quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Rodopiê de ano-bom(À memória de Mário de Sá-Carneiro e Heitor Villa-Lobos. Pro Augusto Guimaraens Cavalcanti, pro Santiago Buarque e pra Ana Carolina Assis)

Forcas de luz Rodontórias
andam braças onde meus pesadelos
cresceram como grão-castelos
armados de incensários gigantes
a badalhar requiens e Quebrantos______

que eu  - poeta feio e mais Pasmo  -
além de não saber usar a faca do pernambucano
me fiz panzó de Ruínas: leorões sem visgo de asas
nem jubas, e todo o calendário
marchou Funéreo ao som de violetas pisadas
por botas e cascos
de generais...

Cristais retinem de medo  -
são os próximos a virar funcionários públicos
sem mor-consolo de Itabira em parede
(e que talvez plantasse culpas e chifre
nos cacundêros Alheios...)

Inadianta escancarar janelas
porque os olhares de Volta serão capins-navalha
Crescidos, sem nem cheirume de flor
a por bafejo nas focinheiras...

Virgulam-se avós cesaralhos
junto dos Choros do Villa, enquanto claronões e fagotes
ponteiam nas caçapas da Lapa,
onde os sobrados vestem Incêndio em janeiro.

O novo bonde traz elmos e também mortalhas
de maus acantos rinfarando as dentuças
enquanto vertigens maxixam,
"for all" garatujado nas portas______

no horizonte há missas e bacanais
de cambulhada com o rei de espadas
perdendo o cós e a cabeça
às cinco horas na primeiro de março:

que Isso mais requiens e Quebrantos
e braços nus de castelos crescendo nos pesadelos
é meu badalho Mardito
desse ano Rúim que sai com o rabo entre as pernas.

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