Senhor do Mundo
Um pântano me prende com braços Longos
Eu já Retorcido e não-Todo, como no princípio
As águas no Infinito
Abaixo de Ti mesmo
Antes da Luz, da voz Primeira.
Senhor
É bem verdade os poços de Siquém
Transbordam meus josés escondidos
Os mercadores árabes à Espera
Eu tão no rumo do Egito
Um sentimento do mundo
Como o sol nas janelas Todas.
O próprio firmamento não me Alcança
Os dentes de pérola me rasgam a carne
Amiga dos prazeres
E do inventário do demônio,
Eu vítima dos elefantes Longínquos
Nem sombra de Santo Antônio.
Senhor!
Enquanto inda ouço tua voz
Nas dobras da Mantiqueira
Fazei-me o avesso dos príncipes
Nas plagas do mar-Laguna
Eu durma o sono das crianças
Acorde em tempo de Figos.
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