Des-mundo este sob um sol trelento,
e mesmo assim me sirvo dum chá,
unânime: Todos os eus sentados
comportadamente, sandálias vestes
de Fora, que hoje tem sim-senhores
vespeiro de tempo-Rei, então depois
caba- Mundo, e nunca mais Risoléus
de oboessências-Manhãs:
Por isso a mesa montada, onde o coelho
e a Alice rezando uns kembas pras
Não-pessoas, que ainda pensam fugício
do açoite e fúria do Hóspede_____
Um ledo, marildo, filismino Engano:
Mundão se vai pras Cucuias....
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Boitempo(Soneto Inglês, n.º 39)
Desque foi Mundo o boitempo
que vão-se embora meus Braços,
calhau de imbuia mastráfalga
cheirança-mor mata-pau, com pernas
dentes bandeiras, bulhó de essência
Defunta, meus olhos refletem mundo
onde nem rêsma de Alume, ogum-bassã
jezebéu, sem reza braba que Chegue
prum cafezim mais chinfrim, sou eu:
Um galgo obeso Tromboso, des-verdinário
e bozó, tão rente de todo Nunca
já proferido, inventado_____
Que vão-se Embora meus braços
desque foi Mundo o boitempo.
que vão-se embora meus Braços,
calhau de imbuia mastráfalga
cheirança-mor mata-pau, com pernas
dentes bandeiras, bulhó de essência
Defunta, meus olhos refletem mundo
onde nem rêsma de Alume, ogum-bassã
jezebéu, sem reza braba que Chegue
prum cafezim mais chinfrim, sou eu:
Um galgo obeso Tromboso, des-verdinário
e bozó, tão rente de todo Nunca
já proferido, inventado_____
Que vão-se Embora meus braços
desque foi Mundo o boitempo.
Sofrôso(Soneto Inglês, n.º 38)
No tangeril da mortalha que descolore
os floretões de nossas vãs esperanças_____
Salseiro das nuvens pandas, Enormes,
chuva desce a ladeira dos olhos
mortos de Sonho, e toda várzea abarca
uns nadas Extremos, final de encanto
e de Infância quando as escadas Partidas
não vigem fuga pra lugar Nenhum,
enormitária a maré dos ouros feitos em
lata: É todo um canto de funéreas cores
o que respiram meus pulmões sofrosos,
eu todo um Pulha, lábios secos Inúteis_____
Cujo aposento, em poxoréu Descalabro
não viu mulher em toda a mísera vida.
os floretões de nossas vãs esperanças_____
Salseiro das nuvens pandas, Enormes,
chuva desce a ladeira dos olhos
mortos de Sonho, e toda várzea abarca
uns nadas Extremos, final de encanto
e de Infância quando as escadas Partidas
não vigem fuga pra lugar Nenhum,
enormitária a maré dos ouros feitos em
lata: É todo um canto de funéreas cores
o que respiram meus pulmões sofrosos,
eu todo um Pulha, lábios secos Inúteis_____
Cujo aposento, em poxoréu Descalabro
não viu mulher em toda a mísera vida.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Em Jacarepaguá ....(Para o amigo Luis Turiba)
As nuvens
cabindas baixas
Burbururéu de cem trombones rombudos
no mei' da tarde
dezembro Moço, quentário(quase 40)
vento
mexe o cabelo das árvores
num despenteio
Arrupio_____
Vem ela chuva e só resta
a gente se engrupiar num braçado
embaixo dum ponto de ônibus:
Geremário olha a chuva naquele blasê dos fantasmas,
o nome em todas as placas
Vem ela chuva mais Tãããããão
em cima a trombonada enlouquece,
fósforo Elétrico
pelo céu Tudo
eu tranço no cocuruto
nem sei por causo de quê
melodia
dum tempo-Longe minino_____
Porto Alegre, Tchau.
cabindas baixas
Burbururéu de cem trombones rombudos
no mei' da tarde
dezembro Moço, quentário(quase 40)
vento
mexe o cabelo das árvores
num despenteio
Arrupio_____
Vem ela chuva e só resta
a gente se engrupiar num braçado
embaixo dum ponto de ônibus:
Geremário olha a chuva naquele blasê dos fantasmas,
o nome em todas as placas
Vem ela chuva mais Tãããããão
em cima a trombonada enlouquece,
fósforo Elétrico
pelo céu Tudo
eu tranço no cocuruto
nem sei por causo de quê
melodia
dum tempo-Longe minino_____
Porto Alegre, Tchau.
Soneto Inglês, n.º 37(Para minha irmã Laura Pires)
Pensando o mundo-Corno que a gente 'guenta:
Vida Avara mais vara de marmelêro,
A noite anda estrompando as quebradas,
mais Vasta, num fausto de Mefistófele,
espelhos: Onde as portas fechadas
derrancam todas as saídas de incêndio
num forrobó Diabolô: De empós caraça
em bafo quente dos Quintos,
não tem curimba que Chegue, nem pajelança
que desescreva a tara das Não-pessoas
cada vez mais guampando piche e petróleo
onde eram lápis de cor, Aquarelas____
nas Cinco Salas da gente uns arrupio de choro,
noiteira-Açu, Camará .
Vida Avara mais vara de marmelêro,
A noite anda estrompando as quebradas,
mais Vasta, num fausto de Mefistófele,
espelhos: Onde as portas fechadas
derrancam todas as saídas de incêndio
num forrobó Diabolô: De empós caraça
em bafo quente dos Quintos,
não tem curimba que Chegue, nem pajelança
que desescreva a tara das Não-pessoas
cada vez mais guampando piche e petróleo
onde eram lápis de cor, Aquarelas____
nas Cinco Salas da gente uns arrupio de choro,
noiteira-Açu, Camará .
sábado, 1 de dezembro de 2012
Postal de um Outubro
Noite agora, por Tudo:
Em riba e em volta.
Satélite da Terra nem Chega,
é Novilúnio.
Noite entonces Cabinda,
braços que agarram tudo,
as árvores homens gambás cachorros
casal de gays sob um poste nuzinho
de qualquer cheiro de lâmpada
A noite é meio de outubro
2009 que só agora transcrevo:
Eu num guampério distroncho,
vivendo de bater palma pra maluco dançar
num sezefrés neo-penteco
inda por cima fudido,
que nem o orfeu sérgio porto
ainda por encontrar, nesse tempo
Cidade: Joinville
Estado: Santa Catarina
O saldo: Um cadungó Desenredo
(Falando dos ex-patrões,
gente espertália pra Muito) .
Em riba e em volta.
Satélite da Terra nem Chega,
é Novilúnio.
Noite entonces Cabinda,
braços que agarram tudo,
as árvores homens gambás cachorros
casal de gays sob um poste nuzinho
de qualquer cheiro de lâmpada
A noite é meio de outubro
2009 que só agora transcrevo:
Eu num guampério distroncho,
vivendo de bater palma pra maluco dançar
num sezefrés neo-penteco
inda por cima fudido,
que nem o orfeu sérgio porto
ainda por encontrar, nesse tempo
Cidade: Joinville
Estado: Santa Catarina
O saldo: Um cadungó Desenredo
(Falando dos ex-patrões,
gente espertália pra Muito) .
Soneto Inglês, n.º 36("Hermético" - À memória de Mário de Sá-Carneiro)
Um súbito rumor resvala Prólogo às carnes,
em corda vaga e nela a Noite
às orfandades mais Fala, escada Falsa,
Gira de tempestade já nas Portas.
A chuva que me Espaça faz delas tardes
um Credo, onde escapes impensáveis
mais arfantes Aparecem, súmula e Foz
do Invério onde em Revés a cor.
Pensei nuns sonos mais Fáceis,
que fossem rosto onde os prelúdios
estendessem Forças e no cais
fulgisse um som de sol Restante_____
Onde manhãs bem longe das Tardes
setembro Inteiro pelos olhos Todos....
( Primeira versão deste soneto foi escrita na tarde de 20 de agosto de 2006, um domingo, no bairro de Olaria,
num bar perto do restaurante Rainha das Cinco Bocas. Fazia sol, mas antes das 16 horas o tempo
fechou e um temporal entrou de sola ali nas quebradas. Eu lembro que estava tomando uns chopes enquanto escrevia. Vale lembrar que este é meu primeiro soneto "válido", e foi escrito sob um tremendo impacto causado pela leitura de uma antologia poética de Mário de Sá-Carneiro, um livrinho de bolso da Agir Editora - antologia coordenada pela Cleonice Berardinelli)
em corda vaga e nela a Noite
às orfandades mais Fala, escada Falsa,
Gira de tempestade já nas Portas.
A chuva que me Espaça faz delas tardes
um Credo, onde escapes impensáveis
mais arfantes Aparecem, súmula e Foz
do Invério onde em Revés a cor.
Pensei nuns sonos mais Fáceis,
que fossem rosto onde os prelúdios
estendessem Forças e no cais
fulgisse um som de sol Restante_____
Onde manhãs bem longe das Tardes
setembro Inteiro pelos olhos Todos....
( Primeira versão deste soneto foi escrita na tarde de 20 de agosto de 2006, um domingo, no bairro de Olaria,
num bar perto do restaurante Rainha das Cinco Bocas. Fazia sol, mas antes das 16 horas o tempo
fechou e um temporal entrou de sola ali nas quebradas. Eu lembro que estava tomando uns chopes enquanto escrevia. Vale lembrar que este é meu primeiro soneto "válido", e foi escrito sob um tremendo impacto causado pela leitura de uma antologia poética de Mário de Sá-Carneiro, um livrinho de bolso da Agir Editora - antologia coordenada pela Cleonice Berardinelli)
Soneto Inglês, n.º 35
Renasço da estrada Antiga
onde na velha estância
aguardo os magos chegarem
do longe mais Oriente
para adorarem o Hóspede
inda menino, brumária curva,
os mil cantares do homem
nunca mais chão de Inocência
nas pedras lá de Congonhas,
onde me espreito no Antônio
e seus cinzéis-Escribantos
pra de outra vez Recontança:
A estrada antiga onde Tudo
foi nova história Nascida.
onde na velha estância
aguardo os magos chegarem
do longe mais Oriente
para adorarem o Hóspede
inda menino, brumária curva,
os mil cantares do homem
nunca mais chão de Inocência
nas pedras lá de Congonhas,
onde me espreito no Antônio
e seus cinzéis-Escribantos
pra de outra vez Recontança:
A estrada antiga onde Tudo
foi nova história Nascida.
Soneto Inglês, n.º 34
Num ponto do paço as Pedras,
sussurro de nuvens-Tantra:
Os séculos dentro do Espelho,
partido, como os verões Passados.
Casas rangendo histórias
onde um suspiro de Infância
inda escapança da Noite,
apenas pausa nos Cinzas:
Sânscritos mais desescritos,
o mais de sol que restara
agora são noves-Fora ,
portas de novo Erradas
Nisto que presságio, e Pressa:
É Vária a dor, e Avara a vida.
sussurro de nuvens-Tantra:
Os séculos dentro do Espelho,
partido, como os verões Passados.
Casas rangendo histórias
onde um suspiro de Infância
inda escapança da Noite,
apenas pausa nos Cinzas:
Sânscritos mais desescritos,
o mais de sol que restara
agora são noves-Fora ,
portas de novo Erradas
Nisto que presságio, e Pressa:
É Vária a dor, e Avara a vida.
Soneto Inglês, n.º 33
Parte do que sinto me Anoitece,
erê-bissau mamulengo, enormidez
fedente a mais relógios Torcidos.
No rosto a descrentura mais Crassa____
Rosácea à véra? Ruíra,
e de araucária partida
a chuva gorda. Fez sol depois,
valência em Nada, que eu visse.
Alguém que acaso me Ouvisse?
Pudesse achegos, Talvez
mas no recinto onde a treva
é posseira: Conversa muita é besteira.
Parte do que sinto me Anoitece,
outono-Mar que me leva....
erê-bissau mamulengo, enormidez
fedente a mais relógios Torcidos.
No rosto a descrentura mais Crassa____
Rosácea à véra? Ruíra,
e de araucária partida
a chuva gorda. Fez sol depois,
valência em Nada, que eu visse.
Alguém que acaso me Ouvisse?
Pudesse achegos, Talvez
mas no recinto onde a treva
é posseira: Conversa muita é besteira.
Parte do que sinto me Anoitece,
outono-Mar que me leva....
Soneto Inglês, n.º 32
Decâmero o coração
de mais razões num Segundo:
Preparo um Canto____ as marés,
filhas da lua .
Então que no terraço do mundo
a lampadosa do Encanto:
Formas dormindo, cubos verdes
no ventre de moças-Aves.
Os homens soltos no espaço
andando toda a Memória
são muitas ruas, países,
depois talvez haja Sono:
De mesmo um bom desenredo
nas antesalas do Tempo.
de mais razões num Segundo:
Preparo um Canto____ as marés,
filhas da lua .
Então que no terraço do mundo
a lampadosa do Encanto:
Formas dormindo, cubos verdes
no ventre de moças-Aves.
Os homens soltos no espaço
andando toda a Memória
são muitas ruas, países,
depois talvez haja Sono:
De mesmo um bom desenredo
nas antesalas do Tempo.
Soneto Inglês, n.º 31
Mar de outonos num céu
mais árvores decotadíssimas
pela tesoura dos homens, onde Existo
outubro de marés Molências
e mais aguanças minguadas,
curimba de marimbondo quando é fumaça
nos Córnos, quisera das primaveras
um tantra louco onde as flores_____
Cantárcia de amaralinas mais ávidas,
oboessências-Manhãs. Mas as quimeras-Pernaltas:
A noite esperiamente mais Vasta!
Sem reza que surtisse música.
Visto os outonos, Existo,
a chama esgalga em ladeirança Abaixo.
mais árvores decotadíssimas
pela tesoura dos homens, onde Existo
outubro de marés Molências
e mais aguanças minguadas,
curimba de marimbondo quando é fumaça
nos Córnos, quisera das primaveras
um tantra louco onde as flores_____
Cantárcia de amaralinas mais ávidas,
oboessências-Manhãs. Mas as quimeras-Pernaltas:
A noite esperiamente mais Vasta!
Sem reza que surtisse música.
Visto os outonos, Existo,
a chama esgalga em ladeirança Abaixo.
Soneto Inglês, n.º 30
À beira do antimundo me debruço:
Pensando o mundo que talvez Seria
se os homens todos e seus curumins
andassem no chão dos pássaros
e fossem mesmo mais Aves
em vez de estátuas de engrenagem e terno,
gadanhentas de amianto e lágrima,
pluriinimigas da música
e de tudo que lembrasse árvore.
Mas crescem braços-minutos
no rumo onde mais homens sem Rosto
se perdem no sem-retorno do Tempo.
À beira do antimundo um desespero Maduro:
arrulho-Cisne das pessoas-Aves.
Pensando o mundo que talvez Seria
se os homens todos e seus curumins
andassem no chão dos pássaros
e fossem mesmo mais Aves
em vez de estátuas de engrenagem e terno,
gadanhentas de amianto e lágrima,
pluriinimigas da música
e de tudo que lembrasse árvore.
Mas crescem braços-minutos
no rumo onde mais homens sem Rosto
se perdem no sem-retorno do Tempo.
À beira do antimundo um desespero Maduro:
arrulho-Cisne das pessoas-Aves.
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