terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Cantares Prânios(Pra Luciana)

Um sopro vindo de muito Longe...

E as nuvens se espantararam, feito rebanho
de cabras descendo escarpas.
E num repente a rotação do planeta 
ficou mais Leve, 

e pela prima vez em centênios
o peso destes ossos Tronchudos deixou de ter
importância, noutro repente os horizontes do Mar
abriram vênias cortinas, e as caravelas de Sagres
há muito dadas como perdidas encheram todo
o horizonte, voltando ao porto de Lisboa, e bem por cima
o passaredo saudava as mães 
que novamente abraçariam seus filhos...

Vi tudo isto no sopro morno, moreno
em forma e corpo-Mulher, dos olhos-Noite
mais puramente Magícios, primaverências
a levantar a saia das árvores:

o Sopro, mulher, era Você espadanando com as nuvens, 
e o céu agora
era de todas as Cores.

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