sábado, 28 de julho de 2012

Poema sobre os Muros do Século

E são
carnésias, Espaços
estrada em que folgadamente
uns atabaques de Outubro
andam  dez  pássaros na direção
onde o  Capão  do Bispo sobre o morrote
destila escravos que   morrem
Nunca,
embora a  Voz do Brasil
siga o discurso do rei
contrário a toda Memória,
porque   Paris  valia mesmo  dez missas,
e eram razões de Estado_________

Que  te fiz  Eu, meu povo
que te fiz  Eu
que deste modo contra  Mim te rebelas
danificando  as flores, o azeite e o vinho
como  hoje  se Vê
nos corredores do hospital da Posse.....

E o dragão se pôs em pé
sobre as areias de Ipanema,
os olhos percorrem   África_______
ali  mesmo,
nos genes  mortos desde antes da fundação  do  Mundo
ainda assim  nas redes de vôlei,
nas curvas  plenas de sexo,
demônios  verdes  Depois
levando todos
prum beleléu dos  infernos_________

Geraldo  Erê  Viramundo
capítulo  três verso  doze
falava desde  Ouro  Preto
sobre estas  cascas  de gente
andando  sem Óleo nas lamparinas
sem  visgo d'Alma  nos olhos
vendendo  as mães, as irmãs
sob ramadas  Castanhas,
o  Tempo não dando conta
de fuga  à frente  do Inverno______

trens  retornam  vazios
desde o ramal de Treblinka,
gramachos  secos   Morrentes
e se acabando  os braços  outrora  fortes
bem antes  do tempo  da velhice.

Meu povo  que te fiz  Eu
que te fiz  Eu meu povo meu povo
meu povo que te  Fiz
Eu.

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