terça-feira, 29 de outubro de 2013

Mundéu(Versão soneto inglês, nº 66. Para Constanza Muirin)

Tarde. Mundo passa,
carro-de-boi, nas Cinco Salas:
gente voa, Pássara,
no chão da vida.

O canto do trem de ferro
inda agorinha Minas.
Carquejo de Cambuquira -
as águas Mágicas,

'calanto das nuvens
onde Esperanto____
desvão de Mim,
também Mundéu,

Quissamã
de  Amanhãs.

Esboço a Carvão(Versão soneto inglês, nº 65)

Marrano em foz-Navegança
as naus pastoras em gestas de nuvens,
que o sentimento da  Chuva
um cachambi, de tão Sonhos....

em vés talvez:
que ultramarina a moça grande
aquele som das Geraes
nos ouros do apogeu de Então....

erês-Brasília foi toda a terra planalta
que meu pai viu quando na casa da ponte
onde mil céus de Goiás
na voz demais Coralina

girão de Aléns os meus sonoros junhos,
eu de bantós ver Guaxim.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Cartãs(Ao amigo Ticiano Diógenes)

Saber das cartas se meus ressaibos
voejam inda barões  Macanudos
e mais de trúpias Carnálias:

____ Eu gostaria, mas os roncós
das previsões andam magrins de Açúcar,
inaudiências à Toda:  formação
ver desfile  sete-de-setembro....

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Mundéu

Tarde. Mundo passa,
carro-de-boi, nas Cinco Salas:
gente voa, Pássara 
no chão da vida.

O canto do trem de ferro
inda agorinha Minas.
Carquejo de Cambuquira -
as águas mágicas,
'calanto das nuvens
onde Esperanto____

desvão de Mim
também Mundéu, Quissamã
de Amanhãs.

                                              (em 25 de julho, 2008)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Esboço ibó ver Escuro

Todo um Sonhário
lonjura  de mim-Menino:
 rocilho  assim Descabraque
' sse arremê que respiro....

Me suicidam desfolhes
de parangués à solta nos baroléus
onde ombros nus de Retrato,
meu rosto
de não-Revólver,
 noites brancas de Susto....

Relumes
de sempre Nuncas: azuis-Mulheres em vão
rezando pra mode uns lúnios
quezim de  Cor, mas capirotos-Delúbios
com dedo Torto: 

uns fuzuês 
 não-Jardins, meu quarto Só:

___esboço ibó ver Escuro.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Soneto Inglês, nº 64(Para a amiga Emanuela Helena)

Mundo-Caim, quéde Amarildo?  - 
 perguntam os Três enquanto o resto dos homens
 imola as últimas árvores, não vendo
 o tiro no pé, nem as bocas do inferno

com seus mortos num Quizumbró  -
lembrança Amarga de um mundo
que deixa os homens sem  Rosto
antes da mão do Carrasco.

Na mesa Antiga de pedra secaram
os braços de Mar, dragões dinamitaram terraços  -
levavam ao coração do Hóspede  - hoje as palavras
estão na boca das armas, são cais desertos

o que ainda gritam os altares. O mais: barrício
  de erês-Culturas  Jacintas.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Soneto Inglês, nº 63

As nuvens: aimaras enormes,
parecem saber meu Nome.
Agosto dança as marés 
mas vi, Senhora, a lua negra.

No bosque antigo as estrelas
plantam mandioca na terra,
fertilizam mulheres
sob a largura do tempo.

Esferas e ampulhetas dançam
a semente do poeta futuro.
O filho pródigo despenteia horizontes,
abraça o amigo, o inimigo

lanternas de fogo nas mãos:
estrada  para Emaús.


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Petrékio(Soneto Inglês, nº 62, à memória de Antonio Petrek, pintor paranaense)

Cidade dos homens: vi as horas 
andarem ruas inteiras
querendo aboio dos pássaros,
atrás de espelhos-Mistério.

Nuvens cambonam raios,
falam trovões sobre os ouvidos
já fartos de politices,
desabam tardes sobre edifícios

e sobre os carros  despidos
de seus cavalos. Vi centauros e peixes
apagando o sol, deixando a sala 
 (em silêncio), a própria música

dormir no fundo dos Mares,
na cidade dos homens.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Futúrio

Tésis: erês-de-Homem
quaisquer  -  isso demais  Certezura  -
já podem  Vênias
com a morte despois
de se Plantarem num filho.....



Soneto Descavernoso( Soneto Inglês, nº 61)

Quando nasci, meu mundo cabia no
Méier. Alguns mandaram presentes, o
anjo torto, Inclusive. O tempo
era Carranca em Brasília. Entonces

foi nesse imbró que me Vim. Depois cresci,
caxanguei. Toquei piano, batina,
mais violão e punheta. Não me casei,
não morri. Não fiz nem filho nem grana,

sei javanês-Urutu. No carnaval  -
Portelense  - no futebol Tricolor.
Também  já fui carbonário, pra nunca
mais ver tenórios  -  sejam tucanos ou

sapos. Trabalho o Som das palavras,
e espero  Adormecer  (bem) Sorrindo.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Curtim(Para a amiga Lucinha Ramos)

Poemo.
 Aos mais navegantes
'sse Lembrê, curtim:

Pra riba
de enflorescência, de 
malazártia por dentro
das Cinco Salas da gente,
mode maior a quizomba:

ocês,
Poemem-Se .

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Capim

....de  cacorés  e outras formas
de coração Derrancário, flor que à vera
Capim depois de litros de sonho darem costados
no raso morto da praia, jacírias 
de horizontares e outros chapins-Esperança
ver quinze mortes___
 mais  telhados Nenhuns, garrancho:
  de inás-Garoa por Tudo,
erês amargos, pau-ferro
de sempre Nuncas.







Fraia

' Manhece. No céu por cima
a máquina de nuvens. Trombones
solfejam kyries enquanto as folhas das árvores
escancarança mil bocas
(antesalas da ceia,
ali Rente).

Meu quarto
quatro braços
para o quintal, terra escura não Sabe
mas o fartum
do aguaranzéu zanzário em foz de Cheirume____

Derranquidão na cinzura
com gosto de zinco e morte
que travancava espinhaço
os olhos alma num Tudo
quando o relógio
inda era quinta
e tantas horas de choro....

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Estudo em forma de Sono, nº 4

Estavam num mesmo lado(o Esquerdo, chave do peito)
a casa antiga o quintal
o pé de rosa-Minina que parecia esses bonsais -
modês hoje em dia ....

No mesmo lado ela chuva
que desde sempre me foi Manhã
mestra de meus levares
mais Vóaros junto de  portas que sempre abriam
pra corredores  em cima d'água____

as caravelas  que foram Longe
levando todos meus Eus
prum mundo-Sono,
desTempo....


Modício do bungo Só

                                           "o mago sem condão, o Esfinge Gorda..."(Mário de Sá-Carneiro)
Entonces vida, medrária:
de  malaugúrio, parca
de Norte, prenhê
desse modício do bungo Só
que levo nos lábios____
secos Nenhuns

espúria nos barrancês
do que primeiro vira
carlos magro e ' fajeste:

hoje se beija amanhã não
dispois druminga
e na segunda ninguém sabe
o que Será

entonces troncho o luxeio
onde Mim: esse gepê gorduroso
que Nunca não viu mulher
em pêlo no quarto virgem____

medrária a vida, eu disse:
de merdassanha  futunda
inútil, mória____

___ Fidida.

domingo, 6 de outubro de 2013

Cais de Agosto

Um cais
de  Agosto onde os perfis
são ferro tresandando Escuros
e mais finais de horizontes.... no rosto
Nébulas onde restara em cor um sopro
das últimas cores em dança....

escape mais Impossível
das órbitas onde trezentas Mortes,
os portos falam de Séculos 
sem voz de lídias, joões
nem tranço de Passaredo____

um cais
nos breus-Profundura,
vão-se Embora meus braços.
                                                (02 de outubro, 2006)

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Serra do Meio

Pra longidão onde ela Serra do Meio
uns tantos de jacutinga,
berço de Cangerê , pedra
de tôco.

Longe que os olhos  Sonham
andando de Pés na chuva:
eu tão descalço, e depois
café com bolo,
 casa velha da ponte.

Os sabiás: bulício que Só
enquanto as nuvens 
tantra bom de cinzalha____


depois da chuva quem sabe
volte à mata mais funda
onde seo Pai do Mato: causos 
de boi-dormir
e outros caldos de goiaba....
                                              (1º de agosto, 2008)

Poeminho(Para Axa Paula)

Queria era você
trazida à essência mais Simples: Mulher,
e pronto. Assim  jasmânia de Flor
como as ruas velhas do Grajaú
nas tardes de chuva em janeiro....

te vendo Nelas então____
um caso de ponto-cruz
com as gotas da chuva na cara da gente....
                                                                      (11 de fevereiro, 2007)