terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Pátria (Para minha irmã Laura Pires)

Um grito  varando  a noite.
Vem  lá  do cerro, das  minas
e das  estradas  de tropa, dos currais D'el Rey
num  bricabraque  atravessando  estirões,
matundos  grotas  valados
brincabrincando
nos barros_____   ponto  das chuvas
poeira______ canto   do estio, do sal
da  pedra
lavada em Sangue,

um  Fogo: nos olhos  ardem
Libertas, inda  que  tarde______
e mais  dez   vidas
como  o último  desejo  de  um  Homem,

este  andrológio  do Alferes
marcando à Ferro no mundo
um Todo, e novo País:

Ao  som  do  mar,
e   à   luz  do  céu   profundo.
(Imagem: Pátria, de Pedro Bruno, e "José Bonifácio idealiza a bandeira, de Eduardo Sá)

2 comentários:

  1. Ai, que coisa mais linda. E esse final.

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  2. Ah, onde a pátria gentil
    quem em mim se partiu em mil
    pedaços, destroçando tudo
    que me era tão caro? tão raro?
    na sutil e a ferro e a força,
    arrogante ela me mostrou que apenas
    cegos poderiam ver seu céu de anil!
    triste mãe de pobres filhos,
    somos apenas órfãos de quem
    não nos viu.
    bjs

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