Num ponto do Mato Alto
o posto do tigre.
Madrugada levantou faz pouco,
sacode um gosto de café
na boca sem lavar.
No posto o poeta não dorme,
atento à bebedeira dos carros.
Gerontião remexe doido
qualquer coisa dentro,
e lembro um tempo futuro
se erguendo na voz do pássaro.
Morte virá depois
cobrar minhas partes inferiores,
então devolverei meus sentidos
e não haverá mais Tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário