segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Poemino(Aos amigos/irmãos Fernando Portugal e Allan Souza)

Esta roseira, em Pé
como um vigia entre as colunas da Noite
manduca* de não sei Onde
odores mágicos:
Esperanças brincam de roda
como se nunca houvessem morrido
dentro dos homens, e tudo Fosse,
de novo o chão
por onde os pássaros  voam

Fosse o leiteiro, assassinado Nunca,*
e Juscelino e Tancredo em nossas retinas
sem Borras de tragédia e lágrima,
fossem os  índios  no Maracanã
de cara  Odara e libertos
dos mutuíns do capeta e 
da  politicagem, se isso a roseira  me desse
eu pediria, Refestança no rosto,
tez-Infância no peito.... mas fica
a dança que É, toré de seiva
iluminada pra calar meu pranto:

esta roseira em Pé
sacode pra longe ogros e demais sustos
dos braços da noite, a paz mais solta,
odorante, entrando firme, Posseira
nas Cinco Salas da gente.

                                 *(Ver poema "Morte do leiteiro", de Carlos Drummond de Andrade)
                                 *Manducar = Trazer(Dicionário Adirônico)









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