Manhã, no quintal dos outros.
Aqui meus serões costurando noites
numa mortalha comprida.
Há pelo menos dez anos
que morro, bebendo leite de lata
das encruzilhadas, pensando coxas e seios
que Nunca me viram nu.
Já fui de tudo, fumaça negra dos carros
e cocô de cabrito,
toquei viola e zabumba
pra maluco dançar,
fui papagaio de "apóstolos"
catando a vida em Gramacho.
Desaprendi passarinhos ,
hoje faz ponto num canto
necessário urubu. Segue o Seco
em desabar catedrais.
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