Às vagas do não conter-Me_______
Imensas, fartas, tão Diluviais______
Avulta agora um lembrar
de quanto pode em seus arnês-Deserto
a lua Negra e seus dragões
subsequentes.....
Erguer-se a brisa sem tugirem folhas.....
Pairar de abelhas onde NÃO as flores.....
E tudo em roda a primavera Finda
como se o ferro dessas nuvens grossas
assim Fosse desque Mundo o mundo.....
Assim meus passos num caracolejo,
de orixás descalços de benguês, Monções
Eu não sou nem fui, nem me Serei_____
pelo contrário_____imenso mar
de malefício Vário
ancora agora em noitescências Maiúsculas,
um cio de "Sempre"
a se mexer nas sombras Infindáveis....
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
sábado, 4 de agosto de 2012
Macambira
Paúra de me saber Desespelhos
nessa interface de hospitais da Posse______
Mãos trançadas em pó,
escadarias de castelos Extintos,
as cortinas a escorrerem sangue pelos degraus
enquanto um Cinza lá fora é mais Cartago
sob as sandálias de Mário, onde o Escambau
dos lábios murchos de Hora,
mais crepúsculos-Ferro.....
Um anjo percorre o céu,
trombetas falam de cimento e lágrima,
demônios grandes se escondem
por trás de nuvens de bronze,
os torreões de petróleo
banzando um rancharéu dos Infernos.....
Balaio bão balalão
rogai por nós Mequetrefes
agora e em nossos asfaltos,
amarra assim Barregã
dum todo corpo Morrente.....
nessa interface de hospitais da Posse______
Mãos trançadas em pó,
escadarias de castelos Extintos,
as cortinas a escorrerem sangue pelos degraus
enquanto um Cinza lá fora é mais Cartago
sob as sandálias de Mário, onde o Escambau
dos lábios murchos de Hora,
mais crepúsculos-Ferro.....
Um anjo percorre o céu,
trombetas falam de cimento e lágrima,
demônios grandes se escondem
por trás de nuvens de bronze,
os torreões de petróleo
banzando um rancharéu dos Infernos.....
Balaio bão balalão
rogai por nós Mequetrefes
agora e em nossos asfaltos,
amarra assim Barregã
dum todo corpo Morrente.....
Mulher
A última estrela
foge do céu, merecido sono
à espera. A eternidade
abre teus olhos escuros,
retornas de Aldebaran, despertas.
Manhã jorra sobre o teu leito
primeiros pássaros, Oboés.
Aos poucos o sol espreguiça os braços
pelo teu quarto.
Recebe meu pasmo e bom-dia, mulher
desde onde tapetes submarinos
fabricam nuvens aos céus antigos.
foge do céu, merecido sono
à espera. A eternidade
abre teus olhos escuros,
retornas de Aldebaran, despertas.
Manhã jorra sobre o teu leito
primeiros pássaros, Oboés.
Aos poucos o sol espreguiça os braços
pelo teu quarto.
Recebe meu pasmo e bom-dia, mulher
desde onde tapetes submarinos
fabricam nuvens aos céus antigos.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Kodáquirim(Ao amigo Luis Turiba)
Pensão burguesa em Jacarepaguá.
No jardinzinho as espreguiçadeiras
com gente derretendo em cima,
como os relógios do catalão Birutê
aliás ali na parede,
corredor de entrada.
As flores fucham remurcham
conforme os dias-estirões sem chuva
(São Pedro anda esquecido
de abrir o registro). O velho que traz o leite
é o mesmo cara
que foi um dia o moço do leite.
A estrada velha
(a mesma dos condôs de tropa)
hoje tem nome de mário
e nela as pernas brancas nêgas amarelas
surfaram bonde nuns anos cármicos
pra mais de Metro, no tempo
do retrato do Velho.
Hoje bonde num Tem,
num tem mais choro nem vela,
Getúlio em pose não mais
que o samba é só Rabichança
pelo operário sem-dedo
e o novo tanto de gente
dum tempo agora Malungo.
Mas
a pensão Continua,
solene velhusca Viva
no arrastapé da procissão Carioca. Querendo,
te levo lá.
No jardinzinho as espreguiçadeiras
com gente derretendo em cima,
como os relógios do catalão Birutê
aliás ali na parede,
corredor de entrada.
As flores fucham remurcham
conforme os dias-estirões sem chuva
(São Pedro anda esquecido
de abrir o registro). O velho que traz o leite
é o mesmo cara
que foi um dia o moço do leite.
A estrada velha
(a mesma dos condôs de tropa)
hoje tem nome de mário
e nela as pernas brancas nêgas amarelas
surfaram bonde nuns anos cármicos
pra mais de Metro, no tempo
do retrato do Velho.
Hoje bonde num Tem,
num tem mais choro nem vela,
Getúlio em pose não mais
que o samba é só Rabichança
pelo operário sem-dedo
e o novo tanto de gente
dum tempo agora Malungo.
Mas
a pensão Continua,
solene velhusca Viva
no arrastapé da procissão Carioca. Querendo,
te levo lá.
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Estudo em forma de Sono, n° 2(À memória de Mário de Sá-Carneiro)
Nem tudo lance de Incenso, arsênico
por vezes franjado Esquerdo,
as madrugadas de chuva, e eu era
o próprio lado Meu,
mas Insurgente.
Assim
como um chofer de autorama
meus erexins rabiscavando Mundícios
onde a mata nativa andara um Dia,
e que hoje as máquinas do céu
apontam o dedo_______
Um quase tom de Sol abandonado às Nuvens,
agora aos mais Outonos
no retrovisor.
por vezes franjado Esquerdo,
as madrugadas de chuva, e eu era
o próprio lado Meu,
mas Insurgente.
Assim
como um chofer de autorama
meus erexins rabiscavando Mundícios
onde a mata nativa andara um Dia,
e que hoje as máquinas do céu
apontam o dedo_______
Um quase tom de Sol abandonado às Nuvens,
agora aos mais Outonos
no retrovisor.
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