domingo, 25 de março de 2018

Preambália Mazomba(À memória de Ana Cristina Cesar. Pra Irmãzinha Jéssica Campos)

No fluido aceiro dela vida
eu era virgem de mais de quarenta invernos,

curvandálias e cheiros eram matizes 
que o trem dos corpos levava,
assim lavanda, em grão-pijama amortalhado,
e o dia mal Cabado em nascer__________

de empós Chuvoão os namorados não chegavam à cor
e o centauro andou 'squecido do sinal da cruz.

Priiincipalmente Não Nasci em Itabira
mas a morte anda em cavalos e as selas
são couro d'anta da pérsia nhôr-Sim________

o piadário que as mãos fuleiram
é cor de azul-quando-Foge, os anjos 
desbotam escudos do Bangu, eu saio pela porta dos fundos: Caí_______

coisa ou poeta, Inimporta, Caí da vida pra Dentro
dele álbum de retratos.

sexta-feira, 23 de março de 2018

Grão de Arcabuz, n.4(Para Jéssica Campos)

"Viva São Francisco
e vários suicidas e amantes suicidas"(Murilo Mendes)

Minha futura ela-Morte será achada - grão de Arcabuz -
como um sol vermelho na Boca_______ a sala 

Deu vinte passos perdidos, um pai Possesso, e a pior surra foréééver
que minha cacunda Levou, por um copo de iogurte(!!)
e por não ter cabeleira crescendo furiosamente 
com a força das máquinas.

Há muito os fundilhos do Eufrates Chamam no fundo das pontes 
pr'eu Ver misteriosos carnavais, quem sabe eu Retorno 
pra morrer de gripe espanhola em 1918.

Faltou erÊu quebrar priápios com meu pai - TALVEZ que
eu não me jogasse a prazo do quadragésimo andar Desdantão,
enquanto os gravatás Cresciam na esquina da rua,
aprendiam o telégrafo, comiam espinafre, viravam Cactos:

e derrubavam Todos os anjos da assistência 
depois daquela Surra do copo que afinal "nem um bifinho
VALIA"_______ meus onze anos viram num Rááásgo

minha futura ela-Morte, sala(desertamente) Inespelhada,
sol vermelho na boca... AÍ as pedras irão Pensar,
rirão cavalos, e
vocês Acreditarão.

Grão de Arcabuz, n.3(À memória de Mário de Sá-Carneiro. Para Caleb Baltazar)

O mar natural da vida 
é música de esferas Mórturas depois d'amanhã,
pandorga finarAlmente Chanfálhea
com todo direito às chamas fátuas
azuis_________

mar que é Mais nada 
além de rua de casas vazias - dentro erenMim
estão por todos os lados com suas pernas
e o braço com girassol caiu pra Fora
da cacholescÊncia...

sem falar que ela-Lua
dependia da inocência dos meus sonhos,
mas tudo é tão GrasnÂncia nos mussuês
e dançarinas de café barato e outras jukebókis
quebrarRançadas... na sala de visita com paisagem 

um Xêro enjoado à Jacinto e meus sentidos pêsames,
barcaças, tigradas em Nunca Mais...

não me-Serei, não serei Outro, mar é Velho 
e das janelas retiraram os Espelhos: mundo(e eu)
indo pra casa do caralho, grão de Arcabuz
sobre a cabeça.

quinta-feira, 15 de março de 2018

Sinfonieta n.0( Para Caleb Baltazar, e Jéssica Campos))

A casa das nuvens da infância
agora aperta sobre a copa das árvores 
seu grão-baraço em forma de um
Crânjio, de cavalanos Maciços__________

o galopeio mondronganêa pelo esporão
dos noticiários, pulga de aço Inexorável__________

último anjo noturno recolhe as mesas
onde homens só-Olhos apostavam cús

já que "amanhã" eram 'néis de vidro 
e se quebravam quais novíssima mulher de Ló

salgada e posta à vista na venda 
junto dos catálogos cujas bochechas
sopraram estrelas que inda batiam ponto
mal seu Apolo se esgrouvandava em Abóbora_______ estou

num Priápico 'ssoalho de Cambarús
com chuva copiosa em meio às pernas 

e o texto sublinhado em VermerÊlho
é só o começo 
onde figueiras Ressecam no atacado.

domingo, 11 de março de 2018

Estudo para uma Elegia(Para Victor Heringer)

Tarde avança Ranhências
e troperéus cada vez mundo Menos_________
manhãs ainda

parto dos oboés(serão d'Outros), gente Canseia:
catedrais de Silêncios e ouvidos 
que só nos ouvem as palavras...__________

te Entendo irmão, tu e mais Eu Desistimos:
sol não vai trazer Amarildo nem que vivêssemos 
cem anos________ neste interlúnio
coisa ou poeta Inimportam___________

o que chamaram de céu
não vale um rór de cerveja...

a tarde Avança em copacabana
e o próprio som da chuva Envelheceu,
alguém-Fátuo 
vai grampar pela porta...

árvores desaprenderam a chorambar
pelos homens, nossos brinquedos 
viraram atas do Copom
e a gente cansa Até de ser deus__________

do Alvorada parte o decreto 
que de novo assassina o leiteiro,
é sempre Enorme ele tempo 
longificando os avós em Del Castilho...

entre o sossego e o arvoredo 
não sou mais Isto, corações cansaram 
como mendigos Verdadeiros, como algueréim
com usucápio em mulambar seus marulhos
nas calçadas fedendo a Mijo___________

o ponterêiro em segundos trará mais Perto 
o erescambáu do crepúsculo,
sou/somos cambaionte-Acabado em meio à fúria 
de minotauros, murmúrio d'águas
e não mais muro como Intervalo___________

quem sou quem Fomos
não mais lápis de cor,

próprios deuses 
não moram Mais nas raízes.

sábado, 3 de março de 2018

Elegiária Mandinga(Cantiga Trístira pra flautoé e cambuca. Para Jéssica Campos. À memória de Mário de Sá-Carneiro)

Meu "disforÓsio" de ouro e Lua
um dia vai-Se Acabar_________
que eu vou pro mesmo Roncório
onde Canudos inteira repousa 
sem montepio e
sem Bênçãos_________

por "causo" dos hômis-Côisa,
por causo dos mequitréfe
armados de espinho e Coice, que hoje amanham
furdunço_______ à pobre e Lázia mãe-d'Água
que foi o Carro de minh'Alma...

pauÍs de roçarem silfos e boitatÁs
pelos DilúNios esboroados que foram cânhamos
e eu-vigir-Factível como persona
em meio ao Silêncio das folhas...

as garras-Sânscritas devassam meus fígados 
à Velôcita de los ventos varrendo a costa,
e só Depois 
de exéquias Minhas 'cabadas que as almas-Simples 
verão a Górdia e a Tamanha
da pedra-Sísifa fincada à Ferro nel'Alma
minha - e que meu pai Obrigou Carregar...__________

______"castelos desmantelados"(força e Braço de um pai...),
leões - Alados sem juba...