quarta-feira, 29 de junho de 2016

Composição: capoeira com urubus-jereba(Pra Emanuela Helena. Para ser lido ao som dos primeiros oito minutos da Bachiana Brasileira n. 3, pra piano e orquestra, de Villa-Lobos)

Onde elas pontes
se esvoam todas prum Longe
sem ponto-e-vírgula
é o nome do lugarázio
retinto de cinza e sangue
e que meus pés acocham
num sombriê Maldezento_________

o raio do sol da tarde
que uma janela perdida indiferente refletiu
- tresanda - confabulário
de jãos-de-barros sem casa e a quem inclusive e sem pena
Arrancalharam os bicos

as luas todas são cangarelhas
de mamulengos quebrados, inda escuto êiks de vento
- com sete braços de leiras - a desdizer Esperantos
porque eles cornos - os homens - vão cada vez
pra dentro e Dentro de si mesmos, desaquecendo nos sangues
a Córdia da palavra "amigo" e todas as pautas de música
que sobreviveram ao sacrifício do Hóspede(a mesa
onde Ele e Aslam foram propostos - e aceitos - no Hades
há Muito jaz nas sombras das sombras
junto da grama plutonizada
de Nagazáki)_________  

resumescendo sou todas as capoeiras
onde andararam os velhos jequitibás de antes das caravelas,
e sobre elas pontes(agora um nada-nem-Chêro)
trovesvoejam os urubus-jereba em negaceios tantálicos
no cinza-Chumbo do céu_________ 

violoncelos contrabaixos e trompas se juntam
à procissão dos bichos no piedoso enterro do caçador,
em cujo esquirife repousam - á mó que duas mãos -
dois fagotes libertos 
da alma, extinta pra Sempre. 

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