inúteis___ vinis cambós
de nem Padim dar ajêito.

Ando a cidade às tômbolas  mais Caningadas
sem remo ou rés de erê- jardim-pare- flor:
a geremário na chuva 
me acolhe os passos na tarde,
brita afiada pra Muito além
de qualquer batuque: sinhá matrona(madrasta)
num qué  bulício, nem ranço de ver Quizomba
percevejando a cozinha____

cinzalha  Adulta  imbariê me Sonha, os dentes maus
treze omolus de Carranca.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Esboço Desbororó(...ou pra não dizer que eu também não falei que "não vai ter copa")

                                                        ".....e jamais  na história deste país ....."(Luis Inácio Lula da Silva )

 .....a tentativa de se fugir de Jamasterência 
deu nisso: dispois
dos burros  em água,
noves pelados e mais lucúmbrias 
de  entortar difunto
se viu no Brejo  'ssa boiada toda  -
toada amorfa mardita  -
nóis tudo igual  Claudia Silva 
pendente dum camburão, e vai,
zé-Povo nesses quejandos inda esperava   flor, maralinas
e ver de novo Amarildo....
num Deu.  


O mais de  Arrúpio que não se  Vê

são elas cores  num fugicio bandalhê  Tristume____
esse negócio dos politícios
girês-Negaça pra só o que for tresande desses estádios
'rancados - dos hospitais das escolas -
pra rico gringo vir brincar de malungo:

ê miserê Descandongo sem flor do Carlos
inútil o ato de sentar no asfalto às cinco em ponto da tarde
e ver leiteiros  lamarcas vlados tancredos galdinos
indo pros Quintos conosco  -  florões  Remurchos morrentes
no céu da pátria e neste   Instante____

deu mesmo  nisso a tentativa de fuga
dos lajedões de Jamasterência :  zé - Povo turvo,
fudido, como de-Sempre
e desde  láááá atrás
Tordesilhas.


 

sexta-feira, 14 de março de 2014

Soneto,inglês,nº 79. Desentranhado a partir de original de Constanza Muirin )

.... me recordas o ferreiro bardo manguando fogos na voz
de cavernuras Longínquas por detrás de teus olhos ,
toda beleza : uma cidade nos ombros , castelos ,
e em redor as árvores Esferiscentes

são quadros na casa também em lume de Portas ,
moura princesa a se quedar nas águas
depois das rosas lhe devolverem a transparência
das Lendas , íris deiscente em deambulárias

Cinzuras dentro de corpos órfãos dos cantarilhos
de abril , noites - Esboço a bailarar entre os plátanos ,
tão áureos Templos erguidos nos oceanos
e o mais das valsas em quadraturas de Sombra____

recordas - me : que entendo Tudo , e é a simplicidade
de um gato longo em ronronários  Escuros .
 

terça-feira, 11 de março de 2014

Hora(À memória de Fernando Pessoa)

Como disseste, Fernão, a Hora
sabe a ter Sido. Foi. Dispois

de inúm'ros Retardos, jabasterês____
vida Avaríssima nos centopérios glissantes ver Esperanto
e mar em rés de Bonanças, é que se vê
mais nunca Nunca DE-NUNCA os  Aléns,
quaisquer os credos
entrantes na maravalha, jardins  Obesos
de  Assombracências pelas janelas do crânio:

empós os Ferros
num descerê catifundo goelas-Abaixo,
sabe a ter Sido, Fernão,
a tal da Hora.

Passarandéu
do itororó que  Tentei
não vendo  aguança de chuva
em quinze léguas-Trançura, os seridós
mais secos  nos zóio d'água, ebós de há-Muito
Defuntos.

As naus , agora: um caboré
de infâncias pluritrancadas, vozes pulmões
Jacintos de sol que valha...

Fernão  Fernão  pra muito  Muito
disseste: que essa tal Hora
sabe a ter Sido...
Foi. Dispois deleres os cús____

jabasterês e Retardos, vida Obesa
nas Peias: 

coros Saltério
assim que morto
sol das últimas Cores, velas no mar
ao Longe.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Soneto, inglês, nº 78(Desentranhado a partir de esboço de 31/01/2007)

Então: num mesmo Meu lado  -  esquerdo  -
Nefelibata, de carma e Cisma:
meus curumins Prequetés, meus cântaros
ver  juritis gigantescas  sem  fechaduras

sobre elefantes de pernaltares Altíssimos,
as nuvens mútiplas de erês-chuvismos
 onde eles gárgulas não traquinejem  nos olhos
(nem mais pra dentro, onde os motores da Alma )

a tarde se acabe Nunca naqueles braços de sol
dançantes nas  janelas  Abertas onde impossíveis
não Sejam nem troem  bocas de Assalto, vida que faço:
em naus retintas de oceanos Longes____

o resto, mar de Sargaços, se vá candongo
pro erexim dos Quintos.

 


quarta-feira, 5 de março de 2014

Ao Leitor( Soneto, inglês, nº 77. Desentranhado a partir de original de Constanza Muirin)

É permitido que te encantes nos valhares de Outono
que as palavras plantam junto das íris pelos jardins,
todas as pontes deitadas mansas sobre oceanos
e bem murmures Silêncio mais próprio

às danças da Noite, onipresente em cada forma
de Incógnito, por isso Mar de profunduras Tantrísias,
e mais: todos os ventos não desdirão braços-árvores
onde afinal Prometeu moldando os rostos dos homens,

 e então a voz das estrelas, então a prata dos terraços altos
e todo um campo de girassóis no ritual tão antigo
de seguir o sol, farão teus olhos destrancarem portas
que nem sabias existirem, Pássaros: de erês-Cantares

se te encantares___ delas mil vozes que Erijo, sopro de Eterno
vestindo a Pressa das horas.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Núbluro( Soneto, inglês, nº 76, desentranhado a partir de original de Constanza Muirin)

Tanto de esquivo existe nas nossas bocas
que supera a Loucura a própria boca
se apaziguada nos aguaçares, Distâncias,
aléns   crepúsculos-Ferro____

Eu vi teus olhos no Escuréu do mundo
ao lado esquerdo onde espessuras de Chuva
desdizem luas, onde esculturas de nós
mais órfãs de Prometeu, subindo esferas,

abismos de fóssiles antiguidades
inda tão gárgulas em pluriebós de
Quebranto, as patas nuas de jardins
e prados virgens de Enxofre:

tanto de esquivo e malabares Naufrágios,
vigente a Pedra em nossas bocas de Sízifo....

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Maleitha(Para Constanza Muirin)

Noite. Lua paidégua, aquilo: de fruta Inconha,
mei'vesga. Silêncio
que dói nos matos
e em mim  -  Carrêgo  -
alma não - Lúria,
e gorda: alecrins  Defuntos.

Queria era um desembestério
de estrelas pêjas  de Infância,
mão comprida nos cânticos,
sacis filhotes, e mais olores-Ternura
ver xeréns de Nastácia_____

mas paidégua essa lua  -
que me aparece de Olheiras  -
enquanto imãs(rés - Cinzalha)
cambonam  trovas
tão mais rondós em crisandálias  Sepultas.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

de-Quebranto

Entonces manhã
foi Côco nos meus respérios de  Aonde....
mas pontes baças de brilho
erraram Nunca
pra riba de meus sertões Destelhados....

de escaras-Mória
os brazundês ver manhantes
nos xeréns dos outros  -  que eu saiba
o samba da bênção
desvê gerês e tripúdios
ver eu groló-Descarrilho____

por isso o carma Jacinto
daronde ebós
imbariês de Tristura....

Manhã  foi  Côco, admito
nos meus respérios de ver-longe
Aonde .... mas Pulha a mão(!)
dela  Fortuna em me querer
de-Quebranto.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Historiê(Pro meu irmão Allan Souza)

 Jacarepaguá. Isso num tempo beeeem Antes
do barão da Taquara: pelas tabocas
as mães pariam seus curumins
num tranquilê : selva
que não se Via, e o boto só
  
 na punheta  -  que mameluca
inda não Fôra na história: andava 
nos além-mares,
poxoréus dos portos de Sagres....

Intonces
os jacarés Eram pra tudo que é lado
nos guaçuís  das lagoas: um florestão sim senhores
inda sem ver
Marabá....



terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Salmo(Pro Tavinho Paes)

Água___
brôtas da rocha,
força viva da Terra. Leva nos lábios
serpentes, adagas, ranchas de prata
barenguês  monções,
serafins de seis olhos.

O casamento do céu
com a própria terra  -  Semente  -
porque assinado por água: único barro possível
para a escultura do Homem
e mais de toda a Geral  -  bulhó cantiga
caterê  Missária

isso apesar de pernalta  -  e Cérbera  -
a malta dos brejexús, 'rotando cinza e ciência

e que insiste no parlató
de que os Três
nada tiveram com o peixe.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Cantiga Onézhia

De encilho ibó mais Escuro
é fato: nos aparecem, mais Vida,
assombrações, carranquícies
quanto mais reza se faça, malunga,
nos oratórios____

pra mode exemplo:
'ssa infalência de ver zé-Povo
metido  -  sempre(!)  -  em desnovelos Jacintos
nos malezentos dos trens,
má ciranda japeri gramacha ....

empós-Açú meu cansaço
em ver perobas( de-Sempre )
no focinhê dessa malta  -
prefeitins, governentes  -  chuviriscaldos 
de marré-Bostício____

encilho  ibó, mais  Escuro,
zabelês desossados:
ver  plenilúnio
de lobisomens tarados.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Missário(Pro meu amigo Túlio Villaça)

                                  I - INTRÓITO RÚIM

No bôrdo  onde em cantares
os últimos urucungos, bento que bento era deus-Frade
na boca de todo mundo____

mas revestrés malazário
deu quixabã na quebradeira da praia,
jangadê mais Deserto
de bentochicoferreira....

 Quampérios rezaram dores
como se Ismália de novo em parto -
zabelês guardados prum qualquer futuro
foram-se em lúnio de Escuros,
agora que morta  Inês:
órfãos os bois  Parintins
de povo em mor-Saculêjo....


                                      II - KYRIE SOCÓ

Túlio meu velho eu quisera
ser mamulengo clarício
pra todo mundo me Saber sem  Cartilha____
mas sou cavalo de oxuns
nublariscentes em socós  Cinzudos....

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Acontecência(Versão soneto inglês, nº 75)

Serão seis horas da tarde,
eu vim pro mundo no Méier: Girão mais léu
quixadá, tanta perna de bonde
adormecida sob a vinte e quatro de maio.

Ficaram rastros de Minas
nos olhos do avô tropeiro, há muito um quadro
na parede  humilde. Os abricós baticuns
chegaram junto das brejas e o butiquim

foi no quintal de casa____ ninguém não vendo
suas vidas um dia mais  Curtas e os militares
ainda com dedo torto pintando ebós
e o diabo____ que, então seis horas da tarde

vim pro mundo no Méier. AINDA sóis nasceriam
com flores  azuis no céu.

Sonetrôncheo(Desentranhado a partir do poema "Balada Trônchea". Soneto Inglês, nº 74)

Muita vez noite alta
há estrelas em excesso
quando se morre,
fim retrós-Descabraque:

daqui mais dúrias de Tempo
estarei morto. Os pássaros
xeréns de pedra-sabão
cantando nos meus duzentos Ofícios.

Espelhos não mais  Serão
mostrando o choro de minha mãe
nas alterosas de meus olhos sômbreos,
flor de todas as noites____

terra aplaude meu corpo
liberto enfim: alma Extinta.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Ordo(Soneto Inglês, nº 73)

Água: pássaro líquido
dentro do copo. Quando entardeço
me Chovo, pleno das cãs
talvez Sementes um dia.

Onde ela ausência Lavrária
é sempre Cinza, apesar
das árvores azuis no céu
que os olhos teimam cantar.

E de Anoiteço um buquê
quando me cântaro em Toré no espelho:
o branco na fechadura
é também neve nos horizontes, brumário o Sono

em torrente  -  morte sim Nascitura
pra Côbro, nos sopros-Fim.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Calcínio

Como se Ofélia nuns ânforas sem gravatás  -
cubista, subdividida  - 
foram teus seios múltiplos de Sete
quando açucenas retintas
de ebós chorares brincabrando Abrúcios....

assim fuleira a matilha
em cantilenas de faquir-Distância
desque Notícia o teu novilúnio
mais  Tancredos  defuntos,
calhaus  Abril vinte e cinco____

a foz mais próxima:
cubos fugícios
em vastidões  Mariscentes,
 xaxins 
mais órfãos de lápis de cor,
mercê-Bulhó  sete vezes

seu rosto é Mara, amiga de rexins notúrnios,
dez ocidentes 
te desdirão as Palavras 
tão mais antigas, que os sumidouros
 Esfingescências....

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Trístico(Ao amigo e mestre Luis Turiba)

Eu visto um corpo,
cabrúcio em barro civil.
Que nem é torre nem tasco, rocilho
dos Intermédios.

Andante sempre non troppo
já fui furdunço
de um Tudo: malucos(muitos)
dançaram, comigo à mó de Compasso,
embora uns trancos  -  homões  -
cezura em carne-Pescoço....

 núncio-Ebó de tristura
eu nunca vi mais prestante
de arrúpio
num corpo  ____

eu virgem de quarenta invernos
onde o cafofo( mardito )
não viu xibiu nem cabaço,
nem trisco de mulher sem roupa....

Eu visto(maduro quase)
um corpo. Empório muito
de Inútil. Rosas todas mundéu
mais  Nunca.




quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Balada Trônchea

Muita vez noite alta
há estrelas em excesso 
quando se morre.

daqui mais dúrias de Tempo
estarei morto. Os pássaros
serão de pedra-sabão
cantando nos meus duzentos Ofícios.

Espelhos não mais Serão
mostrando o choro de minha mãe
nas alterosas de meus olhos sômbreos,
flor de todas as noites____

na sala  espérea e deserta
já não rirei  de - Trezentos,
que todas as ruas
ascêndeas em meus exus-Cantilenos.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Dos Cruces(Soneto Inglês, nº 72)

Pra que  mundéu me aceitasse
arreneguei  mininada  -  ver andirobas
de jardins-Setembro  -  e  foi:
belereléu, triparície

mais reles, pústula. Hipócrita____
mundéu  mais tantra  Jacinto.
Eu são francisco e sã clara
vesti  mentir  por Valência.

De empós  um cu, destabôco
futum de enxofres  gramachos
em várzeas  moucas  de Infância,
 xeréns-Outonos, Espadas____

erês fugiram gritando,
batendo a porta dos fundos.

Soneto Inglês, nº 71(Para o meu pai, viajoso e bom, afinal)

A vida vale a morte avizinhante
quando nos trincabraques a queda
é passo de Dança, rosa purpúrea
de novo o sol pós aguaceiro Mungubo:

aquele erão de material descárteo
se transformando em merecidescanso,
como se um pássaro
saltasse pela janela aberta

pra mundos de quizombárias Festuras
e mais quitutes da tia Nastácia,
oxum-Marés Inouvidos no deschanfalhe
desse viver bozó  Fementido____

pra todas as pessoas-Aves
a morte assopra de cabou Chorare.