E são
carnésias, Espaços
estrada em que folgadamente
uns atabaques de Outubro
andam dez pássaros na direção
onde o Capão do Bispo sobre o morrote
destila escravos que morrem
Nunca,
embora a Voz do Brasil
siga o discurso do rei
contrário a toda Memória,
porque Paris valia mesmo dez missas,
e eram razões de Estado_________
Que te fiz Eu, meu povo
que te fiz Eu
que deste modo contra Mim te rebelas
danificando as flores, o azeite e o vinho
como hoje se Vê
nos corredores do hospital da Posse.....
E o dragão se pôs em pé
sobre as areias de Ipanema,
os olhos percorrem África_______
ali mesmo,
nos genes mortos desde antes da fundação do Mundo
ainda assim nas redes de vôlei,
nas curvas plenas de sexo,
demônios verdes Depois
levando todos
prum beleléu dos infernos_________
Geraldo Erê Viramundo
capítulo três verso doze
falava desde Ouro Preto
sobre estas cascas de gente
andando sem Óleo nas lamparinas
sem visgo d'Alma nos olhos
vendendo as mães, as irmãs
sob ramadas Castanhas,
o Tempo não dando conta
de fuga à frente do Inverno______
trens retornam vazios
desde o ramal de Treblinka,
gramachos secos Morrentes
e se acabando os braços outrora fortes
bem antes do tempo da velhice.
Meu povo que te fiz Eu
que te fiz Eu meu povo meu povo
meu povo que te Fiz
Eu.
sábado, 28 de julho de 2012
Esboço num Ladrilhó
Os abricós baticuns:
Transbordo ilê butiquim
peraus serões de mais séculos
em voz passada a tamborins
e Serpentes... ainda as árvores de Maio,
primaveras em Praga
e a voz do Leste onde dez mães sentavam
à beira d'água imaginando Nuvens,
calças de filhos de bronze
entre as agulhas nas mãos gigantes.....
Transbordo ilê butiquim
peraus serões de mais séculos
em voz passada a tamborins
e Serpentes... ainda as árvores de Maio,
primaveras em Praga
e a voz do Leste onde dez mães sentavam
à beira d'água imaginando Nuvens,
calças de filhos de bronze
entre as agulhas nas mãos gigantes.....
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Imagem, n° 2
Prum largo longe
em facas flores 'celenças
que mais Irídio em mais Força,
saltérios pontes estradas
andando pelas Memórias
que morrem Nunca....
Na gira das Reticências
as caras do São Francisco:
Um domingo de
candongas moças, dum Tanto
em flor Replantada_______
que ainda se vidro e corte
preciso a Vida
num tranco em Chave
e Tamanho... mais tamborins mais espaço
onde mais árvores-Inás
de Tudo...
em facas flores 'celenças
que mais Irídio em mais Força,
saltérios pontes estradas
andando pelas Memórias
que morrem Nunca....
Na gira das Reticências
as caras do São Francisco:
Um domingo de
candongas moças, dum Tanto
em flor Replantada_______
que ainda se vidro e corte
preciso a Vida
num tranco em Chave
e Tamanho... mais tamborins mais espaço
onde mais árvores-Inás
de Tudo...
Rua da Relação,1938(Estudo em moda brincante)
Bacoro de Pirilango
de então Cangalha seu moço
estado novo à la Carte,
baiana -- se roda toda, a treva
no comecinho ......
juêlho no mio quente
judia pras Alemâncias,
a prensa presa mordida
banido todo Bulício_______
Getúlio de estado novo o Relho
velho por Tudo, bacoro
mal Pirilango: trevura Adulta
pelos cangotes.....
de então Cangalha seu moço
estado novo à la Carte,
baiana -- se roda toda, a treva
no comecinho ......
juêlho no mio quente
judia pras Alemâncias,
a prensa presa mordida
banido todo Bulício_______
Getúlio de estado novo o Relho
velho por Tudo, bacoro
mal Pirilango: trevura Adulta
pelos cangotes.....
Imagem n.1(Rua Cachambi)
Faz frio fez chuva. De dia
era ver noite no céu rombudo escuro igual
futuro de pobre. Ninguém prum café na rua,
que chuva inclusive
sumiu com ele Biguá, cachorro-Mestre mascote
da Cachambi_____bicho de rua nenhum
de mais estrela que Esse: São 32 os donos,
fora os compadres......
Faz frio frio fez chuva
o dia inteiro a começar
desdontem.... no céu rombudo futunço e tudo
um cinza de cinza só......
Marracachorra de chuva
ali banzante, desdontem.
sábado, 21 de julho de 2012
Esboço de paisagem(Pro amigo Daniel Ribas)
Atrás em meu pensamento
o Semeador de Esferas,
chamado Triúno,
gênese das nebulosas
e dos cantares do Fogo,
trânsito entre o sono e a arquitetura,
entre os jardins e a Pedra. Também plangendo na cena
de minhas retinas malucas
os elefantes Pernaltas
e Antônio Bento meu santo(marracachorro que só), vestindo apenas
um mor-Cruzeiro de pau____
marcando chuvas sobre as roseiras
onde é plantado o meio-dia, e mais relógios derretem
nas cercas desse Mundéu.
o Semeador de Esferas,
chamado Triúno,
gênese das nebulosas
e dos cantares do Fogo,
trânsito entre o sono e a arquitetura,
entre os jardins e a Pedra. Também plangendo na cena
de minhas retinas malucas
os elefantes Pernaltas
e Antônio Bento meu santo(marracachorro que só), vestindo apenas
um mor-Cruzeiro de pau____
marcando chuvas sobre as roseiras
onde é plantado o meio-dia, e mais relógios derretem
nas cercas desse Mundéu.
Poema em Cinza
Inás não mais
uns olhos que Fui......
meus esperantos de outrora
andam 'garrando cinzalha,
a Mantiqueira desfeita em Pó
nas estruturas que restam.....
É certo, meus Eus
vão longe dos Aguaçais
pelos jardins de Outubro,
inda esgarçando meus lábios
inúteis Secos jacintos
num quarto amargo
que nunca não viu mulher.....
Desconchavado este nêgo
levando os bagos Inúteis
prum quarto cor de Cinzalha.....
uns olhos que Fui......
meus esperantos de outrora
andam 'garrando cinzalha,
a Mantiqueira desfeita em Pó
nas estruturas que restam.....
É certo, meus Eus
vão longe dos Aguaçais
pelos jardins de Outubro,
inda esgarçando meus lábios
inúteis Secos jacintos
num quarto amargo
que nunca não viu mulher.....
Desconchavado este nêgo
levando os bagos Inúteis
prum quarto cor de Cinzalha.....
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Estudo
Maracangalha, praça principal.
Manhã sacode a soneira assim
num quê mamulengo,
portas num chamegô
prum sol caiado de vermelho e frio
A madrugada sumiu
pra junto do Enxú do Mato,
e das quireras, sacis
mais poxoréus com tudo quanto é de-Medo,
voltam depois, Certezura.
Defronte à praça um buteco,
acaba mesmo de abrir
à espera dos velhos de liforme branco,
chamando pro bucho o desjejum
manjado: Linguiça frita mais uca,
as marteladas nunca menos que dez
banzando à solta apareceu Biguá,
cachorro da rua,
e que tem 32 donos: Balança um rabo sem pêlo
e some na ladeira da esquina,
adonde aponta o turco mascate,
os velhos de olho
nas quinquineras trazidas,
embora os preços sejam de um tipo
que chama rusga e tabefe
Depois depois o banzé
da gente solta nas ruas,
passando à pressa a praça agora animada,
mulheres homens mundéus
desse carrôço de boi
de mais um dia nheim-nheinhando
essa VIDA...
Manhã sacode a soneira assim
num quê mamulengo,
portas num chamegô
prum sol caiado de vermelho e frio
A madrugada sumiu
pra junto do Enxú do Mato,
e das quireras, sacis
mais poxoréus com tudo quanto é de-Medo,
voltam depois, Certezura.
Defronte à praça um buteco,
acaba mesmo de abrir
à espera dos velhos de liforme branco,
chamando pro bucho o desjejum
manjado: Linguiça frita mais uca,
as marteladas nunca menos que dez
banzando à solta apareceu Biguá,
cachorro da rua,
e que tem 32 donos: Balança um rabo sem pêlo
e some na ladeira da esquina,
adonde aponta o turco mascate,
os velhos de olho
nas quinquineras trazidas,
embora os preços sejam de um tipo
que chama rusga e tabefe
Depois depois o banzé
da gente solta nas ruas,
passando à pressa a praça agora animada,
mulheres homens mundéus
desse carrôço de boi
de mais um dia nheim-nheinhando
essa VIDA...
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