segunda-feira, 1 de novembro de 2021

ELEFANTES...

ELEFANTES(À memória de Mário

de Sá-Carneiro, e dedicado a Marcos Pedroza)


A arte que pratico é Íngreme, e todas-MÃOS do Vento

dão Semente pra lOOnge______ escondeRIdos nos Sonos

vão meus pássaros que são num mÊSmo tempo

água e pedra, pÊra e gÉrgelim________


eu nunca mais fui a escola MAS

um dedo sobre ela-Têmpora é capaz de açambarcAR as

estrelas e todo o Tempo é irredimível MAS

lIIIndo como os índios mais Puros

ainda SEM as almas vendidas n’um leilão________


falando em trEVAs é já madruga Alta no Sinédrio

e o galo espreita Pronto_____já já vai vergastAAAR o

Sum Pedro que por dUUas vezes já terá traído

o Cristo_______é sexta-feira lá Inclusive em cima dos elefantes

delas MalucaçÕEs de Santo Antônio,

mês de Maio sequÓÓIO a cr’velar retÔrno

para Casa e para os portos de Lisboa________


tOOOdas Mãos-do-Vento dão Semente

pra lOOnge, Ábacos de Antares,rastros-Anjos,


pernas de cinquenta andares a habitar Elefantes,

rosa(em Tese), salas-Trono, MAR enfim

de ááágua em ÂÂÂnforas nas tardes Todas.

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