Sob as portadas Imensas da grande catedral me detenho,
os sete Rostos armados
da mais sinceríssima Penitência. A eternidade me chama,
qualquer parede ali me bafeja um turbilhão de séculos e suores e mortes
e mesmo os gárgulas parecem sorrir, braços abertos
e um coliseu de "bem-vindos!"
nas caras Tortas.
A praça da cidade é a mesma
desde antes do tempo das cruzadas, quando leões e cordeiros
desceram a Europa em direção aos tártaros, todos se achando Guerreiros
no embate com o dragão da Maldade_____
mas hoje a praça está quieta. O tempo, Nublário e vênteo
parteja chuvismo Próximo. Os aldeões farejam em mim
janelas amadurecidas de sofrimento,
e extensas Várzeas de solidão retrancada
na estrada onde ela vida mais xique-xiques plantou,
e não escondo os zabelês-Chorares
de invernescências desvestidas de sambas____
Mas também sabem que enfrentei - euzinho de marré-dercí
serpentes mágicas e dragões e maus ciclopes nos esquindôs do caminho,
deixando atrás de meus pernares de carne
um rastro de pedra e sangue nos olhos já vestidos de Idade,
e que afinal contemplam da velha igreja os braços da Eternidade
a se estenderem, não mais em Sânscrito ou Grego, em convincências
de caloroso Abraço - como se num repente
os braços-Árvores de minha mãe de novo fossem meu Porto,
de novo Útero, pleníssimo nos girassóis, e nas manhãs
repletas de Sêmpreres.
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