Quando nasci
o mundo era no Méier.
Meu pai abriu garrafas de cerveja,
os meus avós plantaram Sonhos
pela casa. Minha mãe sorria,
aquele sorriso mais Lindo.
Muitos mandaram beijos, alguns mandaram
presentes, o anjo torto Inclusive.
Depois cresci, caxanguei
toquei e carreguei piano
usei batina, bigode. Não me casei,
nem morri. Não fiz dinheiro
nem filho, sei javanês
e fagote, leitor de grego e de
Mulher. No futebol - Laranjeiras,
nos tamborins - Portelense.
Já fui feliz carbonário. Hoje aborreço os tenórios
sejam de esquerda, direita.
Meu centro é Longe dos palanques.
Hoje trabalho as palavras
e espero ainda adormecer Sorrindo.
adiraion... saudade do méier! bjao
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