Num ponto da vinte e quatro de maio
aos dois pras três o posto bê-érre:
madrugada Intardece. O poeta
assiste à bebedeira dos carros - táxis,
na maioria.
À mesa um des-estílico Pimpinelado,
junto ao livro da Florbela Espanca,
adquirido no Catete, ant'ontem.
Outono anda crescendo no retrovisor, minha estante de livros
fala em saxofones Gigantes
de 1930, no Curvelo o poetaço anguloso
chamou o cara de Juiz de Fora
de bicho-da-seda. __________
Eu penso nas viúvas de hoje
(que não jogam verdes na Bolsa), e nos pianos
antigamente encontradiços nos rapeús(*)
dos bairros de Olaria e Ramos.
(*Rapeús: casas de funcionários públicos de baixa graduação)
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