domingo, 5 de julho de 2020

No tempo do Policarpo(ChorÓ-ProcissÃo n.1, para violão e cuÍca, à memória de Lima Barreto, também meu amigo, e para Luciana Quintão de Moraes)

I)IntroduCÊntio

No tempo dos primeiros tijolos
cais das ruas ali perto do Moinho no
bairro do JacaRÉ se ergueu igual

um ÁÁtlas, OMbreÂndo Tudo______ nos então'
a republiQUÊta 'inda não tinha barba
mas matááva igual covÍ-19,
igual e TAL os CrePÚSculos - CO' A Força dos
capins-Navalha, inescaPÁveis
como Dois de Novembro.

II)PingÚS nos ÍÍs(Recitativo)

Dizer que os olhos dos pedRÊiforos-camBOnos
ao poNHÁr em pé café-MoÍnho
ali no JacaRÉ eram/são/contiNÚam
(mesmo após viga-MOrte)_____mal-dorMIdos,
'xovaLHÁdos, MAL-PÁgos - ééé

tão ver-ÓÓbvio quanto elas Naus desenFUnadas
dando ÂNcora no porto de Lisboa SEM o
corpo do Sebastião, el-Rey mancEEbo,
corroRÓÓ ventuROso.

III)ToccaTÁ(À memória do Sá-Carneiro)

Voltêêiam
dentro de Mim rodoPIos, noVElos,
rainhas MÁS mas no entanto protegidas por
dragŌES, e a gente aqui
faz passa-RÉgua_____________

do TempoRÓ dos tiJÓlos do MoiNHÃO JacaRÉ
ao grão-saBÁ dos traficantes e milícias Hoje_________

o bairro ali - Jacaré, Cachambi(o do LAdo),
toda cidade, o Brasil:

também rasteeeja o futurÃO ENcoberto,
e - olha AQUI - NÃO tivemos
um Dom Sebastião.

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