terça-feira, 18 de agosto de 2015

Cinco brincolências de zabaretês no início das águas de março(Pro querido Luis Turiba. Pro Augusto Meneghin em seu aniversário)


Como se Ofélia masgaraiada
dentro de sete cântaros  -
cubista, subdividida  -
sonhei vertigens Carônteas
num campo de açucenas retintas
em mais vespeiros Cabrúcios.

Ainda assim fez Sol na cidade, o carnaval brincalhava
debaixo dos suvacos da Estátua:
anjinhos Murílios formavam pares
junto com as nêgas do Chico, o turumbamba
foi soproréu de trombones enquanto losangos verdes
eram vistos nos degraus do espaço____

e me esqueci das centopéias gigantes
que me assombravam as janelas do crânio,
deixei Ofélia nos cântaros, não sem antes lembrar
que aos mortos cabe sepultar seus mortos
segundo palavra dos braços-Árvores
do Cristo Ressuscitado____

hei de brincar de Horizontes
pra destrancar as Infâncias que os homens cismam em Descadeirar,
depois os mesmos anjos embrulharão meus cento e dez olhos e ouvidos
em linho fino da Pérsia, desmontarei meu fagote
e mais retrós bricabráquios:

esquecerei que um dia existiram tons de Vermelho
e serei mais um folião, liberto enfim

do Cálice da matéria.

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