Sobre as colunas do Mar
um sopro antigo a relembrar as naus
voltando aos portos de Lisboa,
quando um país era Império
e Rosto com que fitava
o dorso Imenso do oceano ao longe...
Depois? Depois do Sono dos Três
foram serpentes de bronze______
foram leões a constringir nos dentes
o horizonte outrora aberto às Alturas,
foi o Encoberto que se fez em Bruma
e que lançando na Mourisma a má semente
fez de todo um povo Nevoeiro,
entre nuvens escondendo
todo um Futuro....
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Elegia mindinha
Evém mundéu Curimã
que a mão lambaia
Bahia:
os sete erês cardeais
mascando as horas Parecis
e os meus serões Desenredo... jussaras Pós.
Nazarés. Mandingas
malvas malsãs
xerém no arroto do Instante: céu de quases
me Existe
antifonária araci,
meus desenredos-Homem.
que a mão lambaia
Bahia:
os sete erês cardeais
mascando as horas Parecis
e os meus serões Desenredo... jussaras Pós.
Nazarés. Mandingas
malvas malsãs
xerém no arroto do Instante: céu de quases
me Existe
antifonária araci,
meus desenredos-Homem.
Dilúvio
Perdi Maria e a esperança
num acidente de ônibus.
Desbruzundós em quebranto
antiliras no céu:
todas as liras Pedra,
gravatá dos infernos.
Segui, bozó Catifundo,
segui vestido de Nada,
pranto a salas Vazias. Noite Escassa,
nenhum carro passará
sobre meu corpo, erê-Pandora.
Encosto todo num poste
meu ombro Nenhum:
Cisqueira chuvisca os olhos
parangolê mangará, mão do meu jogo
da vida____________
caindo preto, Dilúvio.
num acidente de ônibus.
Desbruzundós em quebranto
antiliras no céu:
todas as liras Pedra,
gravatá dos infernos.
Segui, bozó Catifundo,
segui vestido de Nada,
pranto a salas Vazias. Noite Escassa,
nenhum carro passará
sobre meu corpo, erê-Pandora.
Encosto todo num poste
meu ombro Nenhum:
Cisqueira chuvisca os olhos
parangolê mangará, mão do meu jogo
da vida____________
caindo preto, Dilúvio.
domingo, 26 de dezembro de 2010
Vaticinária
A torre odara do Templo
era alabê de Narciso
assim cunhã ziguizira,
um mar inteiro em tangência
alhambra após, de Elixir.
Mundéus e tantras depois
os pireneus no chuvisco
um risco Ilê mês de maio_______
E de entrevés, Alimária:
não vale discutir os homens
há muito estátuas em pedra,
após as torres de petróleo.
era alabê de Narciso
assim cunhã ziguizira,
um mar inteiro em tangência
alhambra após, de Elixir.
Mundéus e tantras depois
os pireneus no chuvisco
um risco Ilê mês de maio_______
E de entrevés, Alimária:
não vale discutir os homens
há muito estátuas em pedra,
após as torres de petróleo.
Antífona Breve
I
Num livro de Dona Benta:
as juras Inconfidentes
e os becos de Goiás Velho
em cambulhada com as roseiras do asfalto
e os bondes do carlos-Homem.
Monção________
chuvada assim de pancada
e a marcha do avô Tropeiro
suando nas alimárias,
vencendo a serra do mar.
II
Hoje meus sete espíritos
descansam no chão das Nuvens,
andor de pássaro e vento,
e dos poetas, do Hóspede.
Num livro de Dona Benta:
as juras Inconfidentes
e os becos de Goiás Velho
em cambulhada com as roseiras do asfalto
e os bondes do carlos-Homem.
Monção________
chuvada assim de pancada
e a marcha do avô Tropeiro
suando nas alimárias,
vencendo a serra do mar.
II
Hoje meus sete espíritos
descansam no chão das Nuvens,
andor de pássaro e vento,
e dos poetas, do Hóspede.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Boas Festas (Para Domingos Guimaraens, natal de 2010))
No engulho torto desses quejandos, lajedos,
mandacarus cardinálios que a vida às vezes Impõe,
com braços os mais Cabindas
e olho torto do cão________
No entorno dessa meiúca
dessa anguzada carôça
desse groló mal-fadado
eu paro agora e disparo
meus votos pra Vassuncê:
que seja Odara a mandinga
sempre vívara a força,
mais ternárias as valsas,
vasta a mão das Fortunas,
mais flautins nos telhados
e Erenguês de estrutura.
E o catingô dos quebrantos
urutaus serpentários,
leguelhés estrumentos,
cabreúvas mazingas
(e outros males retintos):
______todos àquela parte,
ou no escambau lá dos quintos.
Isso o que espero e quero
pra roda de Vassuncê confrade,
e, claro,
Amigo.
mandacarus cardinálios que a vida às vezes Impõe,
com braços os mais Cabindas
e olho torto do cão________
No entorno dessa meiúca
dessa anguzada carôça
desse groló mal-fadado
eu paro agora e disparo
meus votos pra Vassuncê:
que seja Odara a mandinga
sempre vívara a força,
mais ternárias as valsas,
vasta a mão das Fortunas,
mais flautins nos telhados
e Erenguês de estrutura.
E o catingô dos quebrantos
urutaus serpentários,
leguelhés estrumentos,
cabreúvas mazingas
(e outros males retintos):
______todos àquela parte,
ou no escambau lá dos quintos.
Isso o que espero e quero
pra roda de Vassuncê confrade,
e, claro,
Amigo.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Visões de São Mármaro, nº 0
Por onde livros não falam
das guilhotinas da Noite
andam meus Gês parecis____
cruz nos olhos (embora)
sobre jardins de pianos.
Passam cavalos de bronze.
Levam nos dorsos
as virgens brancas de europa,
por sobre o busto de Altair.
Vão nuvens tintas, vermelhas
lançando cântaros sobre as estátuas de pedra,
caravanas de Hagar descem dos raios
sobre oceanos imensos,
terraços de azul e de Sal.
Espero um sopro do Hóspede
antes do último Pássaro: depois então
meus braços cairão do Tempo.
das guilhotinas da Noite
andam meus Gês parecis____
cruz nos olhos (embora)
sobre jardins de pianos.
Passam cavalos de bronze.
Levam nos dorsos
as virgens brancas de europa,
por sobre o busto de Altair.
Vão nuvens tintas, vermelhas
lançando cântaros sobre as estátuas de pedra,
caravanas de Hagar descem dos raios
sobre oceanos imensos,
terraços de azul e de Sal.
Espero um sopro do Hóspede
antes do último Pássaro: depois então
meus braços cairão do Tempo.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Balangô
Serafins choraram lágrimas de barro
pelo retrato do Velho
suspenso entre dois acordes.
O sorriso de dentes requentes
esconde cinco décadas charutas.
Após foi coisa:
Iná querendo a multiplicação dos seres,
corpos íncubos___
Banzantinália
na madrugada salobra,
quase Dezembro, os urubus: tardes inteiras
entre os girassóis.
pelo retrato do Velho
suspenso entre dois acordes.
O sorriso de dentes requentes
esconde cinco décadas charutas.
Após foi coisa:
Iná querendo a multiplicação dos seres,
corpos íncubos___
Banzantinália
na madrugada salobra,
quase Dezembro, os urubus: tardes inteiras
entre os girassóis.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Cantares
Ouvir a sinfonia secreta
onde os suspiros da atmosfera
desceram à face da Terra:
memória apara seu cântaro
pleno de estrelas e deuses,
demônios dormem na sombra.
O mesmo Verbo da noite
adorna o sono dos filhos,
envolve o rosto do Hóspede
enquanto à mesa da ceia ____
No mundo os Homens Renascem,
abraçam os peixes e as nuvens,
partilham o pão, comemoram:
De novo os primeiros Três
pairando às face das Águas.
onde os suspiros da atmosfera
desceram à face da Terra:
memória apara seu cântaro
pleno de estrelas e deuses,
demônios dormem na sombra.
O mesmo Verbo da noite
adorna o sono dos filhos,
envolve o rosto do Hóspede
enquanto à mesa da ceia ____
No mundo os Homens Renascem,
abraçam os peixes e as nuvens,
partilham o pão, comemoram:
De novo os primeiros Três
pairando às face das Águas.
Caudalócio
E sigo: tango e Tabefe
por estes céus de metano.
Vida até suportável,
não fossem tantos automóveis
berrando no chá das cinco,
enquanto homens se matam
por vinte gramas de pó.
Ainda em beiras de Mim _____
mulheres órfãs
tecendo redes na praia:
jangadas indo pra longe,
mais tarde voltando Sós.
Vento castiga os óculos:
depois então vem dezembro
e o resto vai para o Inferno.
por estes céus de metano.
Vida até suportável,
não fossem tantos automóveis
berrando no chá das cinco,
enquanto homens se matam
por vinte gramas de pó.
Ainda em beiras de Mim _____
mulheres órfãs
tecendo redes na praia:
jangadas indo pra longe,
mais tarde voltando Sós.
Vento castiga os óculos:
depois então vem dezembro
e o resto vai para o Inferno.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Partida
Quizomba Má na estação Leopoldina:
de cambulhada vão-se embora meus braços,
junto dos ombros do poeta
que segue bêbado no bonde,
indo pras Picas
e pra canto Nenhum.
Chego pra tarde Seco:
sem fumo, terço, araucárias.
Cantiga sem beira agora.
Morte virá depois,
sacramentar a partida.
Sem esculturas nem flautas.
de cambulhada vão-se embora meus braços,
junto dos ombros do poeta
que segue bêbado no bonde,
indo pras Picas
e pra canto Nenhum.
Chego pra tarde Seco:
sem fumo, terço, araucárias.
Cantiga sem beira agora.
Morte virá depois,
sacramentar a partida.
Sem esculturas nem flautas.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Outonos
O coração numeroso anda em Silêncio.
Procuro um rosto_____
a luz que Oscila
anda sem olhos a cidade inteira.
E se acabaram os homens,
já não cabe discutir as flores.
Procuro um rosto_____
e dos espelhos vejo terraços
sobre oceanos, porém desertos_____
a tempestade avança e das entranhas
são galeões digeridos
o que Resta_____
E não sou mais
nem Isto: visto os Outonos,
desenredos me Existem.
Procuro um rosto_____
a luz que Oscila
anda sem olhos a cidade inteira.
E se acabaram os homens,
já não cabe discutir as flores.
Procuro um rosto_____
e dos espelhos vejo terraços
sobre oceanos, porém desertos_____
a tempestade avança e das entranhas
são galeões digeridos
o que Resta_____
E não sou mais
nem Isto: visto os Outonos,
desenredos me Existem.
Estudo
Noite. Serão talvez onze horas,
na janela do quarto
imagem Curta nos olhos,
nenhum Saltério nas retinas cansadas.
Ninguém falou que era a guerra,
e que os jardins precisavam de água,
descantarência Agressiva.
Céu de bronze por cima
andando na cidade Inexplicável,
os homens Náufragos
de mais-Valia____
são barris de petróleo,
ombro Nenhum.
na janela do quarto
imagem Curta nos olhos,
nenhum Saltério nas retinas cansadas.
Ninguém falou que era a guerra,
e que os jardins precisavam de água,
descantarência Agressiva.
Céu de bronze por cima
andando na cidade Inexplicável,
os homens Náufragos
de mais-Valia____
são barris de petróleo,
ombro Nenhum.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Estudo em forma de poema
O rito secreto da chave.
A palavra "Encontro" dilacera os suicidas,
a cidade é inexplicável e há muito
se acabaram os homens,
transfeitos em barras de aço
e barris de petróleo.
Um último anjo apaga a lâmpada do Encanto,
fecha a porta dos sentidos,
em silêncio se esvai num mundo sem fé,
deixando nos edifícios
gente ocupada em nascimento e morte.
A palavra "Encontro" dilacera os suicidas,
a cidade é inexplicável e há muito
se acabaram os homens,
transfeitos em barras de aço
e barris de petróleo.
Um último anjo apaga a lâmpada do Encanto,
fecha a porta dos sentidos,
em silêncio se esvai num mundo sem fé,
deixando nos edifícios
gente ocupada em nascimento e morte.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Tarde
Tarde andando no céu.
Semeio todo um poema
na areia quente do deserto,
águas brotam da penha.
Disseco um demônio todo
no espaço-Cubo das horas.
Na mesma tábua de pedra
deitaram Isaque e o Hóspede,
mas era outra Repartição
que funcionava ali.
Andando no céu da tarde
relógios se derretendo conversam fartura e morte:
asas brotam dos pés
da noite agora mais Rente.
Semeio todo um poema
na areia quente do deserto,
águas brotam da penha.
Disseco um demônio todo
no espaço-Cubo das horas.
Na mesma tábua de pedra
deitaram Isaque e o Hóspede,
mas era outra Repartição
que funcionava ali.
Andando no céu da tarde
relógios se derretendo conversam fartura e morte:
asas brotam dos pés
da noite agora mais Rente.
A Extensão dos Tempos
A tarde pousa aos meus pés
seus candelabros enormes.
Grande sede das Horas:
o casamento em Caná
procura o rosto do Hóspede.
Reli papiros, esfinges
fiz estender no varal
tecidos do meu Segredo:
Nijinski beijava as flores
dançando sobre o horizonte.
Enquanto houver Poesia
caminharei pela extensão dos tempos,
vestindo pânico e flor.
seus candelabros enormes.
Grande sede das Horas:
o casamento em Caná
procura o rosto do Hóspede.
Reli papiros, esfinges
fiz estender no varal
tecidos do meu Segredo:
Nijinski beijava as flores
dançando sobre o horizonte.
Enquanto houver Poesia
caminharei pela extensão dos tempos,
vestindo pânico e flor.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Estudo, nº 1
Girassóis cavalgam minhas paredes de pedra.
Da "correnteza de raios
desce uivando o Minotauro".
Pássaros juntando conchas
bebem o orvalho dos pianos
sobre as campinas da Terra,
o filho pródigo retorna dos rios Invisíveis,
árvores desmaiam de emoção .
A luz dum fósforo elétrico
abraça o amigo, o inimigo:
um raio tinge de cinza
os braços negros da noite,
na luz difusa dos sótãos
espero as bodas do Hóspede.
Da "correnteza de raios
desce uivando o Minotauro".
Pássaros juntando conchas
bebem o orvalho dos pianos
sobre as campinas da Terra,
o filho pródigo retorna dos rios Invisíveis,
árvores desmaiam de emoção .
A luz dum fósforo elétrico
abraça o amigo, o inimigo:
um raio tinge de cinza
os braços negros da noite,
na luz difusa dos sótãos
espero as bodas do Hóspede.
Affonso Revisitado
Há tempos Affonso disse
que "o aumentativo de Fome
podia ser Revolução". Hoje no mundo todo
jornais garantem que ele, infelizmente
falava a Verdade.
Essa Verdade
que ainda insiste em transformar homens
em barro Estéril de escultura,
em números num balancete.
Enquanto isso no campo
grão-senhores colhem torres de petróleo
e nas cidades a próxima chacina amadurece,
debaixo dos nosso olhos
e das torres da Candelária.
que "o aumentativo de Fome
podia ser Revolução". Hoje no mundo todo
jornais garantem que ele, infelizmente
falava a Verdade.
Essa Verdade
que ainda insiste em transformar homens
em barro Estéril de escultura,
em números num balancete.
Enquanto isso no campo
grão-senhores colhem torres de petróleo
e nas cidades a próxima chacina amadurece,
debaixo dos nosso olhos
e das torres da Candelária.
Poema da muita Chuva
Faz frio fez chuva. De dia
era ver noite no céu,
e as nuvens rombudas gordas_____
Ronquêra assim
que nem orquestra de trombones.
No Cachambi ninguém sobrando
pra fora de um guarda-chuva,
magotes disputam no ombro
uns frenegués de centímetros
nas poucas marquises Sãs,
as leis da física
dando um trabalho danado.
E ninguém viu Biguá
mascote do bairro todo:
cachorro de rua nenhum
que eu visse de mais Estrela____
os donos são 32, fora os centavos
de troco.
Mas todo mundo aproveita
a deixa da chuva em baldes
caindo pela manhã na zona norte da cidade
pra mastigar pelos ônibus
os seus torrões de azedume:
os olhos compridos
pensando um gosto de sol,
saudade de um samba antigo
e mais orquídeas no bolso.
era ver noite no céu,
e as nuvens rombudas gordas_____
Ronquêra assim
que nem orquestra de trombones.
No Cachambi ninguém sobrando
pra fora de um guarda-chuva,
magotes disputam no ombro
uns frenegués de centímetros
nas poucas marquises Sãs,
as leis da física
dando um trabalho danado.
E ninguém viu Biguá
mascote do bairro todo:
cachorro de rua nenhum
que eu visse de mais Estrela____
os donos são 32, fora os centavos
de troco.
Mas todo mundo aproveita
a deixa da chuva em baldes
caindo pela manhã na zona norte da cidade
pra mastigar pelos ônibus
os seus torrões de azedume:
os olhos compridos
pensando um gosto de sol,
saudade de um samba antigo
e mais orquídeas no bolso.
Guerra (A meu irmão André Mauro)
Pela campina deserta
passam cavalos de Chuva.
De onde vêm pra onde vão,
sei que eles: filhos do Homem.
Os olhos voltam do sono
o dia acalma as marés,
dança de Lua. Primeiros pássaros,
Oboés.
Ao longe Minas Gerais
de perto a Praça das Nações
e seus heróis que na Itália
romperam montes, exércitos:
inda chegaram na guerra
a tempo de oferecer uns mortos,
que gentileza meu Deus.
passam cavalos de Chuva.
De onde vêm pra onde vão,
sei que eles: filhos do Homem.
Os olhos voltam do sono
o dia acalma as marés,
dança de Lua. Primeiros pássaros,
Oboés.
Ao longe Minas Gerais
de perto a Praça das Nações
e seus heróis que na Itália
romperam montes, exércitos:
inda chegaram na guerra
a tempo de oferecer uns mortos,
que gentileza meu Deus.
Poema Flóreo
As nuvens - pandas enormes
parecem saber meu Nome.
Agosto dança as marés
mas vi, Senhora, a lua negra .
No bosque antigo as estrelas
plantam mandiocas na Terra,
fertilizam mulheres.
Sobre a largura do tempo
esferas e ampulhetas dançam
a semente do poeta futuro,
o filho pródigo despenteando horizontes
abraça o amigo, o inimigo.
Beber o orvalho dos pianos
antes que o demônio acorde
e a morte retorne do Afeganistão,
pegando as horas em pânico.
parecem saber meu Nome.
Agosto dança as marés
mas vi, Senhora, a lua negra .
No bosque antigo as estrelas
plantam mandiocas na Terra,
fertilizam mulheres.
Sobre a largura do tempo
esferas e ampulhetas dançam
a semente do poeta futuro,
o filho pródigo despenteando horizontes
abraça o amigo, o inimigo.
Beber o orvalho dos pianos
antes que o demônio acorde
e a morte retorne do Afeganistão,
pegando as horas em pânico.
Valqueire
Por toda a praça do Valqueire
eu vejo o vulto do Hóspede chamando a Todos,
os homens passam, não Vêem. Olhos seguem sepultando mortos
enquanto cheques especiais
compram sapatos de bronze.
A noite desce por Tudo
lua negra é Senhora, vida que não vale o parto mas há Ordem
pra seguirmos nela.
Sem esperança de Escultura.
eu vejo o vulto do Hóspede chamando a Todos,
os homens passam, não Vêem. Olhos seguem sepultando mortos
enquanto cheques especiais
compram sapatos de bronze.
A noite desce por Tudo
lua negra é Senhora, vida que não vale o parto mas há Ordem
pra seguirmos nela.
Sem esperança de Escultura.
Serestinha
O mundo com seus necrológios
chega na estação: as nuvens, pandas enormes,
a vida Incomunicável.
Carros levam pessoas
pessoas levam seus óculos, bigodes, pernas
pra não sei Onde.
Aves nos olham de cima
todas com olhos de águia
parecem dizer que sim,
temos os dias contados
e a morte anda espreitando à porta:
na próxima compra do mês
na xícara de chá com bolo,
depois da missa das oito,
durante o coito mensal.
Mas sigo andando na praça,
árvores sabem meu Nome.
Olho um sinal, está verde, atravesso:
ainda é tempo de Figos.
chega na estação: as nuvens, pandas enormes,
a vida Incomunicável.
Carros levam pessoas
pessoas levam seus óculos, bigodes, pernas
pra não sei Onde.
Aves nos olham de cima
todas com olhos de águia
parecem dizer que sim,
temos os dias contados
e a morte anda espreitando à porta:
na próxima compra do mês
na xícara de chá com bolo,
depois da missa das oito,
durante o coito mensal.
Mas sigo andando na praça,
árvores sabem meu Nome.
Olho um sinal, está verde, atravesso:
ainda é tempo de Figos.
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