Penico que se Prereze
também fossilha e Cabunga
à solta na grande escadaria,
enquanto o vento varre as sépias Folhudas
e grãs-cortinas e Chincalhões nos retratos
cozidos ao paredê desque foi Fico
aquele dia janeiro no Paço dobre
dantanho...
ainda é verão deste lado,
maculelê no Intó palácio dos pássaros
tirado aquele assassinado pela flecha-de-fogo
(e a gente Reza pra não ser o Uirapuru)
os muros ardem com a vida antiga,
ardem no sol Munguélo
além do bailarino sem ácido
num rosto de cinquenta olhos,
mas foi em Olaria(na rua Pixinguinha)
que escutei que este ano NÃO VEREIS PRIMAVERA,
crianças Órforas deste país Golpeado___________
são Roxos os fins de impérios num céu de amásios Carvãos
e acordarei sem Cores
para os pássaros que virão,
porque nas águas Turvas da enchente
os últimos penicos Morreram, e rolam juntos -
no torvelim-Correnteza - com bois enormes,
mortos desque Eles Três
rasgaram a eternidade ao Meio.
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