Tez cerzida em cangarelhos de encontrôs Cabindas,
múltiplos Armagedons, Urupuçás e mais xangôs do Infinito,
assim teceste o Manto da Apresentação
sob encomenda dos Três_____
sopraste hálitos incandescentes de xeréns-Dragões
nas quarenta mil perguntas sobre o final
dos Tempos, o Trono Branco de ingás-Neutrínios e
os Condenados em jongôs nos Quintos,
Japaratubas que novamente descerão do Sergipe
quando julgares vivos e mortos, como disseste aos basbaques
nos torreões de São Bento...
cinquenta invernos despentearam as árvores de Jacarepaguá
enquanto lá fora os homens dividiam o átomo
e soltavam corvos nos trigais do Hóspede: tu, ao contrário,
dos gurundús e gramachos erguias com remeleixo de monge
um Constelário de zabelês dos mais Chibantes*
já vistos neste mundão Roncolho, pra gáudio
da Virgem Branca______
quando por fim descansaste, e cavalões migradores
choraram tua morte num desembêsto pelas planícies da terra
Geraldo Erê-Viramundo te envolveu num carinhoso abraço quando adentraste
as Alturas, enquanto anjinhos de calça larga e gravata borboleta
fuzarqueavam um Batuque, aquele mêrmo____
que a chata da sinhá num queria
na cozinha dela. (Escrito mesmo em primeiro de março, 2015. 450º aniversário da cidade do Rio)
(Imagem: Bestiaire et Musique, de Chagall)
*Chibante: bunito, lindão
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