Pufe em sala vazia.
Janelas fechadas(homens há muito Extintos)
tapete(disfarçadamente)
persa. Livrerso aberto no pufe,
onde tem versos que engolem ostras
e metem língua no Lula.
Caetano sente a preguiça,
quem lê notícia em dezembro?
Moças de bronze Nuas
nunca mais foram na escola.
Bispo do Rosário arremata:
"O obelisco da avenida rio branco
não é mourão de amarrar cavalo!!"_____
Geraldo Erê Viramundo
é logico que assina embaixo.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Poemeto(Sobre o poema "Endereço das cinco marias", do livro "Poemas", de Murilo Mendes)
Era uma vez meus senhores
sujeito de Juiz de Fora:
Gastara parte da vida
ranchando-se em quase Nada,
gostando
cinco marias.
Perdeu primeira pro exército,
e outra
pro Beleléu.
As três marias restantes
esperam próximo incauto:
olhando de lá do céu.
sujeito de Juiz de Fora:
Gastara parte da vida
ranchando-se em quase Nada,
gostando
cinco marias.
Perdeu primeira pro exército,
e outra
pro Beleléu.
As três marias restantes
esperam próximo incauto:
olhando de lá do céu.
Instantâneo
Praça em frente de casa.
Trinta e seis árvores vestindo branco
batem os dentes de frio,
manhã de junho e de chuva, serão seis horas
de sexta-feira não treze.
Sol mofino anda cambaio
a se enroscar na garoa,
cada candango que a vida
botou pra fora das casas cedo
é chaminé
parindo rolos de fumaça.
Felizes os velhos e os boêmios
além dos protooperários
arquivados nos berços_____
Inda no fundo do mundo mágico
dos cobertores.
Trinta e seis árvores vestindo branco
batem os dentes de frio,
manhã de junho e de chuva, serão seis horas
de sexta-feira não treze.
Sol mofino anda cambaio
a se enroscar na garoa,
cada candango que a vida
botou pra fora das casas cedo
é chaminé
parindo rolos de fumaça.
Felizes os velhos e os boêmios
além dos protooperários
arquivados nos berços_____
Inda no fundo do mundo mágico
dos cobertores.
Brincanteísmo Cinzário
Após_____
essa blandícia açucarada(outono ameno)
esse entrevês depois em passo de Coice
no jardim dos mortos
onde andam círculas, caramanchões
de esqueletos___nossa existência descendo
a serra da vida-Pressa.
Findo o sonhário
há sobre o rosto a imundícia
futuro subjuntivo
onde vivência descalça
anda arrastando na praça
seu ombro seco,
Nenhum.
essa blandícia açucarada(outono ameno)
esse entrevês depois em passo de Coice
no jardim dos mortos
onde andam círculas, caramanchões
de esqueletos___nossa existência descendo
a serra da vida-Pressa.
Findo o sonhário
há sobre o rosto a imundícia
futuro subjuntivo
onde vivência descalça
anda arrastando na praça
seu ombro seco,
Nenhum.
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Soneto Inglês, n.º 3(Refazenda)
E ascende à Carne um quentuço,
em forma e pulso de urgência:
no raso morto a caatinga
contando vida que a morte
anda levando, Ocupada.
Mas quando chuva Aparece
rosto do povo chora
de alívio, Verde alegria:
"meu padim Ciço lá em cima
olhou pra gente nóis Tudo
os home os bicho o plantado
que vida 'garra de Novo".
Recende então Refazenda,
chuvada amiga, Malunga.
(Estes quatro primeiros sonetos tiveram sua primeira versão escrita nas primeiras semanas de
outubro de 2009, em Joinville - SC, começando no dia 10 com o Soneto nº 1 - mas enquanto os dois primeiros sonetos foram aproveitados na íntegra, há que se observar quanto ao de nº 3:
Deste terceiro soneto somente as duas primeiras estrofes foram aproveitadas, sendo que o restante dele foi modificado.)
em forma e pulso de urgência:
no raso morto a caatinga
contando vida que a morte
anda levando, Ocupada.
Mas quando chuva Aparece
rosto do povo chora
de alívio, Verde alegria:
"meu padim Ciço lá em cima
olhou pra gente nóis Tudo
os home os bicho o plantado
que vida 'garra de Novo".
Recende então Refazenda,
chuvada amiga, Malunga.
(Estes quatro primeiros sonetos tiveram sua primeira versão escrita nas primeiras semanas de
outubro de 2009, em Joinville - SC, começando no dia 10 com o Soneto nº 1 - mas enquanto os dois primeiros sonetos foram aproveitados na íntegra, há que se observar quanto ao de nº 3:
Deste terceiro soneto somente as duas primeiras estrofes foram aproveitadas, sendo que o restante dele foi modificado.)
Mindincanto, nº 1
I
No horto do parque Guinle.
O nome que batiza um morro ali perto
era o de um padre, eu soube foi vigário
no Encantado -- tempo em que no Andaraí
Dom-Dom jogava...
II
Algodoando, sen - tido!!
Era o colégio(!)um pratim
primeira série os feijões
zanzando num cazumbó:
eu mestre no Fuzuê
pra bem depois nota três_____
era o primário e a teteca
titia tããão malamada...
____Só dava zebra o meu bicho.
No horto do parque Guinle.
O nome que batiza um morro ali perto
era o de um padre, eu soube foi vigário
no Encantado -- tempo em que no Andaraí
Dom-Dom jogava...
II
Algodoando, sen - tido!!
Era o colégio(!)um pratim
primeira série os feijões
zanzando num cazumbó:
eu mestre no Fuzuê
pra bem depois nota três_____
era o primário e a teteca
titia tããão malamada...
____Só dava zebra o meu bicho.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Cotidiano
No meio da cidade partida
girassóis cavalgam fogo anti-aéreo,
mulheres com guarda-chuva
protegem filhos de bronze.
Horas fogem de Tudo,
terço ají-Cambará.
Entre as memórias e o amor
a cara torta da Vida:
Último temporal afoga as cores e o dia,
enxota os anjos flautistas do casario próximo,
espanta o sono das praças.
Se toda história é Remorso
então não cabe discutir os homens,
restando nos cabrolós
gosto azedo de maninguaba
e o sumir-se
numa semente de guando.
girassóis cavalgam fogo anti-aéreo,
mulheres com guarda-chuva
protegem filhos de bronze.
Horas fogem de Tudo,
terço ají-Cambará.
Entre as memórias e o amor
a cara torta da Vida:
Último temporal afoga as cores e o dia,
enxota os anjos flautistas do casario próximo,
espanta o sono das praças.
Se toda história é Remorso
então não cabe discutir os homens,
restando nos cabrolós
gosto azedo de maninguaba
e o sumir-se
numa semente de guando.
Configurama Dois
Eu existo para assistir
ao nascimento da poesia
nas profundezas do Homem.
Colher no peito das árvores
a seiva amiga das palavras,
andar no firmamento dos pássaros
onde os primeiros Três
plantaram a volta do pródigo.
No limiar das Esferas
sorver o orvalho dos pianos
enquanto à espera da musa_____
que me trará sobre o colo
o retrato de meu filho
e o fim de todos os Séculos.
ao nascimento da poesia
nas profundezas do Homem.
Colher no peito das árvores
a seiva amiga das palavras,
andar no firmamento dos pássaros
onde os primeiros Três
plantaram a volta do pródigo.
No limiar das Esferas
sorver o orvalho dos pianos
enquanto à espera da musa_____
que me trará sobre o colo
o retrato de meu filho
e o fim de todos os Séculos.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Pripyat(Dedicado a minha Irmã Laura Pires)
Cidade de Pripyat num qualquer canto
do Século, a escorrer nos relógios derretidos
estrada para o Silêncio.
Flebas o fenício agora canta
sobre a terra sem vida
um som difuso de violino e urânio
enquanto as filhas dos homens
transcendem nos semideuses,
e a terra se encheu de violência.
Noé vestido em cobra coral
solfeja as notas do aguaceiro próximo .
Então sorrisos, risândolas_______
Apenas um vapor que vinha dos primeiros Três
regava a face da terra,
mundo nunca chovera.
Então na porta das cidades
homens seguem tirando sapatos
e produzindo lavouras, gado
mulheres acendem Luz
de um povo gigantesco.
Arcanjos num remeleixo
plantam barcaças grandes_____
mas os ouvidos são de pedra e cal,
rostos de ferro e diamante
Quem tem ouvidos
não desça a tirar nada de casa
quem tem dois ternos que venda,
procure espadas, escudos_______
e fuga à frente do Inverno.
Talvez encontrem José
num ponto da estrada pro Egito
(Herodes se viu num lôgro
e o índice bovespa andando em queda este mês)
____Não tem mais Onde, Narizinho!!
Primo Visconde conta as estrelas no céu
sumiram todas, sobrando aquela serpente
que iluminou de morte o céu da Ucrânia.
Flebas tão triste
em voz de urânio anda chovendo pro mundo
o que os altares e deuses
serviram ao povo de Pripyat
em madrugada cinzenta
num já século quase esquecido
Se hoje ouvirdes a voz que Fala
não fujam pra dentro de si mesmos_____
Ainda lugar existe
na grande barca dos santos
enquanto os homens acumulam trombones,
enquanto os homens seguem na violência.
do Século, a escorrer nos relógios derretidos
estrada para o Silêncio.
Flebas o fenício agora canta
sobre a terra sem vida
um som difuso de violino e urânio
enquanto as filhas dos homens
transcendem nos semideuses,
e a terra se encheu de violência.
Noé vestido em cobra coral
solfeja as notas do aguaceiro próximo .
Então sorrisos, risândolas_______
Apenas um vapor que vinha dos primeiros Três
regava a face da terra,
mundo nunca chovera.
Então na porta das cidades
homens seguem tirando sapatos
e produzindo lavouras, gado
mulheres acendem Luz
de um povo gigantesco.
Arcanjos num remeleixo
plantam barcaças grandes_____
mas os ouvidos são de pedra e cal,
rostos de ferro e diamante
Quem tem ouvidos
não desça a tirar nada de casa
quem tem dois ternos que venda,
procure espadas, escudos_______
e fuga à frente do Inverno.
Talvez encontrem José
num ponto da estrada pro Egito
(Herodes se viu num lôgro
e o índice bovespa andando em queda este mês)
____Não tem mais Onde, Narizinho!!
Primo Visconde conta as estrelas no céu
sumiram todas, sobrando aquela serpente
que iluminou de morte o céu da Ucrânia.
Flebas tão triste
em voz de urânio anda chovendo pro mundo
o que os altares e deuses
serviram ao povo de Pripyat
em madrugada cinzenta
num já século quase esquecido
Se hoje ouvirdes a voz que Fala
não fujam pra dentro de si mesmos_____
Ainda lugar existe
na grande barca dos santos
enquanto os homens acumulam trombones,
enquanto os homens seguem na violência.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Visões de São Mármaro, nº 3
...dias-Chão sem visgo de passaredo,
odores-Sombra
essas esquinas que Visto___
há muito
os homens bebem petróleo nas encruzilhadas enquanto
terra é mesmo uns Umbrais
de maus erês dançando as horas Erradas_____
Que era guerra nas ruas do Méier
faltaram fogo e comida
ninguém nisso
não pôs reparo,
Nenhum.
Os trens da malha surrada andam sacolejando
quem não se acaba de morrer_____
Onde cantou Malazarte
hoje chacoalham josés: navalhas
aposentadas,
restando pelos telhados
fuligem de flautas doces_____
soluçam kyries
sobre adalgisas de mármore
dentro dos muros do Caju.
odores-Sombra
essas esquinas que Visto___
há muito
os homens bebem petróleo nas encruzilhadas enquanto
terra é mesmo uns Umbrais
de maus erês dançando as horas Erradas_____
Que era guerra nas ruas do Méier
faltaram fogo e comida
ninguém nisso
não pôs reparo,
Nenhum.
Os trens da malha surrada andam sacolejando
quem não se acaba de morrer_____
Onde cantou Malazarte
hoje chacoalham josés: navalhas
aposentadas,
restando pelos telhados
fuligem de flautas doces_____
soluçam kyries
sobre adalgisas de mármore
dentro dos muros do Caju.
Plantão
Num ponto do Mato Alto
o posto do tigre.
Madrugada levantou faz pouco,
sacode um gosto de café
na boca sem lavar.
No posto o poeta não dorme,
atento à bebedeira dos carros.
Gerontião remexe doido
qualquer coisa dentro,
e lembro um tempo futuro
se erguendo na voz do pássaro.
Morte virá depois
cobrar minhas partes inferiores,
então devolverei meus sentidos
e não haverá mais Tempo.
o posto do tigre.
Madrugada levantou faz pouco,
sacode um gosto de café
na boca sem lavar.
No posto o poeta não dorme,
atento à bebedeira dos carros.
Gerontião remexe doido
qualquer coisa dentro,
e lembro um tempo futuro
se erguendo na voz do pássaro.
Morte virá depois
cobrar minhas partes inferiores,
então devolverei meus sentidos
e não haverá mais Tempo.
domingo, 12 de junho de 2011
Luta Corporal(Pra minha irmã Laura Pires)
Então espírito dos Três
pairando à face das águas
nos terraços do mundo.
Formas futuras se movendo
entre aguaçais e sonhários
corpos de formas-Alga,
mulheres evas
de seios e ancas de bronze.
A sombra a noite o século passado
perguntam pelos jardins
onde três anjos tortos
plantavam dálias na cabeça do homem.
Os cantos virgens do mundo
morreram nos cogumelos
levando flores, poetas,
os sonhos do Hóspede.
A esfera azul
verá seu tempo de Cólera:
então não fujam no inverno,
não se escondam nos sábados________
Mundo andando em Deserto
no rosto da memória de Deus.
pairando à face das águas
nos terraços do mundo.
Formas futuras se movendo
entre aguaçais e sonhários
corpos de formas-Alga,
mulheres evas
de seios e ancas de bronze.
A sombra a noite o século passado
perguntam pelos jardins
onde três anjos tortos
plantavam dálias na cabeça do homem.
Os cantos virgens do mundo
morreram nos cogumelos
levando flores, poetas,
os sonhos do Hóspede.
A esfera azul
verá seu tempo de Cólera:
então não fujam no inverno,
não se escondam nos sábados________
Mundo andando em Deserto
no rosto da memória de Deus.
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