Às vezes de empós as onze da noite
penso em chamar o arcanjo Miguel,
passar-lhe um Pito daqueles_____
mostrar que os anjos músicos lá da Saúde e Gamboa
andam pra mais de metro exagerando nos pifas,
dispois quem paga o pato - à vista,
e com dinheiro trocado - são as tias Martas,
Generovevas Alices Vânias
que perdem a magra pensão Inteirinha
pros atuais mininos carvoeiros, órfãos
de um estado Corno.
Pra não falar nas tragemerdas Jacintas
que são as mortes nos corredores do hospital da Posse,
mulheres, velhos, cabruncos de toda cara
fazendo a Grã das passagens
da Pior forma possível_______
minh'alma pluriDistroncha
com tanta verve Roncôlha
desse mundéu de breu mais pleno
dos automóveis do Cão
perdeu de sete 'ssa batalha,
fugiu com mil e setecentas pernas
junto das caravanas de Hagar
pra adonde a árvore da Ciência
não tenha nos galhos visgo de Surucucu______
adonde não veja mais os namorados de Jandira
babarem nos seios dela,
depois irem todos, ponta-cabeça até o Talo______
para as profundas dos Quintos.
sábado, 25 de julho de 2015
quinta-feira, 23 de julho de 2015
Equatoriária(Pro querido amigo Ullisses Areias)
Num tempo onde na curva de um rio - estígio trôlho Distroncho -
os corações perderam a corda que um dia os anjos chamaram:
vida cor floridões de primaveras Dançárias,
dentro d'alma da gente grávida
de infâncias que pareciam morrer
mais nunca de Núncaras...
em este tempo de hojes sem visgo de manhecências
nascentes de esperanças Antanhas
os homens cornos candongos se vão num desbordó Catifundo
na direção da porta dos Quintos, deixando na estrada toda
restos de rosas, os peixes do grande milagre,
a máquina do Calvário e mais cinzalhas de cais
há muito órfãs do passaréu de Lisboa...
a morte anda levando
vida mais que Ocupada:
juro a vocês que mais hoje mais amanhã
Caronte foge gritando
de tanta alma penada que ele tem que levar
pro outro lado do rio, estígio, trôlho Distroncho____
deserto onde mundo
é muito Muito outra coisa.
os corações perderam a corda que um dia os anjos chamaram:
vida cor floridões de primaveras Dançárias,
dentro d'alma da gente grávida
de infâncias que pareciam morrer
mais nunca de Núncaras...
em este tempo de hojes sem visgo de manhecências
nascentes de esperanças Antanhas
os homens cornos candongos se vão num desbordó Catifundo
na direção da porta dos Quintos, deixando na estrada toda
restos de rosas, os peixes do grande milagre,
a máquina do Calvário e mais cinzalhas de cais
há muito órfãs do passaréu de Lisboa...
a morte anda levando
vida mais que Ocupada:
juro a vocês que mais hoje mais amanhã
Caronte foge gritando
de tanta alma penada que ele tem que levar
pro outro lado do rio, estígio, trôlho Distroncho____
deserto onde mundo
é muito Muito outra coisa.
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Cantiga Tristirininha, em ré menor(Pra querida Sarah Valle)
O que nas Antiguanças já fui -
criança alada com latifúndios de Vôo -
hoje são dunas de sal,
são lágrimas, Oceanamente_____
meu pai Roncôlho nunca me disse
que era bom pedir conselho pras flores,
que ouvir o canto das mães d'água à tardinha
punha em fuga as jitiranas do Mal
e os prequetés do Capeta,
e que homem e mulher são Um
dentro da mesma carne.
Mas não____ meu pai tinha na cabeça
dálias de ferro gigantes
e árvores-Monstras chovendo ácido
nas pegadas que levavam aos marcos do Horizonte,
caminho aberto desde Emaús pelo Hóspede,
que hoje nas minhas cinzalhas
(um dia campos de trigo)
são galeronas pejadas de caiporas-Rúins,
penumbras d'água Malsã, silêncio de losangos Frios,
sem mais um visgo de sol
tamborilante nas janelas do quarto.
criança alada com latifúndios de Vôo -
hoje são dunas de sal,
são lágrimas, Oceanamente_____
meu pai Roncôlho nunca me disse
que era bom pedir conselho pras flores,
que ouvir o canto das mães d'água à tardinha
punha em fuga as jitiranas do Mal
e os prequetés do Capeta,
e que homem e mulher são Um
dentro da mesma carne.
Mas não____ meu pai tinha na cabeça
dálias de ferro gigantes
e árvores-Monstras chovendo ácido
nas pegadas que levavam aos marcos do Horizonte,
caminho aberto desde Emaús pelo Hóspede,
que hoje nas minhas cinzalhas
(um dia campos de trigo)
são galeronas pejadas de caiporas-Rúins,
penumbras d'água Malsã, silêncio de losangos Frios,
sem mais um visgo de sol
tamborilante nas janelas do quarto.
domingo, 12 de julho de 2015
Nº 10(Improviso em forma brincante. Pro Rafael Zacca. E pro Augusto Guimaraens Cavalcanti)
I - Prelúdio
Direi mandingas ebós
más candongas
do vil socorro do Embu.
Inácia a lontra
descamba na geremário
fugindo o corpo mais nu
pra se possível depois
daronde as botas do judas
e o raio que os parta.
Direi mandingas ebós
más candongas
do vil socorro do Embu.
Inácia a lontra
descamba na geremário
fugindo o corpo mais nu
pra se possível depois
daronde as botas do judas
e o raio que os parta.
II – Acalanto ao Contrário
Perdido o mar e a esperança
num resta em rócio mais bonde
que leve ao largo do guimarães:
eu disse "Augusto meu velho,
fudeu-se toda a certeza
de Acalantícios quando
chegar
amanhã”______
pois tudo em roda é Salsêro
pois tudo em roda é Salsêro
de nunca mais esculturas,
nem girassóis nos telhados
nem cavalos marinhos dentro das saias das moças,
nem mais rezas pra sequer
três lâmpadas, nem mais bórgias divinos
sumindo nas sementes de Guando.
nem cavalos marinhos dentro das saias das moças,
nem mais rezas pra sequer
três lâmpadas, nem mais bórgias divinos
sumindo nas sementes de Guando.
segunda-feira, 6 de julho de 2015
Carvoêro(A todo o pessoal da Pastoral do Menor, em todo o Brasil. Ao INPAR - Instituto Presbiteriano Álvaro Reis em Jacarepaguá-RJ, há cem anos lutando pelas crianças Descadeiradas. E pro Heyk Pimenta)
Em este mundo - candongo corno Absurdo
adonde há muito não soam mais
as ocarinas do Hóspede -
os atuais meninos carvoeiros(Ê carvoêro!!) passam,
em nossas praças e portas e chafarizes
chafurdarando seus papelões e descadeirados futuros
nas nossas caraças de pedra,
em nossos ouvidos Sepúlcrinos, e prosseguimos -
rodopiões do Cramulha - como se nada houvesse
fora da curva ou do tom______
enquanto que eles - Ê carvoêro!! -
se descaroçam num grito
pluriInouvido:
____A gente aqui nunca teve
seis anos de idade.
adonde há muito não soam mais
as ocarinas do Hóspede -
os atuais meninos carvoeiros(Ê carvoêro!!) passam,
em nossas praças e portas e chafarizes
chafurdarando seus papelões e descadeirados futuros
nas nossas caraças de pedra,
em nossos ouvidos Sepúlcrinos, e prosseguimos -
rodopiões do Cramulha - como se nada houvesse
fora da curva ou do tom______
enquanto que eles - Ê carvoêro!! -
se descaroçam num grito
pluriInouvido:
____A gente aqui nunca teve
seis anos de idade.
quarta-feira, 1 de julho de 2015
Paisagem Cânha, nº 7(Ao amigo André Pessôa)
Rio. Janeirão quatorze.
Cidade ver trampolices
nesse verão de mor-Chegança
nos trincabraques diabolôs-Fogaréu.
Pois o ronquê dos trombones
cabou Roncó de chuvarada ao Contrário,
que as nuvens - outrora uns capivaras enormes às cabelanças no céu -
andam pra muita
desmilinguência.
Caymmi bem que avisou: bora
chamar o Vento.
Cidade ver trampolices
nesse verão de mor-Chegança
nos trincabraques diabolôs-Fogaréu.
Pois o ronquê dos trombones
cabou Roncó de chuvarada ao Contrário,
que as nuvens - outrora uns capivaras enormes às cabelanças no céu -
andam pra muita
desmilinguência.
Caymmi bem que avisou: bora
chamar o Vento.
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