sábado, 9 de janeiro de 2016

Sobre mares, ventanças e afins

O mar natural da vida
é fogo: qualquer coisa menos
o lago do cisne branco_____

pulula de mussuês e pandorgas Rúins
feito pipoca que mãe da gente fazia
sábado à tarde, quando a gente era minino
e imaginava mundéu
'cabando no quintal de casa.

O mar da vida é que nem
desembestê de potro chucro no pasto
e outros miguilins do capeta
que às vezes vida Madrasta
obriga a gente a engolir: então o espaço aparenta
cinquenta erínias parindo sátiros enlouquecidos berrando
todas as marchas fúnebres já escrituradas_____

onde orquestras de trombones
mais a bateria da Portela
tururumbantes passeiam, senhoras e senhores  pondo os olhos grandes(e os dentes)
pra riba de nós.

Mas quer saber?? O grande medo
desses dragões e outros elefantes de Santo Antônio
é que no fim das contas
há sempre um sol à reboque no carro de Apolo
e novas cores brincabrincando Esperança
pros ombros que suportam Mundos,
e você vê que ele - Mar -
é na verdade um rostorão Cambêta______

o mesmo esgar da carranca
jamais consegue escondichar a bonança
nascente em Ré Maior pelo céu.


Nenhum comentário:

Postar um comentário