quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Madalena

Era um estranho, e no entanto
podia ser o jardineiro daquele horto.
Cheguei-me  e disse:
tu que para além   do Nada  conheces
todos os mortos, mostra onde o pusestes.
Trouxemos  mirra,  perfumes.


Ele, que por entre a cortina  de minhas lágrimas
dissera  "porque choras, mulher"?
agora cala, me olha. Profundamente.
Quando falou de novo, apenas
disse  meu  Nome.


Desde então  nada  Mais
precisou ser Dito.

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