“O que não tenho e desejo/é que melhor me enriquece."(Manuel Bandeira)
O que não
tenho e desejo
me faz Humano. Assim querência
desque foi Côco o guariba*,
descendo os degraus das árvores
pra ser Pai Grande em terras do sem-Fim.
O que não tenho e desejo
me fez cabinda e Jaci: o Mar
onde os abismos e a surpresa dos fins que não aportam Nunca,
tesouros de sangue e Corte.
O que desejo, não tendo à volta do umbigo
levou meus pés das savanas
para os terreiros de senhor e escravo,
onde mortalha era o motor das giras
em muitas noites Escuras, as sobras
sendo vencidas no tapa
entre meu filho e os abutres
Houveram tardes manhãs
no sexto dia prolongado ao extremo
querubins cantando o Depois,
história
num fado lógico:
O que não tinha e Queria
levou meus pés da porta das cavernas
à direção das Estrelas, apesar dos quebrantos,
do candomblé das sereias
desses abismos, fronteiras
de mais lugares sem Fim.
(*)Guariba: espécie de macaco.
me faz Humano. Assim querência
desque foi Côco o guariba*,
descendo os degraus das árvores
pra ser Pai Grande em terras do sem-Fim.
O que não tenho e desejo
me fez cabinda e Jaci: o Mar
onde os abismos e a surpresa dos fins que não aportam Nunca,
tesouros de sangue e Corte.
O que desejo, não tendo à volta do umbigo
levou meus pés das savanas
para os terreiros de senhor e escravo,
onde mortalha era o motor das giras
em muitas noites Escuras, as sobras
sendo vencidas no tapa
entre meu filho e os abutres
Houveram tardes manhãs
no sexto dia prolongado ao extremo
querubins cantando o Depois,
história
num fado lógico:
O que não tinha e Queria
levou meus pés da porta das cavernas
à direção das Estrelas, apesar dos quebrantos,
do candomblé das sereias
desses abismos, fronteiras
de mais lugares sem Fim.
(*)Guariba: espécie de macaco.
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