sábado, 29 de setembro de 2012

Poslúdio

Mundo, por tuas praças  retintas passam mercês
vestidas em quarta-feira,
seguindo  gosto de Luto
após a morte das flores.

Desandam pontes  sobre  céus
já saturados pelos edifícios,
segue apagada  a lamparina do Encanto
nos anjos  mortos desde  o grande Crepúsculo
já tênue  nos baroléus  da Memória,
onde repousa  Emaús
em velha estrada  emboaba.

Coelhos dançam num sânscrito
teu calabouço  de cinco taças, Mundo,
Caronte  espreita por trás
de espelhos presos  nos olhos,
e nunca mais  os túneis
darão canções  da Manhã
para as milhares de sombras
despidas de mares, Intermináveis
um dia.

Três  águias  recolhem  os homens
de sobre as horas  Restantes_______
a Virgem Branca  apaga  as últimas  árvores,
entre o silêncio dos telefones.

Nenhum comentário:

Postar um comentário