Imaginando capetas, quampérius
e todo um novo Horizonte num tempo de generais
e gente sumindo na Barão de Mesquita____
Você, desde a Gávea em 1970
fumburundança de acordes
traçado: Londres - gandaia - praia - palavra - Pulo____
Vambora essa reta Torta!!!
Você, como outros dessa Navilouca
transaram Fala e Palavra
num tempo de sangue e Cale-se
e por se chamarem moços: Estrada
em rés-Ventania____
ligaram o Foda-se ao Máximo
Hoje uns doutores
da Ilha e da avenida wilson(Uns dois ou três -
de torque e talo - Nenhum )
chamam vocês de margeiros,
descartadiços, passáveis, lixografentes,
fáceis.
- Porra Nenhuma!
Cegos são eles.
E passarão, Certezura.
Vocês, erês-Passarinhos
'manhecerão novas Margens,
quampérios, doidos. Capetas. Bangalafuma pra Riba.
E presidindo a Pauleira.
(Pro Ricardo Chacal. E pro Torquato Neto, Charles Peixoto,
Cacaso, Ana Cristina César, Waly Salomão, Paulo Leminski, Alice Ruiz,
Chico Alvim, Tavinho Paes, Luis Turiba, Ronaldo Bastos. Todas as Margens. Escrito sob o impacto
causado pela peça "Uma História à Margem", onde Chacal conta e canta um pouco
da trajetória, dele e do pessoal.Todo o pessoal: manda descer, pra ver filhos de Gandhi.)
segunda-feira, 25 de junho de 2012
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Madrugada
Madrugada... sem sono
pelos grotões da terra humana,
após rodagens nos canjiraus sem flor
da caça da própria Essência....
Então zircotes cafés
drapezinas de milho rúim
e que se manja assim mesmo,
boiança dos derradeiros
dos trancos Ijuremás
e a seguir trombetança
dos anjos todos - arrulho Ilê
contra os folhais trezemente
dos lamaçais em Brasília....
pelos grotões da terra humana,
após rodagens nos canjiraus sem flor
da caça da própria Essência....
Então zircotes cafés
drapezinas de milho rúim
e que se manja assim mesmo,
boiança dos derradeiros
dos trancos Ijuremás
e a seguir trombetança
dos anjos todos - arrulho Ilê
contra os folhais trezemente
dos lamaçais em Brasília....
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Cajuês
Talqualmente essas preguiças pesadas
do centro de Piraí
o furdunçó do sombrálio
sobre o folhedo ali da praça da república:
Manhã marulha de azul nos olhos da gente
desembolôs Cajuês
dum sol graúdo amarelo
nos socavões da presidente vargas....
Nas Casas Pedro agora uns olhos da China!
Mas o bulício anda mormaço
ainda em tons das arábias_______
Saara-Hagar
resistinindo horizontes
de velhas asas
sem Fecho.
Mas eu mas eu cantarilho
em furdunçós-Cajuês:
Vestindo angola e alecrim
banzando ebós contra os bordões_______
tristuras más, catingôs....
Manhã marulha de azul
sob um sol gordo amarelo:
Tarde evém devagar
trazendo os rubros dos prelúdios noitescentes....
do centro de Piraí
o furdunçó do sombrálio
sobre o folhedo ali da praça da república:
Manhã marulha de azul nos olhos da gente
desembolôs Cajuês
dum sol graúdo amarelo
nos socavões da presidente vargas....
Nas Casas Pedro agora uns olhos da China!
Mas o bulício anda mormaço
ainda em tons das arábias_______
Saara-Hagar
resistinindo horizontes
de velhas asas
sem Fecho.
Mas eu mas eu cantarilho
em furdunçós-Cajuês:
Vestindo angola e alecrim
banzando ebós contra os bordões_______
tristuras más, catingôs....
Manhã marulha de azul
sob um sol gordo amarelo:
Tarde evém devagar
trazendo os rubros dos prelúdios noitescentes....
terça-feira, 5 de junho de 2012
Visões de São Mármaro, nº 4(Para minha irmã Laura Pires)
Num tempo
onde Itabira era um planeta enorme
os homens, fazendeiros do Ar
não tinham prata nem ouro
mas trinta violas nos bolsos
e o mundo de janela aberta
se armava em pássaro e flor
contra os demônios do asfalto:
Pancrácia a louca e demente
inda não era rainha
de espanhas tenebriscentes
Serafins raptavam larápios
de paletós furta-cor
a Itararé inda era ponto de paca
e a Estátua era um menino moreno
brincando no corcovado entre os doutores
nos japerês pé-de-serra
magunços dançavam roda num terreiro benzido
(a praça onze, onde passara o cometa)
e o samba todo apareceu prum mundo
morrente nas trincheiranças
Mas veio depois um mal tempo anoitecendo Tudo,
varrendo as almas num Grito:
Era Itabira dormindo em pedra e parede,
descatembrada dos jardins e Outonos,
num tempo mor de absurdos onde crianças
chamam petróleo de Mãe sob os olhares de babás atômicas
e ternos caros carregam pelas coleiras
restos de homens na avenida rio branco
No entanto lá dos subúrbios inda resiste Esperanto____
Os pretos do Capão do Bispo no Cachambi
berrando ebós capoeiras
e Vassuncristos no espaço:
sopro de mel-Cambaça ,
um tudo-Azul vagalhança
furdunço de gira em roda
Nova, outra vez.
onde Itabira era um planeta enorme
os homens, fazendeiros do Ar
não tinham prata nem ouro
mas trinta violas nos bolsos
e o mundo de janela aberta
se armava em pássaro e flor
contra os demônios do asfalto:
Pancrácia a louca e demente
inda não era rainha
de espanhas tenebriscentes
Serafins raptavam larápios
de paletós furta-cor
a Itararé inda era ponto de paca
e a Estátua era um menino moreno
brincando no corcovado entre os doutores
nos japerês pé-de-serra
magunços dançavam roda num terreiro benzido
(a praça onze, onde passara o cometa)
e o samba todo apareceu prum mundo
morrente nas trincheiranças
Mas veio depois um mal tempo anoitecendo Tudo,
varrendo as almas num Grito:
Era Itabira dormindo em pedra e parede,
descatembrada dos jardins e Outonos,
num tempo mor de absurdos onde crianças
chamam petróleo de Mãe sob os olhares de babás atômicas
e ternos caros carregam pelas coleiras
restos de homens na avenida rio branco
No entanto lá dos subúrbios inda resiste Esperanto____
Os pretos do Capão do Bispo no Cachambi
berrando ebós capoeiras
e Vassuncristos no espaço:
sopro de mel-Cambaça ,
um tudo-Azul vagalhança
furdunço de gira em roda
Nova, outra vez.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Rodopianças
Faltança d'água
nos cinco esboços da Gente
em riba lá da Bahia
aguinha besta que não se Chega,
que chuva é essa de só três vinténs, meu Padim?? E o povo ali Jequié
debaixo de um relho Enorme....
Mas seja Imbira ou São João das Mortes
ou Nova Iguaçu
há sempre Ausência mandando forno e cinzalha,
sempre uns bichos catando a vida nos pátios,
e a gente "meu Deus, e era um homem..."
sempre depois
do brejo inteiro andando em botas de chumbo....
Livros não falam quase
das guilhotinas da Noite
o braço do Blaise Cendrars procura um rosto
nas quintas de São Cristóvão_____
os cinco esboços da gente
dançaram nus, caindo na bola sete
um chope ali no entroncamento em Triagem,
onde os chapims Zabelês
falam das notas de um samba
e inda se escutam batuques
cabaças giras lonjás:
Irapanemas litorais fim de tarde!
Maracangalha olha Nós
licença mundo ê Maduremercadão
que a vida-Mar Carerê!!
nos cinco esboços da Gente
em riba lá da Bahia
aguinha besta que não se Chega,
que chuva é essa de só três vinténs, meu Padim?? E o povo ali Jequié
debaixo de um relho Enorme....
Mas seja Imbira ou São João das Mortes
ou Nova Iguaçu
há sempre Ausência mandando forno e cinzalha,
sempre uns bichos catando a vida nos pátios,
e a gente "meu Deus, e era um homem..."
sempre depois
do brejo inteiro andando em botas de chumbo....
Livros não falam quase
das guilhotinas da Noite
o braço do Blaise Cendrars procura um rosto
nas quintas de São Cristóvão_____
os cinco esboços da gente
dançaram nus, caindo na bola sete
um chope ali no entroncamento em Triagem,
onde os chapims Zabelês
falam das notas de um samba
e inda se escutam batuques
cabaças giras lonjás:
Irapanemas litorais fim de tarde!
Maracangalha olha Nós
licença mundo ê Maduremercadão
que a vida-Mar Carerê!!
Poema Torto
Em frente ao Santos Dumont:
Que diz beijocas adeuses presentinhos
lá dentro, embora as almas sob um sol púrpura
se entendam NÃO. Se bem que um sol
de qualquer cor sobrescidades quaisquer
também Serve, e os homens nos seus cavalos de aço
não saberiam dizê-Lo.
II
Agora já no saguão, tempo
amarra a cara lá fora, primeiras gotas
percutem nos janelões,
Zimbo Trio nos salões da Memória
chovendo pelas roseiras do Tom:
Águas tão mar e Março
e dez metades lembrando
caramanchões coloridos naquela chuva pelos beirais
de outras chuvas-Manhãs, cheiro de terra e de Vida,
a forma pássara mas Carnavália, onde amanhãs amanhãs
indo Amanhãs
ladeira Acima e pra Sempre.
Que diz beijocas adeuses presentinhos
lá dentro, embora as almas sob um sol púrpura
se entendam NÃO. Se bem que um sol
de qualquer cor sobrescidades quaisquer
também Serve, e os homens nos seus cavalos de aço
não saberiam dizê-Lo.
II
Agora já no saguão, tempo
amarra a cara lá fora, primeiras gotas
percutem nos janelões,
Zimbo Trio nos salões da Memória
chovendo pelas roseiras do Tom:
Águas tão mar e Março
e dez metades lembrando
caramanchões coloridos naquela chuva pelos beirais
de outras chuvas-Manhãs, cheiro de terra e de Vida,
a forma pássara mas Carnavália, onde amanhãs amanhãs
indo Amanhãs
ladeira Acima e pra Sempre.
sábado, 2 de junho de 2012
Carvoeiros, nº 2
Os menininhos carvoeiros
ainda assombrando a gente,
por mais que se reze.
Não andam mais 'carvoados,
nem mais apostam corrida
montando burrinhos estrompados:
Agora dividem espaço
com os urubus de Gramacho,
catando a vida entre os detritos.
A tal penúria, anda a mesma.
Ainda a mesma a sujeira_______
das mãos, das caras
do pão comido entre os lixos,
novos "bichos do pátio" - matéria gasta,
que não dá manchete.
Governo diz que se Bole.
Uns jacurangos se mexem.
O resto anda esperando a copa.
ainda assombrando a gente,
por mais que se reze.
Não andam mais 'carvoados,
nem mais apostam corrida
montando burrinhos estrompados:
Agora dividem espaço
com os urubus de Gramacho,
catando a vida entre os detritos.
A tal penúria, anda a mesma.
Ainda a mesma a sujeira_______
das mãos, das caras
do pão comido entre os lixos,
novos "bichos do pátio" - matéria gasta,
que não dá manchete.
Governo diz que se Bole.
Uns jacurangos se mexem.
O resto anda esperando a copa.
Cantiga Mínima
Do enterro que passa ao largo
importa mesmo o que Fica:
Tão Rara a vida, vestida em pássaro e Pressa_______
e o vento leva
junto das folhas da gente
prum "longe"
sem ponto-e-vírgula....
importa mesmo o que Fica:
Tão Rara a vida, vestida em pássaro e Pressa_______
e o vento leva
junto das folhas da gente
prum "longe"
sem ponto-e-vírgula....
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