Sentado à beira do mundo
contemplo as casas em fuga.
A tarde cai no Planalto, pássaros escondem o Rubro
no fim do horizonte,
o braço da primeira estrela
acende a próxima vigília.
Escuto o grito do oceano,
chacoalha seus feixes de mortos,
move gáveas Extintas.
Sombras vestem pirâmides,
guardam a esfinge sem Rosto,
também marílias, alferes_______
sussurros de Vila Rica
nos olhos do poeta sentado
à beira do mundo
mais longe árvores se abraçam
num breu por Tudo,
tambores calam, deuses desmontam
de seus homens.
Entre cartilhas e girassóis e pianos
cercada de anjos e livros na cidade-Planalto
a menina corre as cortinas
por seus olhos de veludo escuro
e adormece.
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