Cidade de Pripyat num qualquer canto
do Século, a escorrer nos relógios derretidos
estrada para o Silêncio.
Flebas o fenício agora canta
sobre a terra sem vida
um som difuso de violino e urânio
enquanto as filhas dos homens
transcendem nos semideuses,
e a terra se encheu de violência.
Noé vestido em cobra coral
solfeja as notas do aguaceiro próximo .
Então sorrisos, risândolas_______
Apenas um vapor que vinha dos primeiros Três
regava a face da terra,
mundo nunca chovera.
Então na porta das cidades
homens seguem tirando sapatos
e produzindo lavouras, gado
mulheres acendem Luz
de um povo gigantesco.
Arcanjos num remeleixo
plantam barcaças grandes_____
mas os ouvidos são de pedra e cal,
rostos de ferro e diamante
Quem tem ouvidos
não desça a tirar nada de casa
quem tem dois ternos que venda,
procure espadas, escudos_______
e fuga à frente do Inverno.
Talvez encontrem José
num ponto da estrada pro Egito
(Herodes se viu num lôgro
e o índice bovespa andando em queda este mês)
____Não tem mais Onde, Narizinho!!
Primo Visconde conta as estrelas no céu
sumiram todas, sobrando aquela serpente
que iluminou de morte o céu da Ucrânia.
Flebas tão triste
em voz de urânio anda chovendo pro mundo
o que os altares e deuses
serviram ao povo de Pripyat
em madrugada cinzenta
num já século quase esquecido
Se hoje ouvirdes a voz que Fala
não fujam pra dentro de si mesmos_____
Ainda lugar existe
na grande barca dos santos
enquanto os homens acumulam trombones,
enquanto os homens seguem na violência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário