A Terra
era sem forma e rubra
havia um céu de pássaros de fogo
e tudo era acintoso Silêncio____
ouvido algum jamais pusera ali
música de seus martelos e conchas.
Haviam três pares de olhos
pairando sobre essas "águas",
recém-chegados no Tempo.
Depois um pôr-do-sol nascituro
era Nijinski nos primeiros olhos assombrados
sopro dos Três Primeiros
além do Azul que a vista amarfanhava
Foi num momento, e salto gigantesco:
agora erguera o barro para a Eternidade.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
sábado, 21 de maio de 2011
O Princípio das Dores(A meu irmão André Mauro)
"...Mestre, dize-nos quando sucederão essas coisas,
e que sinal haverá de tua vinda e da consumação
do Século."(Livro de Mateus, cap.24, versos 3 e 4)
Um sol cadente
a ressecar as valsas já não Ternárias
jussaras cinzas nos olhos
demônios verdes à espreita,
são beleléus de trombeta. Desfolham mães,
zabelês.
No céu vão nuvens de alumínio
cuspindo flechas de bronze.
Minotauros soltam urros imensos,
espalham guerras, flagelos,
movem asfaltos e montanhas.
Passam mulheres segurando em mãos
os seios arrancados por escorpiões,
crianças berram sem olhos
depois são transformadas em pedra.
Medusas tomam toda a presidente vargas,
no corcovado mais demônios rombudos
pousam nos braços da Estátua.
Serafins também comparecem
montando dálias gigantes,
as sete taças da Ira
em mãos de cem curimãs______
árvores fogem gritando.
Depois o Cristo Aparece
pisando as nuvens em chamas,
um Relho enorme na mão:
os elefantes de pernas imensas
fogem de volta aos mares,
meu padim Ciço mais Sete
vigiam o fim da Tormenta_______
Os Três Primeiros e a Virgem
presidem nos tribunais, João Grilo é o estenógrafo:
_______aí depois
Cabamundo.
Configurama
Vestindo branca poesia
eu canto a chuva das manhãs.
Não só minhas pernas
que andam muitos países,
há dez outonos
falo a língua das árvores.
Não tenho prata nem ouro,
mas trago pássaros nos bolsos.
Abraço o amigo, o inimigo
enquanto lá fora os homens
se perdem em terras distantes
estando à porta de suas Casas.
"Quero transcender minha historia
e esperar que Deus remova meu corpo."
eu canto a chuva das manhãs.
Não só minhas pernas
que andam muitos países,
há dez outonos
falo a língua das árvores.
Não tenho prata nem ouro,
mas trago pássaros nos bolsos.
Abraço o amigo, o inimigo
enquanto lá fora os homens
se perdem em terras distantes
estando à porta de suas Casas.
"Quero transcender minha historia
e esperar que Deus remova meu corpo."
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Ápice (À memória de Mário de Sá-Carneiro)
De um sol longínquo um sopro
nos outonos de Mim____onde uns aléns
inda refletem luz Sonoramente_______
Algum jardim floresceu
pelos meus olhos tão d'água,
memória
do que foram Cores vestindo o branco de meus papéis,
aurora um dia...
Erês retintos de Sorte
onde meus sete esperantos
um sopro, assim Subitamente...
"Ah, não sei porque, mas certamente
aquele raio cadente
alguma coisa foi na minha sorte..."
Onde era ideia de Norte
último sopro
a retardar o inverno Derradeiro____
Aurora,
um Dia...
nos outonos de Mim____onde uns aléns
inda refletem luz Sonoramente_______
Algum jardim floresceu
pelos meus olhos tão d'água,
memória
do que foram Cores vestindo o branco de meus papéis,
aurora um dia...
Erês retintos de Sorte
onde meus sete esperantos
um sopro, assim Subitamente...
"Ah, não sei porque, mas certamente
aquele raio cadente
alguma coisa foi na minha sorte..."
Onde era ideia de Norte
último sopro
a retardar o inverno Derradeiro____
Aurora,
um Dia...
segunda-feira, 16 de maio de 2011
TORRENTE(Escrito em Santa Cruz da Serra, RJ, às 7 horas da manhã, durante o carnaval, em 05/02/2005)
Consideradas as circunstôncias
todo cavalo de tróia é Justificlópide
Apúfise de mar é meio-côco
a menos que se veja a praia
da polifrente da Batalha
tantas as louções oligofrênicas Juntas,
um enorme coletivo de ornitorrincos
que juntos grasnam fluntos e Polônferos
rumos setentrionais
em ponto do sul.
Considerada a baia,
todo entorno que se veja
sobe a serra da Bahia
pelos vãos de Minas em marchas
as mais clopíferas enfim
no trilho-apronto que vai dar no Mar,
mar onde a praia acorda o sol
da ponta-areia
E da varanda o trono posto sobre o largo da Taquara
a pleno-côco é média-mão Apúfise
xisploramente as circunstôncias Nárias
justificlópide ficente a porta
um tango a mais
dançado ao fim de todas as Tróias:
praia Pátride
no fim das contas.
todo cavalo de tróia é Justificlópide
Apúfise de mar é meio-côco
a menos que se veja a praia
da polifrente da Batalha
tantas as louções oligofrênicas Juntas,
um enorme coletivo de ornitorrincos
que juntos grasnam fluntos e Polônferos
rumos setentrionais
em ponto do sul.
Considerada a baia,
todo entorno que se veja
sobe a serra da Bahia
pelos vãos de Minas em marchas
as mais clopíferas enfim
no trilho-apronto que vai dar no Mar,
mar onde a praia acorda o sol
da ponta-areia
E da varanda o trono posto sobre o largo da Taquara
a pleno-côco é média-mão Apúfise
xisploramente as circunstôncias Nárias
justificlópide ficente a porta
um tango a mais
dançado ao fim de todas as Tróias:
praia Pátride
no fim das contas.
sábado, 14 de maio de 2011
Manhã
Tons de rubro
descendo a copa das árvores,
alguém sopra as últimas estrelas:
manhã se veste de azul,
primeiros pássaros, Oboés.
No céu por cima da gente
poucas nuvens andam de bicicleta,
trombones hoje de folga. Girassóis
retomam a dança interrompida.
Um último anjo noturno
recolhe as asas, boceja:
vento responde nas folhas.
Olho teu corpo dormindo:
a linha do horizonte abraça a vida
que ainda não Sabes. Tempo de semear
pianos pelos jardins.
E somos anjos mais moços,
bebemos das fontes altas,
armamos tenda em Quedar. O céu e a terra
se abraçam, desde Emaús
chegam notícias do Hóspede:
Grande aplauso de fogo.
descendo a copa das árvores,
alguém sopra as últimas estrelas:
manhã se veste de azul,
primeiros pássaros, Oboés.
No céu por cima da gente
poucas nuvens andam de bicicleta,
trombones hoje de folga. Girassóis
retomam a dança interrompida.
Um último anjo noturno
recolhe as asas, boceja:
vento responde nas folhas.
Olho teu corpo dormindo:
a linha do horizonte abraça a vida
que ainda não Sabes. Tempo de semear
pianos pelos jardins.
E somos anjos mais moços,
bebemos das fontes altas,
armamos tenda em Quedar. O céu e a terra
se abraçam, desde Emaús
chegam notícias do Hóspede:
Grande aplauso de fogo.
Boi Morto(Dedicado a minha irmã Laura Pires)
"...Perdi o milagre." (Laura Pires)
I
Meu lado esquerdo anda Espaço,
essa clareira onde Deus,
folgadamente.
Porém boi morto esse terceiro dia
jardim tããão Jaqueline sepulta, e morta
era mais bonita do que os anjos.
Descomedida na fonte
Fúria arranca pelas encostas
pelancas grossas de altares
coros, ofícios____
homens comendo espingardas.
II
Já não direi passarinho.
Da nuvem, grossa de raios
um minotauro sobre os cabelos
das últimas árvores___boi
Espantosamente.
Vida também
tudo também
andam comendo espingardas
homens vão nas tvs mostrar suas mulheres
parindo rebites diante de apóstolos,
cavalos de aço estrangeiros
põem fogo na Cidade do Samba.
III
Meu lado esquerdo
anda Espaço: sol crestando
as últimas begônias, fecho as boninas,
janelas___Jaqueline morta
era mais bonita do que os anjos,
não tem mais onde
Emaús: Boi Morto
esse terceiro dia.
I
Meu lado esquerdo anda Espaço,
essa clareira onde Deus,
folgadamente.
Porém boi morto esse terceiro dia
jardim tããão Jaqueline sepulta, e morta
era mais bonita do que os anjos.
Descomedida na fonte
Fúria arranca pelas encostas
pelancas grossas de altares
coros, ofícios____
homens comendo espingardas.
II
Já não direi passarinho.
Da nuvem, grossa de raios
um minotauro sobre os cabelos
das últimas árvores___boi
Espantosamente.
Vida também
tudo também
andam comendo espingardas
homens vão nas tvs mostrar suas mulheres
parindo rebites diante de apóstolos,
cavalos de aço estrangeiros
põem fogo na Cidade do Samba.
III
Meu lado esquerdo
anda Espaço: sol crestando
as últimas begônias, fecho as boninas,
janelas___Jaqueline morta
era mais bonita do que os anjos,
não tem mais onde
Emaús: Boi Morto
esse terceiro dia.
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