Tu, moça , tens de um delicado veludo
esses teus olhos que marejam
nebulosas longínquas a bocejar planetas
onde eternamente é verão_____
como se sóis nadassem todos na languescência
que vejo nos alcantis e declives, Gentíleas curvas
teu corpo: céu claro, firmamento dos pássaros
tão mais flautins em ziguezague
entre os anjinhos barrocos de Diamantina, e lá nos matos de fora,
nos cerros e estradas e rincões de tropa
lá onde os rios escondidos, mais funda mata
vão dez mães d'água invejosas_____
de eu preferir-Te mil vezes
em mil possíveis Surgências...
(Pintura: O Casal, de Ismael Nery)
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