quinta-feira, 7 de julho de 2011

Carvoeiros

Noite depois do rush.
Os menininhos carvoeiros de novo
sobre  a  cidade. Parecem os mesmos
do morro do Curvelo vistos por um poeta,
bota cem anos  Nisso.

Não  há mais burros descadeirados,
nem carvão  escapando da aniagem
toda remendada. Mas são eles,
sem dúvida.

O sujo das caras tristes faz  pas-de-deux
com as roupas rotas imundas, as mãos pequenas
rasgam caixas  de papelão(serão vendidas depois)
em plena rua sete de setembro.

Estão descalços apesar do frio(é inverno), a roupa  rota estronchada
apesar do Frio. Corpo há muito
sem banho. Um deles tem nem sete anos,
mastiga  risonho  um quibe
catado num lixo próximo(parece o bicho  do pátio
catando  a vida entre os detritos)_____

e nisso  os  outros que passam(eu você todo mundo)
cegueira  Grossa, agressiva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário