Des-mundo este sob um sol trelento,
e mesmo assim me sirvo dum chá,
unânime: Todos os eus sentados
comportadamente, sandálias vestes
de Fora, que hoje tem sim-senhores
vespeiro de tempo-Rei, então depois
caba- Mundo, e nunca mais Risoléus
de oboessências-Manhãs:
Por isso a mesa montada, onde o coelho
e a Alice rezando uns kembas pras
Não-pessoas, que ainda pensam fugício
do açoite e fúria do Hóspede_____
Um ledo, marildo, filismino Engano:
Mundão se vai pras Cucuias....
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Boitempo(Soneto Inglês, n.º 39)
Desque foi Mundo o boitempo
que vão-se embora meus Braços,
calhau de imbuia mastráfalga
cheirança-mor mata-pau, com pernas
dentes bandeiras, bulhó de essência
Defunta, meus olhos refletem mundo
onde nem rêsma de Alume, ogum-bassã
jezebéu, sem reza braba que Chegue
prum cafezim mais chinfrim, sou eu:
Um galgo obeso Tromboso, des-verdinário
e bozó, tão rente de todo Nunca
já proferido, inventado_____
Que vão-se Embora meus braços
desque foi Mundo o boitempo.
que vão-se embora meus Braços,
calhau de imbuia mastráfalga
cheirança-mor mata-pau, com pernas
dentes bandeiras, bulhó de essência
Defunta, meus olhos refletem mundo
onde nem rêsma de Alume, ogum-bassã
jezebéu, sem reza braba que Chegue
prum cafezim mais chinfrim, sou eu:
Um galgo obeso Tromboso, des-verdinário
e bozó, tão rente de todo Nunca
já proferido, inventado_____
Que vão-se Embora meus braços
desque foi Mundo o boitempo.
Sofrôso(Soneto Inglês, n.º 38)
No tangeril da mortalha que descolore
os floretões de nossas vãs esperanças_____
Salseiro das nuvens pandas, Enormes,
chuva desce a ladeira dos olhos
mortos de Sonho, e toda várzea abarca
uns nadas Extremos, final de encanto
e de Infância quando as escadas Partidas
não vigem fuga pra lugar Nenhum,
enormitária a maré dos ouros feitos em
lata: É todo um canto de funéreas cores
o que respiram meus pulmões sofrosos,
eu todo um Pulha, lábios secos Inúteis_____
Cujo aposento, em poxoréu Descalabro
não viu mulher em toda a mísera vida.
os floretões de nossas vãs esperanças_____
Salseiro das nuvens pandas, Enormes,
chuva desce a ladeira dos olhos
mortos de Sonho, e toda várzea abarca
uns nadas Extremos, final de encanto
e de Infância quando as escadas Partidas
não vigem fuga pra lugar Nenhum,
enormitária a maré dos ouros feitos em
lata: É todo um canto de funéreas cores
o que respiram meus pulmões sofrosos,
eu todo um Pulha, lábios secos Inúteis_____
Cujo aposento, em poxoréu Descalabro
não viu mulher em toda a mísera vida.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Em Jacarepaguá ....(Para o amigo Luis Turiba)
As nuvens
cabindas baixas
Burbururéu de cem trombones rombudos
no mei' da tarde
dezembro Moço, quentário(quase 40)
vento
mexe o cabelo das árvores
num despenteio
Arrupio_____
Vem ela chuva e só resta
a gente se engrupiar num braçado
embaixo dum ponto de ônibus:
Geremário olha a chuva naquele blasê dos fantasmas,
o nome em todas as placas
Vem ela chuva mais Tãããããão
em cima a trombonada enlouquece,
fósforo Elétrico
pelo céu Tudo
eu tranço no cocuruto
nem sei por causo de quê
melodia
dum tempo-Longe minino_____
Porto Alegre, Tchau.
cabindas baixas
Burbururéu de cem trombones rombudos
no mei' da tarde
dezembro Moço, quentário(quase 40)
vento
mexe o cabelo das árvores
num despenteio
Arrupio_____
Vem ela chuva e só resta
a gente se engrupiar num braçado
embaixo dum ponto de ônibus:
Geremário olha a chuva naquele blasê dos fantasmas,
o nome em todas as placas
Vem ela chuva mais Tãããããão
em cima a trombonada enlouquece,
fósforo Elétrico
pelo céu Tudo
eu tranço no cocuruto
nem sei por causo de quê
melodia
dum tempo-Longe minino_____
Porto Alegre, Tchau.
Soneto Inglês, n.º 37(Para minha irmã Laura Pires)
Pensando o mundo-Corno que a gente 'guenta:
Vida Avara mais vara de marmelêro,
A noite anda estrompando as quebradas,
mais Vasta, num fausto de Mefistófele,
espelhos: Onde as portas fechadas
derrancam todas as saídas de incêndio
num forrobó Diabolô: De empós caraça
em bafo quente dos Quintos,
não tem curimba que Chegue, nem pajelança
que desescreva a tara das Não-pessoas
cada vez mais guampando piche e petróleo
onde eram lápis de cor, Aquarelas____
nas Cinco Salas da gente uns arrupio de choro,
noiteira-Açu, Camará .
Vida Avara mais vara de marmelêro,
A noite anda estrompando as quebradas,
mais Vasta, num fausto de Mefistófele,
espelhos: Onde as portas fechadas
derrancam todas as saídas de incêndio
num forrobó Diabolô: De empós caraça
em bafo quente dos Quintos,
não tem curimba que Chegue, nem pajelança
que desescreva a tara das Não-pessoas
cada vez mais guampando piche e petróleo
onde eram lápis de cor, Aquarelas____
nas Cinco Salas da gente uns arrupio de choro,
noiteira-Açu, Camará .
sábado, 1 de dezembro de 2012
Postal de um Outubro
Noite agora, por Tudo:
Em riba e em volta.
Satélite da Terra nem Chega,
é Novilúnio.
Noite entonces Cabinda,
braços que agarram tudo,
as árvores homens gambás cachorros
casal de gays sob um poste nuzinho
de qualquer cheiro de lâmpada
A noite é meio de outubro
2009 que só agora transcrevo:
Eu num guampério distroncho,
vivendo de bater palma pra maluco dançar
num sezefrés neo-penteco
inda por cima fudido,
que nem o orfeu sérgio porto
ainda por encontrar, nesse tempo
Cidade: Joinville
Estado: Santa Catarina
O saldo: Um cadungó Desenredo
(Falando dos ex-patrões,
gente espertália pra Muito) .
Em riba e em volta.
Satélite da Terra nem Chega,
é Novilúnio.
Noite entonces Cabinda,
braços que agarram tudo,
as árvores homens gambás cachorros
casal de gays sob um poste nuzinho
de qualquer cheiro de lâmpada
A noite é meio de outubro
2009 que só agora transcrevo:
Eu num guampério distroncho,
vivendo de bater palma pra maluco dançar
num sezefrés neo-penteco
inda por cima fudido,
que nem o orfeu sérgio porto
ainda por encontrar, nesse tempo
Cidade: Joinville
Estado: Santa Catarina
O saldo: Um cadungó Desenredo
(Falando dos ex-patrões,
gente espertália pra Muito) .
Soneto Inglês, n.º 36("Hermético" - À memória de Mário de Sá-Carneiro)
Um súbito rumor resvala Prólogo às carnes,
em corda vaga e nela a Noite
às orfandades mais Fala, escada Falsa,
Gira de tempestade já nas Portas.
A chuva que me Espaça faz delas tardes
um Credo, onde escapes impensáveis
mais arfantes Aparecem, súmula e Foz
do Invério onde em Revés a cor.
Pensei nuns sonos mais Fáceis,
que fossem rosto onde os prelúdios
estendessem Forças e no cais
fulgisse um som de sol Restante_____
Onde manhãs bem longe das Tardes
setembro Inteiro pelos olhos Todos....
( Primeira versão deste soneto foi escrita na tarde de 20 de agosto de 2006, um domingo, no bairro de Olaria,
num bar perto do restaurante Rainha das Cinco Bocas. Fazia sol, mas antes das 16 horas o tempo
fechou e um temporal entrou de sola ali nas quebradas. Eu lembro que estava tomando uns chopes enquanto escrevia. Vale lembrar que este é meu primeiro soneto "válido", e foi escrito sob um tremendo impacto causado pela leitura de uma antologia poética de Mário de Sá-Carneiro, um livrinho de bolso da Agir Editora - antologia coordenada pela Cleonice Berardinelli)
em corda vaga e nela a Noite
às orfandades mais Fala, escada Falsa,
Gira de tempestade já nas Portas.
A chuva que me Espaça faz delas tardes
um Credo, onde escapes impensáveis
mais arfantes Aparecem, súmula e Foz
do Invério onde em Revés a cor.
Pensei nuns sonos mais Fáceis,
que fossem rosto onde os prelúdios
estendessem Forças e no cais
fulgisse um som de sol Restante_____
Onde manhãs bem longe das Tardes
setembro Inteiro pelos olhos Todos....
( Primeira versão deste soneto foi escrita na tarde de 20 de agosto de 2006, um domingo, no bairro de Olaria,
num bar perto do restaurante Rainha das Cinco Bocas. Fazia sol, mas antes das 16 horas o tempo
fechou e um temporal entrou de sola ali nas quebradas. Eu lembro que estava tomando uns chopes enquanto escrevia. Vale lembrar que este é meu primeiro soneto "válido", e foi escrito sob um tremendo impacto causado pela leitura de uma antologia poética de Mário de Sá-Carneiro, um livrinho de bolso da Agir Editora - antologia coordenada pela Cleonice Berardinelli)
Soneto Inglês, n.º 35
Renasço da estrada Antiga
onde na velha estância
aguardo os magos chegarem
do longe mais Oriente
para adorarem o Hóspede
inda menino, brumária curva,
os mil cantares do homem
nunca mais chão de Inocência
nas pedras lá de Congonhas,
onde me espreito no Antônio
e seus cinzéis-Escribantos
pra de outra vez Recontança:
A estrada antiga onde Tudo
foi nova história Nascida.
onde na velha estância
aguardo os magos chegarem
do longe mais Oriente
para adorarem o Hóspede
inda menino, brumária curva,
os mil cantares do homem
nunca mais chão de Inocência
nas pedras lá de Congonhas,
onde me espreito no Antônio
e seus cinzéis-Escribantos
pra de outra vez Recontança:
A estrada antiga onde Tudo
foi nova história Nascida.
Soneto Inglês, n.º 34
Num ponto do paço as Pedras,
sussurro de nuvens-Tantra:
Os séculos dentro do Espelho,
partido, como os verões Passados.
Casas rangendo histórias
onde um suspiro de Infância
inda escapança da Noite,
apenas pausa nos Cinzas:
Sânscritos mais desescritos,
o mais de sol que restara
agora são noves-Fora ,
portas de novo Erradas
Nisto que presságio, e Pressa:
É Vária a dor, e Avara a vida.
sussurro de nuvens-Tantra:
Os séculos dentro do Espelho,
partido, como os verões Passados.
Casas rangendo histórias
onde um suspiro de Infância
inda escapança da Noite,
apenas pausa nos Cinzas:
Sânscritos mais desescritos,
o mais de sol que restara
agora são noves-Fora ,
portas de novo Erradas
Nisto que presságio, e Pressa:
É Vária a dor, e Avara a vida.
Soneto Inglês, n.º 33
Parte do que sinto me Anoitece,
erê-bissau mamulengo, enormidez
fedente a mais relógios Torcidos.
No rosto a descrentura mais Crassa____
Rosácea à véra? Ruíra,
e de araucária partida
a chuva gorda. Fez sol depois,
valência em Nada, que eu visse.
Alguém que acaso me Ouvisse?
Pudesse achegos, Talvez
mas no recinto onde a treva
é posseira: Conversa muita é besteira.
Parte do que sinto me Anoitece,
outono-Mar que me leva....
erê-bissau mamulengo, enormidez
fedente a mais relógios Torcidos.
No rosto a descrentura mais Crassa____
Rosácea à véra? Ruíra,
e de araucária partida
a chuva gorda. Fez sol depois,
valência em Nada, que eu visse.
Alguém que acaso me Ouvisse?
Pudesse achegos, Talvez
mas no recinto onde a treva
é posseira: Conversa muita é besteira.
Parte do que sinto me Anoitece,
outono-Mar que me leva....
Soneto Inglês, n.º 32
Decâmero o coração
de mais razões num Segundo:
Preparo um Canto____ as marés,
filhas da lua .
Então que no terraço do mundo
a lampadosa do Encanto:
Formas dormindo, cubos verdes
no ventre de moças-Aves.
Os homens soltos no espaço
andando toda a Memória
são muitas ruas, países,
depois talvez haja Sono:
De mesmo um bom desenredo
nas antesalas do Tempo.
de mais razões num Segundo:
Preparo um Canto____ as marés,
filhas da lua .
Então que no terraço do mundo
a lampadosa do Encanto:
Formas dormindo, cubos verdes
no ventre de moças-Aves.
Os homens soltos no espaço
andando toda a Memória
são muitas ruas, países,
depois talvez haja Sono:
De mesmo um bom desenredo
nas antesalas do Tempo.
Soneto Inglês, n.º 31
Mar de outonos num céu
mais árvores decotadíssimas
pela tesoura dos homens, onde Existo
outubro de marés Molências
e mais aguanças minguadas,
curimba de marimbondo quando é fumaça
nos Córnos, quisera das primaveras
um tantra louco onde as flores_____
Cantárcia de amaralinas mais ávidas,
oboessências-Manhãs. Mas as quimeras-Pernaltas:
A noite esperiamente mais Vasta!
Sem reza que surtisse música.
Visto os outonos, Existo,
a chama esgalga em ladeirança Abaixo.
mais árvores decotadíssimas
pela tesoura dos homens, onde Existo
outubro de marés Molências
e mais aguanças minguadas,
curimba de marimbondo quando é fumaça
nos Córnos, quisera das primaveras
um tantra louco onde as flores_____
Cantárcia de amaralinas mais ávidas,
oboessências-Manhãs. Mas as quimeras-Pernaltas:
A noite esperiamente mais Vasta!
Sem reza que surtisse música.
Visto os outonos, Existo,
a chama esgalga em ladeirança Abaixo.
Soneto Inglês, n.º 30
À beira do antimundo me debruço:
Pensando o mundo que talvez Seria
se os homens todos e seus curumins
andassem no chão dos pássaros
e fossem mesmo mais Aves
em vez de estátuas de engrenagem e terno,
gadanhentas de amianto e lágrima,
pluriinimigas da música
e de tudo que lembrasse árvore.
Mas crescem braços-minutos
no rumo onde mais homens sem Rosto
se perdem no sem-retorno do Tempo.
À beira do antimundo um desespero Maduro:
arrulho-Cisne das pessoas-Aves.
Pensando o mundo que talvez Seria
se os homens todos e seus curumins
andassem no chão dos pássaros
e fossem mesmo mais Aves
em vez de estátuas de engrenagem e terno,
gadanhentas de amianto e lágrima,
pluriinimigas da música
e de tudo que lembrasse árvore.
Mas crescem braços-minutos
no rumo onde mais homens sem Rosto
se perdem no sem-retorno do Tempo.
À beira do antimundo um desespero Maduro:
arrulho-Cisne das pessoas-Aves.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Soneto Inglês, n.º 29
O reino das Não-pessoas anda espreitando
em cada vez mais Estância
nos corações outrora amantes do sol,
do sal do mar de Ipanema:
São anjos que perderam as Asas
erguendo altares ao dólar
e dizimando as florestas com mão
de ferro, os olhos cheios de petróleo
onde eram lágrimas Antes,
turumbamba armado em Bode e Cachaça
no ventre das Cinco Salas,
treva mais e mais Rente_____
O ranço das Não-pessoas
é cada vez mais Estância.
em cada vez mais Estância
nos corações outrora amantes do sol,
do sal do mar de Ipanema:
São anjos que perderam as Asas
erguendo altares ao dólar
e dizimando as florestas com mão
de ferro, os olhos cheios de petróleo
onde eram lágrimas Antes,
turumbamba armado em Bode e Cachaça
no ventre das Cinco Salas,
treva mais e mais Rente_____
O ranço das Não-pessoas
é cada vez mais Estância.
Soneto Inglês, n.º 28
Os gritos da ordem e da desordem
existem juntos como duas sementes
plantadas desde o Princípio
até que o mundo Termine
pela mão dos homens, num Descalabro
regido pela mão do Demônio
e seu coral de trombones
tocando a marcha n.666
num salambô que despedaça os Espaços,
onde outro dia mesmo
era o estandarte da Infância
a sacudir os sentidos______
?Mundo candongo absurdo
até quando te sofrerei Eu.
existem juntos como duas sementes
plantadas desde o Princípio
até que o mundo Termine
pela mão dos homens, num Descalabro
regido pela mão do Demônio
e seu coral de trombones
tocando a marcha n.666
num salambô que despedaça os Espaços,
onde outro dia mesmo
era o estandarte da Infância
a sacudir os sentidos______
?Mundo candongo absurdo
até quando te sofrerei Eu.
sábado, 24 de novembro de 2012
Soneto Inglês, n.º 27(Bonsucesso - RJ)
Na praça de Bonsucesso
todas as línguas do Mundo:
lembrando os homens-Pracinhas
que ainda Morrem na Itália:
A estátua de bronze lembra o sol-Cubo
tingido em tons rubro-Sangue,
quando os relógios do mundo
desembestaram seis anos
marcando o número cinco
nas Horas de toda Carne,
a toca do coelho branco indo parar
na boca enorme do Inferno_____
que aliás anda espreitando nas sombras
novo ingranzéu caba-Mundo.
todas as línguas do Mundo:
lembrando os homens-Pracinhas
que ainda Morrem na Itália:
A estátua de bronze lembra o sol-Cubo
tingido em tons rubro-Sangue,
quando os relógios do mundo
desembestaram seis anos
marcando o número cinco
nas Horas de toda Carne,
a toca do coelho branco indo parar
na boca enorme do Inferno_____
que aliás anda espreitando nas sombras
novo ingranzéu caba-Mundo.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Soneto Inglês, n.º 26
Mundo agonizante, teus anfiteatros do Abismo
são peso extremo nestes ombros Parcos.
Teus seios pernas bandeiras: Girança de tubarão
num mar cheirando a Sargaços....
Manhãs guaçús solitárias vigem Cinzânamos
dos aguaçais os mais Ácidos, depois da última ceia -
quando o domínio das Não-pessoas
terá portões Destrancados
num permitido e Táurico dilúvio,
onde saraiva e Fogo trompetearão descarnanças
e a terça parte das árvores cairá gritando,
junto das últimas estrelas_____
Sobram no céu três Águias,
desligam o botão da História.
são peso extremo nestes ombros Parcos.
Teus seios pernas bandeiras: Girança de tubarão
num mar cheirando a Sargaços....
Manhãs guaçús solitárias vigem Cinzânamos
dos aguaçais os mais Ácidos, depois da última ceia -
quando o domínio das Não-pessoas
terá portões Destrancados
num permitido e Táurico dilúvio,
onde saraiva e Fogo trompetearão descarnanças
e a terça parte das árvores cairá gritando,
junto das últimas estrelas_____
Sobram no céu três Águias,
desligam o botão da História.
Visões de São Mármaro, nº 6
O sexto anjo joga sua taça ao ar:
Num resta
nem de sobra prum doce
a Vida, enferrujada na Leopoldina,
onde esperança
é longe como o diabo.
a deusa terra anda Curta
com tanto gás e petróleo,
a Noite, inda que imposta à Bangu
fugiu com os braços do sol
batendo a porta dos fundos
Ao longe na treva um raio,
fósforo elétrico. Em Inhaúma o pessoal enterrado
no cemitério cava mais Fundo, aterrados que estão: Paúra
da segunda Morte.
Num resta
nem de sobra prum doce
a Vida, enferrujada na Leopoldina,
onde esperança
é longe como o diabo.
a deusa terra anda Curta
com tanto gás e petróleo,
a Noite, inda que imposta à Bangu
fugiu com os braços do sol
batendo a porta dos fundos
Ao longe na treva um raio,
fósforo elétrico. Em Inhaúma o pessoal enterrado
no cemitério cava mais Fundo, aterrados que estão: Paúra
da segunda Morte.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Estruturança
Chuvada `a balde
que a tarde
amanha
um fio
de cheiro
do mato da Grajaú
embaixo na
Dias da Cruz, retrós
de antiga mata
nativa um
dia....
Pensando
à beça
que
chovo
um
tanto tam
tantim tam
tim
tam
tim
bém____
ÁGUA ÁGUA
AGUANÇ
Á
L
I
A
U
H V
C A
N
D
O
Eu molho o chão das palavras
pensando andor
do que Voe....
que a tarde
amanha
um fio
de cheiro
do mato da Grajaú
embaixo na
Dias da Cruz, retrós
de antiga mata
nativa um
dia....
Pensando
à beça
que
chovo
um
tanto tam
tantim tam
tim
tam
tim
bém____
ÁGUA ÁGUA
AGUANÇ
Á
L
I
A
U
H V
C A
N
D
O
Eu molho o chão das palavras
pensando andor
do que Voe....
Malunguês(Soneto Inglês, n.º 25 - Para o amigo Paulo Maciel)
Eu bem queria, amigo, um céu de azuis Imensidades
que sorrise Sempre, e fosse paz Alcântara
aos teus olhos(como os meus, Tricoloríssimos
e Campeões pra sempre neste ano),
eu bem queria pra você meu chapa
a retidão mais reta em cada estrada torta
nas quais sei, desbundas-te em procelidões
as mais Terríveis, conforme a glosa antiga -
Mais se reza mais Entupimentos do outro mundo -
mas neste hospício de soneto eu te arremesso
uns bons fuzarcos de entroncadas Forças, como aliás
assim devem fazer os que se querem Amigos_____
Em claro e bom dialeto Malunguês, pessoas-Aves
garimpam Água de beber nos corações Irmãos.
que sorrise Sempre, e fosse paz Alcântara
aos teus olhos(como os meus, Tricoloríssimos
e Campeões pra sempre neste ano),
eu bem queria pra você meu chapa
a retidão mais reta em cada estrada torta
nas quais sei, desbundas-te em procelidões
as mais Terríveis, conforme a glosa antiga -
Mais se reza mais Entupimentos do outro mundo -
mas neste hospício de soneto eu te arremesso
uns bons fuzarcos de entroncadas Forças, como aliás
assim devem fazer os que se querem Amigos_____
Em claro e bom dialeto Malunguês, pessoas-Aves
garimpam Água de beber nos corações Irmãos.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Soneto Inglês, n.º 24
Axé de empós Zebedeu,
céuzão grolô-Calcutá_____
Quizomba aberta na mata
mais correnteza de Rio:
Teu corpo, nu-Marabá
depois do amor que foi Tudo,
tão de melhor: Parênese
de encantação Maçonária
Então cabrungos oxóssis
fizeram cama em nossas várzeas
compridas, xerém de terras
sem-Fim, nunca mais sós, Iguaçús____
Céuzão sem fim que adormece
como se houvesse Amanhã.
céuzão grolô-Calcutá_____
Quizomba aberta na mata
mais correnteza de Rio:
Teu corpo, nu-Marabá
depois do amor que foi Tudo,
tão de melhor: Parênese
de encantação Maçonária
Então cabrungos oxóssis
fizeram cama em nossas várzeas
compridas, xerém de terras
sem-Fim, nunca mais sós, Iguaçús____
Céuzão sem fim que adormece
como se houvesse Amanhã.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Mazelefrência(Soneto Inglês, n.º 23)
Eu vejo um mundo Caduco,
onde hominídeos estranhos
banzura de Esquisitância
e festa Bêsta de ossanha____
Vaiaram no Circo Voador
o Prometeu que lhes tocara Fogo,
desnecessária a lembrança:
Lá dentro andam faltando as Asas...
Jumência que vai mais Longe:
A rosa que deu no asfalto
morreu nos anos faz - Muito,
gastura de nunca Mais_____
é Torta a reta de agora,
socorro meus Zabelês.
onde hominídeos estranhos
banzura de Esquisitância
e festa Bêsta de ossanha____
Vaiaram no Circo Voador
o Prometeu que lhes tocara Fogo,
desnecessária a lembrança:
Lá dentro andam faltando as Asas...
Jumência que vai mais Longe:
A rosa que deu no asfalto
morreu nos anos faz - Muito,
gastura de nunca Mais_____
é Torta a reta de agora,
socorro meus Zabelês.
Soneto Inglês, n.º 22
Luz que no terraço do mundo
muda de Cor: Naquela cruz
um Deus troca de Essência,
saindo livre a ala das baianas
e demais caveiras: Latinas gregas
hebraicas. A bateria da Portela
navega o espaço do céu
junto do filho pródigo,
cantando novas Sementes:
Formas que vão nascer
no ventre de moças-Aves,
grande aparato do Encanto_____
Tempo enfim se Aposenta
das lamparinas do mundo.
muda de Cor: Naquela cruz
um Deus troca de Essência,
saindo livre a ala das baianas
e demais caveiras: Latinas gregas
hebraicas. A bateria da Portela
navega o espaço do céu
junto do filho pródigo,
cantando novas Sementes:
Formas que vão nascer
no ventre de moças-Aves,
grande aparato do Encanto_____
Tempo enfim se Aposenta
das lamparinas do mundo.
domingo, 18 de novembro de 2012
Soneto Inglês, n.º 21
Kambonos-anjos nos atabaques,
desligaram o dia. Noite agora
por Tudo. Dez tantos do melhor trigo
adormecendo no campo,
esbórnia santa do Hóspede.
Mais tarde, treva Taluda,
mequetrefes mexem na terra
com dedo torto: Bode que deu
foi Coisa: plantaram junto do trigo
uns jererês do Demônio,
história que deu na Porta
do ouvido de todo o mundo_____
Quando acabália for Tudo
quem foi "qual", se Verá.
desligaram o dia. Noite agora
por Tudo. Dez tantos do melhor trigo
adormecendo no campo,
esbórnia santa do Hóspede.
Mais tarde, treva Taluda,
mequetrefes mexem na terra
com dedo torto: Bode que deu
foi Coisa: plantaram junto do trigo
uns jererês do Demônio,
história que deu na Porta
do ouvido de todo o mundo_____
Quando acabália for Tudo
quem foi "qual", se Verá.
sábado, 17 de novembro de 2012
Soneto Inglês, n.º 20
Faz frio faz chuva. Manhã
de facas flores Celenças
e mais saltérios e estradas,
onde irecês Curimãs
Meu passo à pé jacarengo
nas ruas todas paguás
dos aguapés se agarrando
que nem preguiça nas árvores,
cinzária a cara do céu,
onde trovejam dez surdos
da bateria da Portela,
sentando o lenho aguaçalho_____
Marracachorra de chuva
nas cinco Salas da gente!
de facas flores Celenças
e mais saltérios e estradas,
onde irecês Curimãs
Meu passo à pé jacarengo
nas ruas todas paguás
dos aguapés se agarrando
que nem preguiça nas árvores,
cinzária a cara do céu,
onde trovejam dez surdos
da bateria da Portela,
sentando o lenho aguaçalho_____
Marracachorra de chuva
nas cinco Salas da gente!
Morticinália(Para a amiga Lucinha)
Num circunlóquio ajuntúrico
onde mandar Manhattan pros Beleléus
é mais o mesmo que Nada______
a gente anda esfolando os gadanhos
na brita do não-se-Ver,
que as almas, todas Nenhumas,
se entendem
de um jeito Não:
São multitudes peçonhas
groló de mais Não-pessoas
por essas praças esquinas....
Ninguém não Vê seus espelhos
há muito estepes roncolhos
engolir tantra das bandas largas_____
jardináceos andam sem flor
depois das torres de petróleo
surfarem nos oceanos
e os céus chorarem lágrimas ácidas.
Crocodilências mungubam
pelos bueiros roncós, paredes fogem gritando
num paroSSismo em que os homens
já passaréu dos Infernos_____
visagens morticinálias
dum futurama Cabinda:
Vão multitudes-Peçonhas,
groló de mais Não-pessoas
por essas praças esquinas....
onde mandar Manhattan pros Beleléus
é mais o mesmo que Nada______
a gente anda esfolando os gadanhos
na brita do não-se-Ver,
que as almas, todas Nenhumas,
se entendem
de um jeito Não:
São multitudes peçonhas
groló de mais Não-pessoas
por essas praças esquinas....
Ninguém não Vê seus espelhos
há muito estepes roncolhos
engolir tantra das bandas largas_____
jardináceos andam sem flor
depois das torres de petróleo
surfarem nos oceanos
e os céus chorarem lágrimas ácidas.
Crocodilências mungubam
pelos bueiros roncós, paredes fogem gritando
num paroSSismo em que os homens
já passaréu dos Infernos_____
visagens morticinálias
dum futurama Cabinda:
Vão multitudes-Peçonhas,
groló de mais Não-pessoas
por essas praças esquinas....
Soneto Inglês, n.º 19
Montar os ventos em pêlo,
beber o orvalho dos pianos.
Destabocar-se de olhar
o que não vige Alcançável_____
a Paz espera à mesa
do Hóspede, sê-lhe conforto,
ombro amigo. Come do pão,
bebe o vinho. Abraça os homens
como se pássaros Fossem.
Lembra: Mamaste peitos de pedra
na busca submarina
onde aprendeste teu Nome_____
embarcadouro Preciso
para o ofício da Alma.
beber o orvalho dos pianos.
Destabocar-se de olhar
o que não vige Alcançável_____
a Paz espera à mesa
do Hóspede, sê-lhe conforto,
ombro amigo. Come do pão,
bebe o vinho. Abraça os homens
como se pássaros Fossem.
Lembra: Mamaste peitos de pedra
na busca submarina
onde aprendeste teu Nome_____
embarcadouro Preciso
para o ofício da Alma.
Onze de Novembro(Soneto Inglês, n.º 18)
Num tava prevista a Festa,
e já que veio: Hecatombe!!
De ajuêlho e rezança
deu Tricolor nas Cabêça,
dispois dos noves de Fora.
No céu fuzarca, ganzás
com os muitos onzes
que já vestiram o "Sacrário"
no rola-bola da História:
Marcos Romeu zé-Preguinho
Pinheiro Telê e Ademir,
seu Nelson de mor-Maestro_____
as Graças do João de Deus
sorriram pro meu Tricolor!
e já que veio: Hecatombe!!
De ajuêlho e rezança
deu Tricolor nas Cabêça,
dispois dos noves de Fora.
No céu fuzarca, ganzás
com os muitos onzes
que já vestiram o "Sacrário"
no rola-bola da História:
Marcos Romeu zé-Preguinho
Pinheiro Telê e Ademir,
seu Nelson de mor-Maestro_____
as Graças do João de Deus
sorriram pro meu Tricolor!
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Soneto Inglês, n.º 17
Cortinas descerram cântaros
pelo planeta-Navio.
Noite estende lençóis,
desliga a máquina do braço.
Anjos cubistas dançam
pelas esquinas do quarto,
encontro olhos e ouvidos
de terras há muito Extintas.
No subsolo dos mares
desvendo o avesso do céu:
Meninos preparam pipas
usando a linha do horizonte_____
Sou todos os Eus dançando
a Roda ancestral do sono.
pelo planeta-Navio.
Noite estende lençóis,
desliga a máquina do braço.
Anjos cubistas dançam
pelas esquinas do quarto,
encontro olhos e ouvidos
de terras há muito Extintas.
No subsolo dos mares
desvendo o avesso do céu:
Meninos preparam pipas
usando a linha do horizonte_____
Sou todos os Eus dançando
a Roda ancestral do sono.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Soneto Inglês, n.º 16(Fluminense F.C.)
É tempo de Sarrabulho
na cidade dos homens:
Novembro deu nos asfaltos
reizado nas Laranjeiras,
deu Fluminense, de Novo.
No botequim do parnaso
Castilho chora de alívio
junto do grande Nelson
e do super Ézio,
mais moço dos anjos.
Aqui na Terra tem Bola,
como lembrou seu Buarque:
O rádio o vídeo o Planeta
contaram o Tetra direito.
na cidade dos homens:
Novembro deu nos asfaltos
reizado nas Laranjeiras,
deu Fluminense, de Novo.
No botequim do parnaso
Castilho chora de alívio
junto do grande Nelson
e do super Ézio,
mais moço dos anjos.
Aqui na Terra tem Bola,
como lembrou seu Buarque:
O rádio o vídeo o Planeta
contaram o Tetra direito.
sábado, 10 de novembro de 2012
Nauseaglútino
Entonces:
diante de um mundo Incomunicável
ter esperança é Fita,
charme-açú Brocoió,
malestandarte de otário
Deitado sobre o horizonte
espero o trem que me amasse,
mingau de sangue ordinário. Não tem roseira nem vela
que me desfaça esse Asfalto
que trago no peito feito gerúndio vomitado a Metro
pelos call-centers
da cidadela Intragável....
Entonces, tossontes, brontes
pigarrelhanças de intentonárias
mais caraças de Pirro:
Furdunço do capiroto
esse mundão de Escangalho.
diante de um mundo Incomunicável
ter esperança é Fita,
charme-açú Brocoió,
malestandarte de otário
Deitado sobre o horizonte
espero o trem que me amasse,
mingau de sangue ordinário. Não tem roseira nem vela
que me desfaça esse Asfalto
que trago no peito feito gerúndio vomitado a Metro
pelos call-centers
da cidadela Intragável....
Entonces, tossontes, brontes
pigarrelhanças de intentonárias
mais caraças de Pirro:
Furdunço do capiroto
esse mundão de Escangalho.
Soneto Inglês, n.º 15
Depois que o Verbo Divino
guardar as vestes de Hóspede_____
a sinfonia dos Tempos
chega ao final da ladeira.
Um céu de medo e de zinco
recolhe dos horizontes
tons de rubro da tarde,
pifes rugem na sombra
seus últimos assobios.
Fechada a estátua da Infância
aos olhos do público
o descatembre é Final_____
cabeças de Josefs K.
entopem os fossos do Abismo.
guardar as vestes de Hóspede_____
a sinfonia dos Tempos
chega ao final da ladeira.
Um céu de medo e de zinco
recolhe dos horizontes
tons de rubro da tarde,
pifes rugem na sombra
seus últimos assobios.
Fechada a estátua da Infância
aos olhos do público
o descatembre é Final_____
cabeças de Josefs K.
entopem os fossos do Abismo.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Soneto Inglês, n.º 14
Arpoador. Tarde seis horas
meus caximbís-orixás
cambindam pernas pra Longe,
E a gente veste Dezembro....
Lonjura do asfalto quente
onde grolós de pessoas:
Amarfanhando nos carros
catatau dos Infernos
A gente veste Dezembro
e o rubro-Fogo da tarde
agradecia se mais olhos
pousassem no chão das aves_____
Menos ferrões-Irecês
e mais erês-Passarinhos.
meus caximbís-orixás
cambindam pernas pra Longe,
E a gente veste Dezembro....
Lonjura do asfalto quente
onde grolós de pessoas:
Amarfanhando nos carros
catatau dos Infernos
A gente veste Dezembro
e o rubro-Fogo da tarde
agradecia se mais olhos
pousassem no chão das aves_____
Menos ferrões-Irecês
e mais erês-Passarinhos.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Soneto Inglês, n.º 13
No brazundó Destabôco
o baticum do oceano
a receber meu ossário
com braço de ferro em Brasa
Pássaros caíram do último Abraço
luzes fecharam asas para o verão.
O céu, de sobretudo cinza
afina a banda de Ipanema
Minas de chumbo e cobre
vomitam mãos de crianças
enquanto as águas Encurtam,
caindo as máscaras Todas______
Um coro de harpas de obuses
penteia os Rostos do inferno.
o baticum do oceano
a receber meu ossário
com braço de ferro em Brasa
Pássaros caíram do último Abraço
luzes fecharam asas para o verão.
O céu, de sobretudo cinza
afina a banda de Ipanema
Minas de chumbo e cobre
vomitam mãos de crianças
enquanto as águas Encurtam,
caindo as máscaras Todas______
Um coro de harpas de obuses
penteia os Rostos do inferno.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Soneto Anoréxico(Coisança Lúdica, nº 6)
Banzo
Mor
Deste
Chão,
Samba
Sempre
No
Pé:
Car
na
val,
Sa
ra
vá.
Mor
Deste
Chão,
Samba
Sempre
No
Pé:
Car
na
val,
Sa
ra
vá.
Urubupungá
Sertão mais brabo. Butuca
assim pra riba dos couro -
distroncho murcho cambaio -
a gente não vendo nuvem
no céu, chumbeira por Tudo
em muita légua de Roda, agouro
rente, de Cima:
Esse urubu vem Pungá
pra riba mêrmo da gente______
só de butuca esperando
a gente arreie os parango
no chão da treva, sivirina
Mortalha.
assim pra riba dos couro -
distroncho murcho cambaio -
a gente não vendo nuvem
no céu, chumbeira por Tudo
em muita légua de Roda, agouro
rente, de Cima:
Esse urubu vem Pungá
pra riba mêrmo da gente______
só de butuca esperando
a gente arreie os parango
no chão da treva, sivirina
Mortalha.
Flavianá(Soneto Inglês, n.º 12 - Para Flávia Muniz, co-autora)
Puxa a linha do Equador,
amarra-a no coração:
__Ver se o novelo do mundo
não desenrola....
Procura por sinos brancos
nas cidades de nuvens,
garimpa estrelas-Crianças ,
são teus olhos de Jade....
Ensina outra vez: O tempo
não dança de ontem nem hoje,
só quem bebe esta Água
garoará de Amanhãs_____
E plantes na eternidade
rio imenso, de Sempres.
amarra-a no coração:
__Ver se o novelo do mundo
não desenrola....
Procura por sinos brancos
nas cidades de nuvens,
garimpa estrelas-Crianças ,
são teus olhos de Jade....
Ensina outra vez: O tempo
não dança de ontem nem hoje,
só quem bebe esta Água
garoará de Amanhãs_____
E plantes na eternidade
rio imenso, de Sempres.
domingo, 4 de novembro de 2012
EU(Soneto Anoréxico. Coisança Lúdica, nº 5)
Pára
Agora
Essa
Dança!_____
Velho?
Não.
Homem?
Sim,
FLU,
Também.
Mais:
Can
ta
dor.
Agora
Essa
Dança!_____
Velho?
Não.
Homem?
Sim,
FLU,
Também.
Mais:
Can
ta
dor.
sábado, 3 de novembro de 2012
Tê(Soneto Anoréxico. Coisança Lúdica, nº 4)
Santa
Tê.
Que
Saudade:
As
Tardes
De
Bonde___
Vão
vol
tar,
Bo
to
Fé.
Tê.
Que
Saudade:
As
Tardes
De
Bonde___
Vão
vol
tar,
Bo
to
Fé.
Soneto Inglês, n.º 11(Para o amigo Paulo Maciel)
No corpo das avenidas
os homens lembram Babel
pelas esquinas, calçadas
ferventes em lítio e gás____
Entre dois goles de nuvem
beberiquemos Dilúvio
junto dos ternos cinzas,
máquinas sobre dois pés
Há muito não se ouve flauta
no prédio Menezes Côrtes
mas harpas de mil cavalos,
fumaças, coros de Tosses____
Fechadas as Cinco Salas
ninguém é Um: Legião.
os homens lembram Babel
pelas esquinas, calçadas
ferventes em lítio e gás____
Entre dois goles de nuvem
beberiquemos Dilúvio
junto dos ternos cinzas,
máquinas sobre dois pés
Há muito não se ouve flauta
no prédio Menezes Côrtes
mas harpas de mil cavalos,
fumaças, coros de Tosses____
Fechadas as Cinco Salas
ninguém é Um: Legião.
Leme(Soneto Anoréxico. Coisança Lúdica, nº 3)
Mar
Perto
Céu:
Lua
Na
Areia,
Em
Pé_____
Não
pen
sar
A
noi
tar.
Perto
Céu:
Lua
Na
Areia,
Em
Pé_____
Não
pen
sar
A
noi
tar.
Laparão(Soneto Anoréxico. Coisança Lúdica, nº 2)
A
Lapa
Na
Sexta:
Ver
Baco
Na
Certa_____
Man
gua
çal!
Bo
ra
Já!!
Lapa
Na
Sexta:
Ver
Baco
Na
Certa_____
Man
gua
çal!
Bo
ra
Já!!
Soneto Inglês, n.º 10
Um mundo, dois Amanhãs,
já não é mais Carbonário.
Tempo fugiu como pôde
usando a escada de incêndio_____
Céu de nuvens em fogo
lambe a carne das árvores,
rios vomitam peixes,
iaras sacis borboletas:
Plantado o trono da Besta
nas cinco Salas do homem
as cores morreram Todas,
sobrando o sangue nos olhos_____
Um mundo, dois Amanhãs.
Já nunca mais Carbonário.
já não é mais Carbonário.
Tempo fugiu como pôde
usando a escada de incêndio_____
Céu de nuvens em fogo
lambe a carne das árvores,
rios vomitam peixes,
iaras sacis borboletas:
Plantado o trono da Besta
nas cinco Salas do homem
as cores morreram Todas,
sobrando o sangue nos olhos_____
Um mundo, dois Amanhãs.
Já nunca mais Carbonário.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Soneto Inglês, n.º 9
O horizonte devolve o mundo
que Vejo. Volta a galope
fugindo dos homens-Coisa,
de fuzis e granadas.
O mar perde suas folhas Azuis:
Chegam seringas gigantes
injetam óleo em seus braços,
sob o olhar do Demônio.
O sol deixou de Sorrir
junto da Virgem, do Hóspede_____
fugiram pelos meus olhos,
trancando a porta:
Enquanto espadas Espreitam
acima das últimas crianças.
que Vejo. Volta a galope
fugindo dos homens-Coisa,
de fuzis e granadas.
O mar perde suas folhas Azuis:
Chegam seringas gigantes
injetam óleo em seus braços,
sob o olhar do Demônio.
O sol deixou de Sorrir
junto da Virgem, do Hóspede_____
fugiram pelos meus olhos,
trancando a porta:
Enquanto espadas Espreitam
acima das últimas crianças.
Soneto Inglês, n.º 8(Para o Maurício Einhorn, no seu aniversário)
As quase-pessoas
diferem Muito das pessoas-Aves.
Certamente inda respiram melhor
do que as Não-pessoas_______
estranha cruza de carne e sangue
com graxa e partes de ferro.
São os "técnicos", os "burocratas".
E se alimentam de gente.
Mas o perigo Maior
são mesmo as quase-pessoas,
com pele e voz de cordeiro.
E quase parecem Gente.
Diferem Muito das pessoas-Aves.
Que somos eu, você, mais alguns.
diferem Muito das pessoas-Aves.
Certamente inda respiram melhor
do que as Não-pessoas_______
estranha cruza de carne e sangue
com graxa e partes de ferro.
São os "técnicos", os "burocratas".
E se alimentam de gente.
Mas o perigo Maior
são mesmo as quase-pessoas,
com pele e voz de cordeiro.
E quase parecem Gente.
Diferem Muito das pessoas-Aves.
Que somos eu, você, mais alguns.
Futurama(no espírito do dia: 02/11....)
Quando o mundo se cansar de Mim
devolverei meus olhos e ouvidos
no sem-Fim do Espaço, no guichê próprio:
Depois de encher formulários
e assistir meu enterro, de novo.
No mesmo guichê receberei três pedras
do anjo que ali boceja______
já fez entrar (entre tantos) a Princesa Isabel
e Anne Frank, com a irmã Margot
depois me dirá "cada pedra representa um mês", -
e prossegue - "vai ter de explicar à Virgem
porque depois de três meses
ninguém lá embaixo anda sentindo sua falta"
(Já sei que treze milênios
me esperam no Purgatório).
devolverei meus olhos e ouvidos
no sem-Fim do Espaço, no guichê próprio:
Depois de encher formulários
e assistir meu enterro, de novo.
No mesmo guichê receberei três pedras
do anjo que ali boceja______
já fez entrar (entre tantos) a Princesa Isabel
e Anne Frank, com a irmã Margot
depois me dirá "cada pedra representa um mês", -
e prossegue - "vai ter de explicar à Virgem
porque depois de três meses
ninguém lá embaixo anda sentindo sua falta"
(Já sei que treze milênios
me esperam no Purgatório).
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Amanhã(Soneto Inglês, n.º 7)
Cinco mil anos após
o sacrifício do Hóspede.
Na maioria das cidades
madeira é matéria Morta______
as árvores são de concreto,
seus galhos escarros de ferro
que um dia dormiram fundo
em Morro Velho, Geraes.
Os homens são partes montadas
em granito e chumbo,
andam em cavalos atômicos,
não chamam a ninguém de amigo.
E, sobre todas as mortes
desaprenderam a palavra "música".
o sacrifício do Hóspede.
Na maioria das cidades
madeira é matéria Morta______
as árvores são de concreto,
seus galhos escarros de ferro
que um dia dormiram fundo
em Morro Velho, Geraes.
Os homens são partes montadas
em granito e chumbo,
andam em cavalos atômicos,
não chamam a ninguém de amigo.
E, sobre todas as mortes
desaprenderam a palavra "música".
A Casa Verde
Quando criança, fui Pássaro.
Durante anos o sol se pôs nesta Esfera
e eu esperei de meus semelhantes -
pequena gênese de górgonas Futuras -
que fossem pássaros
como eu também me Voava.
Depois
foi tempo dos homens
temerem os dentes do Átomo, e em nome dele
fazerem Sofrer outros homens -
fossem vermelhos ou azuis -
ninguém não vendo o que se escrevera no Livro Antigo
sobre a árvore do Sangue,
e girassóis e pianos
também choraram de Sede
nas matas de Moçambique______
Partiu-se o Espelho dos homens
ninguém procura seu Rosto
no semelhante Caído, mas levam dentro dos olhos
abismos de Fins, Silêncios______
O choro do filho pródigo
confirma a Voz das três águias
e o desespero dos anjos
às tontas pelo meio do céu:
À mesa das Bodas
cabia muito mais gente
que o Hóspede com um sorriso
envolveria num abraço Elétrico.
Durante anos o sol se pôs nesta Esfera
e eu esperei de meus semelhantes -
pequena gênese de górgonas Futuras -
que fossem pássaros
como eu também me Voava.
Depois
foi tempo dos homens
temerem os dentes do Átomo, e em nome dele
fazerem Sofrer outros homens -
fossem vermelhos ou azuis -
ninguém não vendo o que se escrevera no Livro Antigo
sobre a árvore do Sangue,
e girassóis e pianos
também choraram de Sede
nas matas de Moçambique______
Partiu-se o Espelho dos homens
ninguém procura seu Rosto
no semelhante Caído, mas levam dentro dos olhos
abismos de Fins, Silêncios______
O choro do filho pródigo
confirma a Voz das três águias
e o desespero dos anjos
às tontas pelo meio do céu:
À mesa das Bodas
cabia muito mais gente
que o Hóspede com um sorriso
envolveria num abraço Elétrico.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Finô....
Pois bom....
Cabou que era Krishnanda má
os quatro olhos que eu vi
'garrando fogo pra riba de Jararaca
num tendo "valha Nossa Sinhora"
que reverteja o Chanfalho
dispois de ebó Pai do Mato
bater martelo e carranca....
Cabou xerém que era Doce
desse evaneio Imbecil, caô num teve
nem prum café mais "Rápa"
sobrando pro mau malungo('sse aqui mêrmo, Choréu )
o esbregue do ajunte dos cacos:
Porrada toda pra corno
ind'é cangalha da Frôxa
pau nele juda mardirito escroto
que é pra aprendê seu lugar
nessa pocilga-Circo
que esmaga em riba de Mim
o carma esquerdo, Mardito_______
Toda semana
é sempre Quarta nos sete dias
daquelas cinzas bem Roucas
e como disse um dos (poucos) amigos
(prenda mais frágil e Parca):
"___Em hipótese Alguma
serão aceitas devoluções."
Paulão meu rei,
cê tá Certo.
Cabou que era Krishnanda má
os quatro olhos que eu vi
'garrando fogo pra riba de Jararaca
num tendo "valha Nossa Sinhora"
que reverteja o Chanfalho
dispois de ebó Pai do Mato
bater martelo e carranca....
Cabou xerém que era Doce
desse evaneio Imbecil, caô num teve
nem prum café mais "Rápa"
sobrando pro mau malungo('sse aqui mêrmo, Choréu )
o esbregue do ajunte dos cacos:
Porrada toda pra corno
ind'é cangalha da Frôxa
pau nele juda mardirito escroto
que é pra aprendê seu lugar
nessa pocilga-Circo
que esmaga em riba de Mim
o carma esquerdo, Mardito_______
Toda semana
é sempre Quarta nos sete dias
daquelas cinzas bem Roucas
e como disse um dos (poucos) amigos
(prenda mais frágil e Parca):
"___Em hipótese Alguma
serão aceitas devoluções."
Paulão meu rei,
cê tá Certo.
Irmã de Sopro(Para minha irmã Débora Nascimento)
Porque te amo, irmãzinha
sei dizer Não.
Precisava
marajanguava de Sapiência
uns arrepês de sorbonne
e perigava ter que dizer
que nem socrácio malenrustido
porém Demais na interança
da própria Crassa burrice:
___ Porquê te amo irmãzinha,
saber direito
sei Não.
Talvez
seja fatura de carma
uns jabregâncio' de passadas vidas
talvez seja um coscós
de arrulho credo Deus Padre
mais cabrelês de Xangô, talvez
a zona Norte que nos pariu tu e eu
talvez....
Talvez
seja o cascalho bagulho
da mesma Pedra onde rancamos o pão
com sangue choro e raivência,
será?.... Saber dizer
num sei não, mas Sei
dizer que amo tu
(imbora aos tranco', burraldo),
irmã de mor mais Querência
Talvez que nem mesmo seja
o som do tal do Fagote
que a gente É
(xodó dos anjos segundo viu
Jaime Ovalle
nos seus cabraques de breja),
talvez que nem mesmo ele
valide explicância
"prêsse" xodó
que em nós mandinga é pra Muito
e vão pralém de mais Vida
Só sei que sei Dessaber
o tal dos noves porquês
de cientismo, de estuques
e mais de blás quás quás quás______
Pra vida agora e pra morte
eu grito em tudo que é tom
quartitom, multitom
Te amo e muito, irmãzinha !!!
Talvez porquê, o saibam Deus, o Cramulha
anjos Virgem Xangô.
Eu - que não passo de Espirro
de jequié de tatu_______
só digo, humilde, mas Louco
o catecismo adirônzio:
Porque te amo Irmãzinha
te juro em mar Poxoréu: Saber direito
sei Não. Mas te amo, e muito.
Assim Mêrmo.
sei dizer Não.
Precisava
marajanguava de Sapiência
uns arrepês de sorbonne
e perigava ter que dizer
que nem socrácio malenrustido
porém Demais na interança
da própria Crassa burrice:
___ Porquê te amo irmãzinha,
saber direito
sei Não.
Talvez
seja fatura de carma
uns jabregâncio' de passadas vidas
talvez seja um coscós
de arrulho credo Deus Padre
mais cabrelês de Xangô, talvez
a zona Norte que nos pariu tu e eu
talvez....
Talvez
seja o cascalho bagulho
da mesma Pedra onde rancamos o pão
com sangue choro e raivência,
será?.... Saber dizer
num sei não, mas Sei
dizer que amo tu
(imbora aos tranco', burraldo),
irmã de mor mais Querência
Talvez que nem mesmo seja
o som do tal do Fagote
que a gente É
(xodó dos anjos segundo viu
Jaime Ovalle
nos seus cabraques de breja),
talvez que nem mesmo ele
valide explicância
"prêsse" xodó
que em nós mandinga é pra Muito
e vão pralém de mais Vida
Só sei que sei Dessaber
o tal dos noves porquês
de cientismo, de estuques
e mais de blás quás quás quás______
Pra vida agora e pra morte
eu grito em tudo que é tom
quartitom, multitom
Te amo e muito, irmãzinha !!!
Talvez porquê, o saibam Deus, o Cramulha
anjos Virgem Xangô.
Eu - que não passo de Espirro
de jequié de tatu_______
só digo, humilde, mas Louco
o catecismo adirônzio:
Porque te amo Irmãzinha
te juro em mar Poxoréu: Saber direito
sei Não. Mas te amo, e muito.
Assim Mêrmo.
Quadrinha, n° 2
Sopeso enxó de Infalência
a gente esbarra nas calçadas esquinas
que marunvigem diabança a quatro
Cabou de novo eleição
bora fazer de conta:
Uns tantos dois três quatranos
quem vai lembrar do mardito
do cabra pra vereadô
que a gente pôs nos palácio????
a gente esbarra nas calçadas esquinas
que marunvigem diabança a quatro
Cabou de novo eleição
bora fazer de conta:
Uns tantos dois três quatranos
quem vai lembrar do mardito
do cabra pra vereadô
que a gente pôs nos palácio????
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Catende
Cinzalha bem-vinda, à Beça:
Sobre Catende no céu por Tudo
azul-da-Morte escafede,
a gente ouve trombones
cantando chuva ali Rente:
Manguaça de aguança a esparramar chão Molhado
onde esturriques banzaram Craca
por tempo demais da conta
A Graça é dele seu Ciço,
meu bom Padim_____
que andou pedindo pra Virgem
botasse os olhos de Mãe
no povo que andou de Muito
dotô de mor-Disgracença....
Sobre Catende no céu por Tudo
azul-da-Morte escafede,
a gente ouve trombones
cantando chuva ali Rente:
Manguaça de aguança a esparramar chão Molhado
onde esturriques banzaram Craca
por tempo demais da conta
A Graça é dele seu Ciço,
meu bom Padim_____
que andou pedindo pra Virgem
botasse os olhos de Mãe
no povo que andou de Muito
dotô de mor-Disgracença....
domingo, 28 de outubro de 2012
Bulgária(Ao amigo Augusto Guimaraens Cavalcanti)
Passando
sobre as rabugens do Tempo
e dos trombones que as nuvens
mandinguem na traquinagem:
Viscondeamóspirajando
a gente saca das mangas
uns lautréamont de bulgárias,
bulgárias, bulgárias Muitas
que façam Bulgária-Só
como era desde o Princípio
antes até do Fla X Flu e do Nada....
Onde carvalhos pelo campo Aberto
sejam caraças de assomado Apronto
pruns batuquês merecidos
regados em pinga e breja,
que ele, Carvalho Campos
merece bem Fuzuê
escrito com sete letras
e tintas vivas de Sangue.
sobre as rabugens do Tempo
e dos trombones que as nuvens
mandinguem na traquinagem:
Viscondeamóspirajando
a gente saca das mangas
uns lautréamont de bulgárias,
bulgárias, bulgárias Muitas
que façam Bulgária-Só
como era desde o Princípio
antes até do Fla X Flu e do Nada....
Onde carvalhos pelo campo Aberto
sejam caraças de assomado Apronto
pruns batuquês merecidos
regados em pinga e breja,
que ele, Carvalho Campos
merece bem Fuzuê
escrito com sete letras
e tintas vivas de Sangue.
Evocação do Recife(À Memória de minha Mãe)
Manhã por Si, porque
mais guapa de Sol
no bairro de Santo Amaro,
eram trolós de infância
ali mais linda em janeiro
Depois jacis, macaxêras
jaboticaba e jambão nos fundos da casa Antiga,
velha de ter assistido Manuel Bandeira
brincando de coelho-Sai, casa
da tia-avó Professora
que foi mãe-Grande da minha....
A gente em só Cabrobrices
brincando de esconder na antiga casa de telhas
(sargento Julião que ajudava,
não via o mais que Podia....)
ninguém ali não pensava
no general-Cavalo que andava em Brasília
cagando Redondo, no barbicucho maluco
que andava pondo fogo em São Paulo
(e que meu tio-avô queria muito
ver lhe "rancarem o couro no xilindró")
ninguém falava Anistia(e que pra mim era nome de comprimido)
nem discutia o Feijão, e a gente, menino-Tanto
cabriolava no parque da Treze de Maio,
minha mãe-Bonita ali junto, Siva, a escudeira
também
de noite era Bandeira de novo
na boca da tia-avó
lembrando o Capiberibe
de "sustenido e bemol", na mesma boca, dois nomes:
"CapibAribe", e se ria.... e a gente brincava mesmo
de contar vagalume
antes que o sono soprasse.....
a gente bem sim, queria
um sono leve ligeiro
que desaguasse em manhã
mais guapa, de Novamentes....
mais guapa de Sol
no bairro de Santo Amaro,
eram trolós de infância
ali mais linda em janeiro
Depois jacis, macaxêras
jaboticaba e jambão nos fundos da casa Antiga,
velha de ter assistido Manuel Bandeira
brincando de coelho-Sai, casa
da tia-avó Professora
que foi mãe-Grande da minha....
A gente em só Cabrobrices
brincando de esconder na antiga casa de telhas
(sargento Julião que ajudava,
não via o mais que Podia....)
ninguém ali não pensava
no general-Cavalo que andava em Brasília
cagando Redondo, no barbicucho maluco
que andava pondo fogo em São Paulo
(e que meu tio-avô queria muito
ver lhe "rancarem o couro no xilindró")
ninguém falava Anistia(e que pra mim era nome de comprimido)
nem discutia o Feijão, e a gente, menino-Tanto
cabriolava no parque da Treze de Maio,
minha mãe-Bonita ali junto, Siva, a escudeira
também
de noite era Bandeira de novo
na boca da tia-avó
lembrando o Capiberibe
de "sustenido e bemol", na mesma boca, dois nomes:
"CapibAribe", e se ria.... e a gente brincava mesmo
de contar vagalume
antes que o sono soprasse.....
a gente bem sim, queria
um sono leve ligeiro
que desaguasse em manhã
mais guapa, de Novamentes....
Guajaramim
Manhã no império
dos sensoramas diluviários e mais varais
onde os relógios Dependurados refletem
um sol Violeta, as avenidas despencam
no espaço de meus ouvidos, mais longe a Serra dos Martírios
cabendo toda nos bolsos
dos querubins, apóstolos não se decidem:
Subir ou não o carnembê dizimário....
Ausente há muito de Antares
meus olhos, doentes de Mundo
não mais esperam retorno à transparência dos curumins
o festeréu dos erês também caiu das janelas
no alto da Central do Brasil, desanoiterças
de bebedeira onde elas todas, as Brejas,
acoitam meus Zabelês
num catifundo muquifo_______
deixando abraços e salameques
dependurados junto dos relógios....
dos sensoramas diluviários e mais varais
onde os relógios Dependurados refletem
um sol Violeta, as avenidas despencam
no espaço de meus ouvidos, mais longe a Serra dos Martírios
cabendo toda nos bolsos
dos querubins, apóstolos não se decidem:
Subir ou não o carnembê dizimário....
Ausente há muito de Antares
meus olhos, doentes de Mundo
não mais esperam retorno à transparência dos curumins
o festeréu dos erês também caiu das janelas
no alto da Central do Brasil, desanoiterças
de bebedeira onde elas todas, as Brejas,
acoitam meus Zabelês
num catifundo muquifo_______
deixando abraços e salameques
dependurados junto dos relógios....
Elegia(À memória de Mário de Sá-Carneiro)
Luar
sobre interâncias de Foi,
pontes sem fim de Abísmicas, paúra
de me saber Desespelhos
onde os aléns Partidos.... de Tenebruras
confins à salas Vazias como em Laguna
a retirada Triste....
Heráldico de Mim
sou fervuras de bronzes-Ânsia,
viramãs longitudes, as náuseas
descalçam Verbos de meus arrestos de Fuga,
portões sobre os congás-Crepúsculos....
tão mais de Ferro!
sobre interâncias de Foi,
pontes sem fim de Abísmicas, paúra
de me saber Desespelhos
onde os aléns Partidos.... de Tenebruras
confins à salas Vazias como em Laguna
a retirada Triste....
Heráldico de Mim
sou fervuras de bronzes-Ânsia,
viramãs longitudes, as náuseas
descalçam Verbos de meus arrestos de Fuga,
portões sobre os congás-Crepúsculos....
tão mais de Ferro!
Serraxo
Na trempe da Grajaú, levando os lábios Inúteis
pro quarto em Jacarepaguá.
Por sobre a serra os trombones,
temporal Macanudo
lambendo a carne das árvores.
Assim mesmo três rocinantes
comem do morro próximo, gramácia
com molho d´água.
Ventaço assim laterálio
fungando arrêsto na van,
o motorista diz qualquer blague sobre São Pedro
que não tem graça Nenhuma, a gente reza
pelas pastilhas de freio, lá fora a bateria da Portela
se junta à trombonada maciça
o turumbamba completo acochambrando a moçada
num medo só, tirante eu,
chicabrunco:
Lhes digo o porquê, rapazes
o cabra aqui desde Sempre
sambança de rombo-Só
trinta e seis tantos de arrulho
lábios Inúteis, sancho-Arremedo
voltando Seco pro quarto
que Nunca não viu mulher. Talvez mió
a Breca.
pro quarto em Jacarepaguá.
Por sobre a serra os trombones,
temporal Macanudo
lambendo a carne das árvores.
Assim mesmo três rocinantes
comem do morro próximo, gramácia
com molho d´água.
Ventaço assim laterálio
fungando arrêsto na van,
o motorista diz qualquer blague sobre São Pedro
que não tem graça Nenhuma, a gente reza
pelas pastilhas de freio, lá fora a bateria da Portela
se junta à trombonada maciça
o turumbamba completo acochambrando a moçada
num medo só, tirante eu,
chicabrunco:
Lhes digo o porquê, rapazes
o cabra aqui desde Sempre
sambança de rombo-Só
trinta e seis tantos de arrulho
lábios Inúteis, sancho-Arremedo
voltando Seco pro quarto
que Nunca não viu mulher. Talvez mió
a Breca.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Maruê
Dizer desse esperanto Bruto
irmão do inverso da Cinza,
e que guardo no peito:
Andorinhanças, malabarices
dum marginálio Imagista
que se recusa a dar as costas ao Sonho,
inda que tarde a Manhã, e os automóveis
rujam nos pesadelos seus palantins
do Demônio
Espero o canto da trombeta
quando aguaçais passarão
lavando as partes de baixo
dos filhos dos homens, e o estandarte do Hóspede
aparecer de uma a outra ponta do céu_______
Serafins recolherão meus ouvidos,
meus olhos, não Serei mais
e novos sons de pianos arrulharão
nas planícies da Terra
nascida Nova, do sopro dos Três Primeiros.
irmão do inverso da Cinza,
e que guardo no peito:
Andorinhanças, malabarices
dum marginálio Imagista
que se recusa a dar as costas ao Sonho,
inda que tarde a Manhã, e os automóveis
rujam nos pesadelos seus palantins
do Demônio
Espero o canto da trombeta
quando aguaçais passarão
lavando as partes de baixo
dos filhos dos homens, e o estandarte do Hóspede
aparecer de uma a outra ponta do céu_______
Serafins recolherão meus ouvidos,
meus olhos, não Serei mais
e novos sons de pianos arrulharão
nas planícies da Terra
nascida Nova, do sopro dos Três Primeiros.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Mumburama
Minha praça tem palmeiras
desidratadas malsãs
onde gatões vagabundos
enxotam os últimos pássaros,
depois que os gases de São Paulo
mataram todos os outros
também tem gente na praça
manguaça à vera, pinguça
A Virgem chora de Triste,
o mundo a carne o Cramulha
contam delúbios nos dedos
enquanto uns outros morrentes
descem ladeira, direção dos Quintos:
Um tudo foz-Mumburama
e os homens errando a porta
que vai pra Maracangalha.....
desidratadas malsãs
onde gatões vagabundos
enxotam os últimos pássaros,
depois que os gases de São Paulo
mataram todos os outros
também tem gente na praça
manguaça à vera, pinguça
A Virgem chora de Triste,
o mundo a carne o Cramulha
contam delúbios nos dedos
enquanto uns outros morrentes
descem ladeira, direção dos Quintos:
Um tudo foz-Mumburama
e os homens errando a porta
que vai pra Maracangalha.....
Cantiga
Nuvens claras nos olhos,
tarde Esparsa, malunga:
Se espalhe o Rubro
em pátinas mais Infinitas
sobre naus Quirinãs, inteiro um Mar
pelas janelas-Alma, aquele sol
mais farto, de Infinitamentes ....
E lá meus cimos de Norte
lá mais gêneses-Rios,
vinhas, báculos-Sonho_____
Meu verso Avesso refaça
o chão dos pássaros.
Sempre.
tarde Esparsa, malunga:
Se espalhe o Rubro
em pátinas mais Infinitas
sobre naus Quirinãs, inteiro um Mar
pelas janelas-Alma, aquele sol
mais farto, de Infinitamentes ....
E lá meus cimos de Norte
lá mais gêneses-Rios,
vinhas, báculos-Sonho_____
Meu verso Avesso refaça
o chão dos pássaros.
Sempre.
Quadrinha
Na minha terra tem dança
tem cabrolós, macaxêra
cambinda, pemba Aruanda
e mais açús Sabiás
Na minha terra tem mares
areias morros amores
carnália nos fevereiros:
sambança à beça nas coxas_______
Na minha terra tão vasta
tão verde alegre festuda
só falta "mêrmo" uns roncós
de vergonhança em Brasília....
tem cabrolós, macaxêra
cambinda, pemba Aruanda
e mais açús Sabiás
Na minha terra tem mares
areias morros amores
carnália nos fevereiros:
sambança à beça nas coxas_______
Na minha terra tão vasta
tão verde alegre festuda
só falta "mêrmo" uns roncós
de vergonhança em Brasília....
Fim de Noite
Era uma vez Caio Amaro
que amando se Desmontara:
No mesmo bar Vinte de Novembro
do morredor João Gostoso
dançou bebeu gargalhou
e vai, depois se jogou
do Vão Central pras cucuias
Deixou com o chofer do táxi
um envelope fechado
com cinco notas de cem
mais um bilhete e o anel
do casamento desfeito
Jornais deram depois:
Que os policiais da viatura inda tentaram extorquir
o taxista assustado_______
A sociedade mais uma vez achou uma barbaridade
e foi dormir.
que amando se Desmontara:
No mesmo bar Vinte de Novembro
do morredor João Gostoso
dançou bebeu gargalhou
e vai, depois se jogou
do Vão Central pras cucuias
Deixou com o chofer do táxi
um envelope fechado
com cinco notas de cem
mais um bilhete e o anel
do casamento desfeito
Jornais deram depois:
Que os policiais da viatura inda tentaram extorquir
o taxista assustado_______
A sociedade mais uma vez achou uma barbaridade
e foi dormir.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Araxando
As três mulheres do sabonete
são doze estátuas
vestidas de musgo Antigo
nos quatro braços
do rio Primeiro
Na serra da Mantiqueira
abri clareira matunga
vi lá embaixo as portas da cidade
abertas
para a Estrela da Tarde
um cheiro muiraquitã
e as índias ocidentais, seus oceanos
onde foi Verbo o Demônio,
e todo o Tempo deu cinco horas_______
Levanto de minha sede e fome
são pontes de jade os meu olhos,
tão Parecis,
na página aberta sobre relâmpagos,
irmãos da chuva
mais Nínive.
são doze estátuas
vestidas de musgo Antigo
nos quatro braços
do rio Primeiro
Na serra da Mantiqueira
abri clareira matunga
vi lá embaixo as portas da cidade
abertas
para a Estrela da Tarde
um cheiro muiraquitã
e as índias ocidentais, seus oceanos
onde foi Verbo o Demônio,
e todo o Tempo deu cinco horas_______
Levanto de minha sede e fome
são pontes de jade os meu olhos,
tão Parecis,
na página aberta sobre relâmpagos,
irmãos da chuva
mais Nínive.
domingo, 21 de outubro de 2012
Antífona do Arco, n. 3
As ruas acesas
pelo Mar na janela:
Mulheres nuas na avenida chile,
infâncias despenteadas
de Narizinho e Visconde.
Na fonte da música
não mais a concha das manhãs
abrindo portas aos Mundos:
Aves elétricas levaram o Hóspede
pra longe do coração dos homens.
Vejo o sumiço do Tempo
em monumentos de plástico,
estou preso a meu corpo,
fardo de barro e carvão_______
A tempestade aparece,
sacode os ombros, sorri:
Ai dos friburgos e bumbas
sozinhos sobre o horizonte
sem trevos de quatro folhas.
pelo Mar na janela:
Mulheres nuas na avenida chile,
infâncias despenteadas
de Narizinho e Visconde.
Na fonte da música
não mais a concha das manhãs
abrindo portas aos Mundos:
Aves elétricas levaram o Hóspede
pra longe do coração dos homens.
Vejo o sumiço do Tempo
em monumentos de plástico,
estou preso a meu corpo,
fardo de barro e carvão_______
A tempestade aparece,
sacode os ombros, sorri:
Ai dos friburgos e bumbas
sozinhos sobre o horizonte
sem trevos de quatro folhas.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Visões de São Mármaro, nº 5
E te apresento a água, que Narciso
chamou de Espelho, e por ele
marcharam séculos.
Te olharás como se nunca Antes,
antes do Arrebatamento
que acenderá os candelabros
do Fim______
e que voltemos, tu e eu
do pó onde dormimos o Sono
Chuvas cantem de novo sobre as montanhas
precedidas por trovões arautos,
minotauros velozes.
Assim retorne o pássaro, o cântaro,
a estátua de pedra
para dentro do poeta futuro
ainda no velocípede
Como ao princípio
eram os primeiros Três
falando Tarde e Manhã
antes do espaço e do tempo,
das trompas do clarão Primeiro.
chamou de Espelho, e por ele
marcharam séculos.
Te olharás como se nunca Antes,
antes do Arrebatamento
que acenderá os candelabros
do Fim______
e que voltemos, tu e eu
do pó onde dormimos o Sono
Chuvas cantem de novo sobre as montanhas
precedidas por trovões arautos,
minotauros velozes.
Assim retorne o pássaro, o cântaro,
a estátua de pedra
para dentro do poeta futuro
ainda no velocípede
Como ao princípio
eram os primeiros Três
falando Tarde e Manhã
antes do espaço e do tempo,
das trompas do clarão Primeiro.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Mensáleis
Pontaço de batmacumba________
essa pancrácia da safada trupe
banzando solta
sobre a nação desarmada:
Grana pública indo parar no esfíncter
dos mensaleiros da pátria,
história velha(pra alguns):
Vem desde lá dos Antanhos,
das caravelas, Derramas,
passando pelos barões do império
até os tucanos de terno
e alguns torneiros
de São Bernardo do Campo....
Fazendo contas
dá quinhentos anos
mais uns delúbios de troco_______
o tempo se encarregando
de trocar as Matilhas....
essa pancrácia da safada trupe
banzando solta
sobre a nação desarmada:
Grana pública indo parar no esfíncter
dos mensaleiros da pátria,
história velha(pra alguns):
Vem desde lá dos Antanhos,
das caravelas, Derramas,
passando pelos barões do império
até os tucanos de terno
e alguns torneiros
de São Bernardo do Campo....
Fazendo contas
dá quinhentos anos
mais uns delúbios de troco_______
o tempo se encarregando
de trocar as Matilhas....
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Andaime, n.1
Caos de urim-Cascalho
em céu de Outubro sem brigadeiro:
Meus zabelês não mais os portos de Lisboa,
o passaredo se espanta, assiste reizados
das últimas caravelas.....
A tempestade açambarca
os mortos das doze Tróias,
inclusa a Cruz
onde me Cáucaso.
No abaeté chega a noite
banzando um tango argentino,
onde leões sem Juba saltam da Página
gris de ossanha Achureio:
Mundo anda matando orixás,
homens indo pro Beleléu
depois.
em céu de Outubro sem brigadeiro:
Meus zabelês não mais os portos de Lisboa,
o passaredo se espanta, assiste reizados
das últimas caravelas.....
A tempestade açambarca
os mortos das doze Tróias,
inclusa a Cruz
onde me Cáucaso.
No abaeté chega a noite
banzando um tango argentino,
onde leões sem Juba saltam da Página
gris de ossanha Achureio:
Mundo anda matando orixás,
homens indo pro Beleléu
depois.
domingo, 30 de setembro de 2012
Gares(ou "Filé à Oswald")
INFÂNCIA
O Méier
As rolimãs
O picapau amarelo
No Sarriá, chororô
ADOLESCÊNCIA
Aquele amor....
foi NUNCA.
MATURIDADE
O fagote
O verso, Avesso
20.000 ceps funâmbulos
O Méier
As rolimãs
O picapau amarelo
No Sarriá, chororô
ADOLESCÊNCIA
Aquele amor....
foi NUNCA.
MATURIDADE
O fagote
O verso, Avesso
20.000 ceps funâmbulos
sábado, 29 de setembro de 2012
Poslúdio
Mundo, por tuas praças retintas passam mercês
vestidas em quarta-feira,
seguindo gosto de Luto
após a morte das flores.
Desandam pontes sobre céus
já saturados pelos edifícios,
segue apagada a lamparina do Encanto
nos anjos mortos desde o grande Crepúsculo
já tênue nos baroléus da Memória,
onde repousa Emaús
em velha estrada emboaba.
Coelhos dançam num sânscrito
teu calabouço de cinco taças, Mundo,
Caronte espreita por trás
de espelhos presos nos olhos,
e nunca mais os túneis
darão canções da Manhã
para as milhares de sombras
despidas de mares, Intermináveis
um dia.
Três águias recolhem os homens
de sobre as horas Restantes_______
a Virgem Branca apaga as últimas árvores,
entre o silêncio dos telefones.
vestidas em quarta-feira,
seguindo gosto de Luto
após a morte das flores.
Desandam pontes sobre céus
já saturados pelos edifícios,
segue apagada a lamparina do Encanto
nos anjos mortos desde o grande Crepúsculo
já tênue nos baroléus da Memória,
onde repousa Emaús
em velha estrada emboaba.
Coelhos dançam num sânscrito
teu calabouço de cinco taças, Mundo,
Caronte espreita por trás
de espelhos presos nos olhos,
e nunca mais os túneis
darão canções da Manhã
para as milhares de sombras
despidas de mares, Intermináveis
um dia.
Três águias recolhem os homens
de sobre as horas Restantes_______
a Virgem Branca apaga as últimas árvores,
entre o silêncio dos telefones.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Nevoências(À memória de Mário de Sá-Carneiro. Para Gabriela)
Esboço de sol, Longínquo
esbarra nas janelas
dum todo-Outono agora em Cerne
de Mim, folhagem
órfã de árvores Extintas....
Onde choveu pela noite
assim será de manhã_______
nas avenidas um destrambelho
de um tráfego formado pelo sangue
dos Santos, onde no céu
perdeu-se a estrela de me Encontrar....
São mais esteves-sem-metafísica
as cabeças decotadas de seus Jardins,
andando em roupas de mármore
por sobre pedras
onde um grito: Silêncio.
esbarra nas janelas
dum todo-Outono agora em Cerne
de Mim, folhagem
órfã de árvores Extintas....
Onde choveu pela noite
assim será de manhã_______
nas avenidas um destrambelho
de um tráfego formado pelo sangue
dos Santos, onde no céu
perdeu-se a estrela de me Encontrar....
São mais esteves-sem-metafísica
as cabeças decotadas de seus Jardins,
andando em roupas de mármore
por sobre pedras
onde um grito: Silêncio.
Cidade dos Homens(Para o amigo Erick Moraes)
Cidade dos homens:
O calendário vestido
em quarta-feira e Cinzalha.
As avenidas fumam petróleo enlatado,
pescoços braços e pernas batem cabeça
num trânsito regido
pelo dragão da maldade.
Quando anoitece
várias estrelas faltam ao trabalho
(vento sopra uns trombones de chuva Próxima)
e os trens retornam para os subúrbios
levando quem não se acaba de Morrer.
O calendário vestido
em quarta-feira e Cinzalha.
As avenidas fumam petróleo enlatado,
pescoços braços e pernas batem cabeça
num trânsito regido
pelo dragão da maldade.
Quando anoitece
várias estrelas faltam ao trabalho
(vento sopra uns trombones de chuva Próxima)
e os trens retornam para os subúrbios
levando quem não se acaba de Morrer.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
República(Poeminha-Piada, e dedicado ao amigo Luis Turiba)
Seu Dodorão marechal
era talvez o cara mais império
de la paróquia(pelo menos assim rezava
a cartilha do Barão da Taquara,
na terra dos Jacarés).
Pois Dororão marechal
juntou carnês cabedais
mangou dos laços mais fundos
e dos tratados de compadrício:
Correu com a laia azulada
dos palacetes reais
sentando pau nos cabraques
armando cama e Furdunço
pros outros mais marechais
Do imperadô depois do sossôbro
num sobrou isca de barba______
A história entrando no pé do pinto
levando junto a maravalha toda.
era talvez o cara mais império
de la paróquia(pelo menos assim rezava
a cartilha do Barão da Taquara,
na terra dos Jacarés).
Pois Dororão marechal
juntou carnês cabedais
mangou dos laços mais fundos
e dos tratados de compadrício:
Correu com a laia azulada
dos palacetes reais
sentando pau nos cabraques
armando cama e Furdunço
pros outros mais marechais
Do imperadô depois do sossôbro
num sobrou isca de barba______
A história entrando no pé do pinto
levando junto a maravalha toda.
domingo, 2 de setembro de 2012
Aruandá
Omada-yá.
Cabeleirices de Belesfaura
a se esfumar no poente
pós um crepúsculo no Alemão,
onde as crianças Dormem pela primeira vez
em cento e vinte anos de república.
Adiante no Vidigal:
Um vaso rosa Aparece no muro mais alto,
ainda à espera
dos girassóis de Setembro. Pelas vielas
a gira das assembléias -
Omada-yá - pretos velhos sacodem pombas
à espera da moça de guarda-chuva
andando entre as palmeiras do Império
a bolsa azul trazendo estrelas filhotes
futura estrada onde os cavalos do Hóspede_____
exércitos pro fim do mundo:
Omada-yás obladás
de enfim bandós de Aruanda.
Cabeleirices de Belesfaura
a se esfumar no poente
pós um crepúsculo no Alemão,
onde as crianças Dormem pela primeira vez
em cento e vinte anos de república.
Adiante no Vidigal:
Um vaso rosa Aparece no muro mais alto,
ainda à espera
dos girassóis de Setembro. Pelas vielas
a gira das assembléias -
Omada-yá - pretos velhos sacodem pombas
à espera da moça de guarda-chuva
andando entre as palmeiras do Império
a bolsa azul trazendo estrelas filhotes
futura estrada onde os cavalos do Hóspede_____
exércitos pro fim do mundo:
Omada-yás obladás
de enfim bandós de Aruanda.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Ábaco(In Veteris Forma - À memória de Mário de Sá-Carneiro)
Às vagas do não conter-Me_______
Imensas, fartas, tão Diluviais______
Avulta agora um lembrar
de quanto pode em seus arnês-Deserto
a lua Negra e seus dragões
subsequentes.....
Erguer-se a brisa sem tugirem folhas.....
Pairar de abelhas onde NÃO as flores.....
E tudo em roda a primavera Finda
como se o ferro dessas nuvens grossas
assim Fosse desque Mundo o mundo.....
Assim meus passos num caracolejo,
de orixás descalços de benguês, Monções
Eu não sou nem fui, nem me Serei_____
pelo contrário_____imenso mar
de malefício Vário
ancora agora em noitescências Maiúsculas,
um cio de "Sempre"
a se mexer nas sombras Infindáveis....
Imensas, fartas, tão Diluviais______
Avulta agora um lembrar
de quanto pode em seus arnês-Deserto
a lua Negra e seus dragões
subsequentes.....
Erguer-se a brisa sem tugirem folhas.....
Pairar de abelhas onde NÃO as flores.....
E tudo em roda a primavera Finda
como se o ferro dessas nuvens grossas
assim Fosse desque Mundo o mundo.....
Assim meus passos num caracolejo,
de orixás descalços de benguês, Monções
Eu não sou nem fui, nem me Serei_____
pelo contrário_____imenso mar
de malefício Vário
ancora agora em noitescências Maiúsculas,
um cio de "Sempre"
a se mexer nas sombras Infindáveis....
sábado, 4 de agosto de 2012
Macambira
Paúra de me saber Desespelhos
nessa interface de hospitais da Posse______
Mãos trançadas em pó,
escadarias de castelos Extintos,
as cortinas a escorrerem sangue pelos degraus
enquanto um Cinza lá fora é mais Cartago
sob as sandálias de Mário, onde o Escambau
dos lábios murchos de Hora,
mais crepúsculos-Ferro.....
Um anjo percorre o céu,
trombetas falam de cimento e lágrima,
demônios grandes se escondem
por trás de nuvens de bronze,
os torreões de petróleo
banzando um rancharéu dos Infernos.....
Balaio bão balalão
rogai por nós Mequetrefes
agora e em nossos asfaltos,
amarra assim Barregã
dum todo corpo Morrente.....
nessa interface de hospitais da Posse______
Mãos trançadas em pó,
escadarias de castelos Extintos,
as cortinas a escorrerem sangue pelos degraus
enquanto um Cinza lá fora é mais Cartago
sob as sandálias de Mário, onde o Escambau
dos lábios murchos de Hora,
mais crepúsculos-Ferro.....
Um anjo percorre o céu,
trombetas falam de cimento e lágrima,
demônios grandes se escondem
por trás de nuvens de bronze,
os torreões de petróleo
banzando um rancharéu dos Infernos.....
Balaio bão balalão
rogai por nós Mequetrefes
agora e em nossos asfaltos,
amarra assim Barregã
dum todo corpo Morrente.....
Mulher
A última estrela
foge do céu, merecido sono
à espera. A eternidade
abre teus olhos escuros,
retornas de Aldebaran, despertas.
Manhã jorra sobre o teu leito
primeiros pássaros, Oboés.
Aos poucos o sol espreguiça os braços
pelo teu quarto.
Recebe meu pasmo e bom-dia, mulher
desde onde tapetes submarinos
fabricam nuvens aos céus antigos.
foge do céu, merecido sono
à espera. A eternidade
abre teus olhos escuros,
retornas de Aldebaran, despertas.
Manhã jorra sobre o teu leito
primeiros pássaros, Oboés.
Aos poucos o sol espreguiça os braços
pelo teu quarto.
Recebe meu pasmo e bom-dia, mulher
desde onde tapetes submarinos
fabricam nuvens aos céus antigos.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Kodáquirim(Ao amigo Luis Turiba)
Pensão burguesa em Jacarepaguá.
No jardinzinho as espreguiçadeiras
com gente derretendo em cima,
como os relógios do catalão Birutê
aliás ali na parede,
corredor de entrada.
As flores fucham remurcham
conforme os dias-estirões sem chuva
(São Pedro anda esquecido
de abrir o registro). O velho que traz o leite
é o mesmo cara
que foi um dia o moço do leite.
A estrada velha
(a mesma dos condôs de tropa)
hoje tem nome de mário
e nela as pernas brancas nêgas amarelas
surfaram bonde nuns anos cármicos
pra mais de Metro, no tempo
do retrato do Velho.
Hoje bonde num Tem,
num tem mais choro nem vela,
Getúlio em pose não mais
que o samba é só Rabichança
pelo operário sem-dedo
e o novo tanto de gente
dum tempo agora Malungo.
Mas
a pensão Continua,
solene velhusca Viva
no arrastapé da procissão Carioca. Querendo,
te levo lá.
No jardinzinho as espreguiçadeiras
com gente derretendo em cima,
como os relógios do catalão Birutê
aliás ali na parede,
corredor de entrada.
As flores fucham remurcham
conforme os dias-estirões sem chuva
(São Pedro anda esquecido
de abrir o registro). O velho que traz o leite
é o mesmo cara
que foi um dia o moço do leite.
A estrada velha
(a mesma dos condôs de tropa)
hoje tem nome de mário
e nela as pernas brancas nêgas amarelas
surfaram bonde nuns anos cármicos
pra mais de Metro, no tempo
do retrato do Velho.
Hoje bonde num Tem,
num tem mais choro nem vela,
Getúlio em pose não mais
que o samba é só Rabichança
pelo operário sem-dedo
e o novo tanto de gente
dum tempo agora Malungo.
Mas
a pensão Continua,
solene velhusca Viva
no arrastapé da procissão Carioca. Querendo,
te levo lá.
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Estudo em forma de Sono, n° 2(À memória de Mário de Sá-Carneiro)
Nem tudo lance de Incenso, arsênico
por vezes franjado Esquerdo,
as madrugadas de chuva, e eu era
o próprio lado Meu,
mas Insurgente.
Assim
como um chofer de autorama
meus erexins rabiscavando Mundícios
onde a mata nativa andara um Dia,
e que hoje as máquinas do céu
apontam o dedo_______
Um quase tom de Sol abandonado às Nuvens,
agora aos mais Outonos
no retrovisor.
por vezes franjado Esquerdo,
as madrugadas de chuva, e eu era
o próprio lado Meu,
mas Insurgente.
Assim
como um chofer de autorama
meus erexins rabiscavando Mundícios
onde a mata nativa andara um Dia,
e que hoje as máquinas do céu
apontam o dedo_______
Um quase tom de Sol abandonado às Nuvens,
agora aos mais Outonos
no retrovisor.
sábado, 28 de julho de 2012
Poema sobre os Muros do Século
E são
carnésias, Espaços
estrada em que folgadamente
uns atabaques de Outubro
andam dez pássaros na direção
onde o Capão do Bispo sobre o morrote
destila escravos que morrem
Nunca,
embora a Voz do Brasil
siga o discurso do rei
contrário a toda Memória,
porque Paris valia mesmo dez missas,
e eram razões de Estado_________
Que te fiz Eu, meu povo
que te fiz Eu
que deste modo contra Mim te rebelas
danificando as flores, o azeite e o vinho
como hoje se Vê
nos corredores do hospital da Posse.....
E o dragão se pôs em pé
sobre as areias de Ipanema,
os olhos percorrem África_______
ali mesmo,
nos genes mortos desde antes da fundação do Mundo
ainda assim nas redes de vôlei,
nas curvas plenas de sexo,
demônios verdes Depois
levando todos
prum beleléu dos infernos_________
Geraldo Erê Viramundo
capítulo três verso doze
falava desde Ouro Preto
sobre estas cascas de gente
andando sem Óleo nas lamparinas
sem visgo d'Alma nos olhos
vendendo as mães, as irmãs
sob ramadas Castanhas,
o Tempo não dando conta
de fuga à frente do Inverno______
trens retornam vazios
desde o ramal de Treblinka,
gramachos secos Morrentes
e se acabando os braços outrora fortes
bem antes do tempo da velhice.
Meu povo que te fiz Eu
que te fiz Eu meu povo meu povo
meu povo que te Fiz
Eu.
carnésias, Espaços
estrada em que folgadamente
uns atabaques de Outubro
andam dez pássaros na direção
onde o Capão do Bispo sobre o morrote
destila escravos que morrem
Nunca,
embora a Voz do Brasil
siga o discurso do rei
contrário a toda Memória,
porque Paris valia mesmo dez missas,
e eram razões de Estado_________
Que te fiz Eu, meu povo
que te fiz Eu
que deste modo contra Mim te rebelas
danificando as flores, o azeite e o vinho
como hoje se Vê
nos corredores do hospital da Posse.....
E o dragão se pôs em pé
sobre as areias de Ipanema,
os olhos percorrem África_______
ali mesmo,
nos genes mortos desde antes da fundação do Mundo
ainda assim nas redes de vôlei,
nas curvas plenas de sexo,
demônios verdes Depois
levando todos
prum beleléu dos infernos_________
Geraldo Erê Viramundo
capítulo três verso doze
falava desde Ouro Preto
sobre estas cascas de gente
andando sem Óleo nas lamparinas
sem visgo d'Alma nos olhos
vendendo as mães, as irmãs
sob ramadas Castanhas,
o Tempo não dando conta
de fuga à frente do Inverno______
trens retornam vazios
desde o ramal de Treblinka,
gramachos secos Morrentes
e se acabando os braços outrora fortes
bem antes do tempo da velhice.
Meu povo que te fiz Eu
que te fiz Eu meu povo meu povo
meu povo que te Fiz
Eu.
Esboço num Ladrilhó
Os abricós baticuns:
Transbordo ilê butiquim
peraus serões de mais séculos
em voz passada a tamborins
e Serpentes... ainda as árvores de Maio,
primaveras em Praga
e a voz do Leste onde dez mães sentavam
à beira d'água imaginando Nuvens,
calças de filhos de bronze
entre as agulhas nas mãos gigantes.....
Transbordo ilê butiquim
peraus serões de mais séculos
em voz passada a tamborins
e Serpentes... ainda as árvores de Maio,
primaveras em Praga
e a voz do Leste onde dez mães sentavam
à beira d'água imaginando Nuvens,
calças de filhos de bronze
entre as agulhas nas mãos gigantes.....
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Imagem, n° 2
Prum largo longe
em facas flores 'celenças
que mais Irídio em mais Força,
saltérios pontes estradas
andando pelas Memórias
que morrem Nunca....
Na gira das Reticências
as caras do São Francisco:
Um domingo de
candongas moças, dum Tanto
em flor Replantada_______
que ainda se vidro e corte
preciso a Vida
num tranco em Chave
e Tamanho... mais tamborins mais espaço
onde mais árvores-Inás
de Tudo...
em facas flores 'celenças
que mais Irídio em mais Força,
saltérios pontes estradas
andando pelas Memórias
que morrem Nunca....
Na gira das Reticências
as caras do São Francisco:
Um domingo de
candongas moças, dum Tanto
em flor Replantada_______
que ainda se vidro e corte
preciso a Vida
num tranco em Chave
e Tamanho... mais tamborins mais espaço
onde mais árvores-Inás
de Tudo...
Rua da Relação,1938(Estudo em moda brincante)
Bacoro de Pirilango
de então Cangalha seu moço
estado novo à la Carte,
baiana -- se roda toda, a treva
no comecinho ......
juêlho no mio quente
judia pras Alemâncias,
a prensa presa mordida
banido todo Bulício_______
Getúlio de estado novo o Relho
velho por Tudo, bacoro
mal Pirilango: trevura Adulta
pelos cangotes.....
de então Cangalha seu moço
estado novo à la Carte,
baiana -- se roda toda, a treva
no comecinho ......
juêlho no mio quente
judia pras Alemâncias,
a prensa presa mordida
banido todo Bulício_______
Getúlio de estado novo o Relho
velho por Tudo, bacoro
mal Pirilango: trevura Adulta
pelos cangotes.....
Imagem n.1(Rua Cachambi)
Faz frio fez chuva. De dia
era ver noite no céu rombudo escuro igual
futuro de pobre. Ninguém prum café na rua,
que chuva inclusive
sumiu com ele Biguá, cachorro-Mestre mascote
da Cachambi_____bicho de rua nenhum
de mais estrela que Esse: São 32 os donos,
fora os compadres......
Faz frio frio fez chuva
o dia inteiro a começar
desdontem.... no céu rombudo futunço e tudo
um cinza de cinza só......
Marracachorra de chuva
ali banzante, desdontem.
sábado, 21 de julho de 2012
Esboço de paisagem(Pro amigo Daniel Ribas)
Atrás em meu pensamento
o Semeador de Esferas,
chamado Triúno,
gênese das nebulosas
e dos cantares do Fogo,
trânsito entre o sono e a arquitetura,
entre os jardins e a Pedra. Também plangendo na cena
de minhas retinas malucas
os elefantes Pernaltas
e Antônio Bento meu santo(marracachorro que só), vestindo apenas
um mor-Cruzeiro de pau____
marcando chuvas sobre as roseiras
onde é plantado o meio-dia, e mais relógios derretem
nas cercas desse Mundéu.
o Semeador de Esferas,
chamado Triúno,
gênese das nebulosas
e dos cantares do Fogo,
trânsito entre o sono e a arquitetura,
entre os jardins e a Pedra. Também plangendo na cena
de minhas retinas malucas
os elefantes Pernaltas
e Antônio Bento meu santo(marracachorro que só), vestindo apenas
um mor-Cruzeiro de pau____
marcando chuvas sobre as roseiras
onde é plantado o meio-dia, e mais relógios derretem
nas cercas desse Mundéu.
Poema em Cinza
Inás não mais
uns olhos que Fui......
meus esperantos de outrora
andam 'garrando cinzalha,
a Mantiqueira desfeita em Pó
nas estruturas que restam.....
É certo, meus Eus
vão longe dos Aguaçais
pelos jardins de Outubro,
inda esgarçando meus lábios
inúteis Secos jacintos
num quarto amargo
que nunca não viu mulher.....
Desconchavado este nêgo
levando os bagos Inúteis
prum quarto cor de Cinzalha.....
uns olhos que Fui......
meus esperantos de outrora
andam 'garrando cinzalha,
a Mantiqueira desfeita em Pó
nas estruturas que restam.....
É certo, meus Eus
vão longe dos Aguaçais
pelos jardins de Outubro,
inda esgarçando meus lábios
inúteis Secos jacintos
num quarto amargo
que nunca não viu mulher.....
Desconchavado este nêgo
levando os bagos Inúteis
prum quarto cor de Cinzalha.....
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Estudo
Maracangalha, praça principal.
Manhã sacode a soneira assim
num quê mamulengo,
portas num chamegô
prum sol caiado de vermelho e frio
A madrugada sumiu
pra junto do Enxú do Mato,
e das quireras, sacis
mais poxoréus com tudo quanto é de-Medo,
voltam depois, Certezura.
Defronte à praça um buteco,
acaba mesmo de abrir
à espera dos velhos de liforme branco,
chamando pro bucho o desjejum
manjado: Linguiça frita mais uca,
as marteladas nunca menos que dez
banzando à solta apareceu Biguá,
cachorro da rua,
e que tem 32 donos: Balança um rabo sem pêlo
e some na ladeira da esquina,
adonde aponta o turco mascate,
os velhos de olho
nas quinquineras trazidas,
embora os preços sejam de um tipo
que chama rusga e tabefe
Depois depois o banzé
da gente solta nas ruas,
passando à pressa a praça agora animada,
mulheres homens mundéus
desse carrôço de boi
de mais um dia nheim-nheinhando
essa VIDA...
Manhã sacode a soneira assim
num quê mamulengo,
portas num chamegô
prum sol caiado de vermelho e frio
A madrugada sumiu
pra junto do Enxú do Mato,
e das quireras, sacis
mais poxoréus com tudo quanto é de-Medo,
voltam depois, Certezura.
Defronte à praça um buteco,
acaba mesmo de abrir
à espera dos velhos de liforme branco,
chamando pro bucho o desjejum
manjado: Linguiça frita mais uca,
as marteladas nunca menos que dez
banzando à solta apareceu Biguá,
cachorro da rua,
e que tem 32 donos: Balança um rabo sem pêlo
e some na ladeira da esquina,
adonde aponta o turco mascate,
os velhos de olho
nas quinquineras trazidas,
embora os preços sejam de um tipo
que chama rusga e tabefe
Depois depois o banzé
da gente solta nas ruas,
passando à pressa a praça agora animada,
mulheres homens mundéus
desse carrôço de boi
de mais um dia nheim-nheinhando
essa VIDA...
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Margêo!(Pro Ricardo Chacal, e para todos os poetas da "Geração Marginal", dos anos 1970. À memória de Torquato Neto)
Imaginando capetas, quampérius
e todo um novo Horizonte num tempo de generais
e gente sumindo na Barão de Mesquita____
Você, desde a Gávea em 1970
fumburundança de acordes
traçado: Londres - gandaia - praia - palavra - Pulo____
Vambora essa reta Torta!!!
Você, como outros dessa Navilouca
transaram Fala e Palavra
num tempo de sangue e Cale-se
e por se chamarem moços: Estrada
em rés-Ventania____
ligaram o Foda-se ao Máximo
Hoje uns doutores
da Ilha e da avenida wilson(Uns dois ou três -
de torque e talo - Nenhum )
chamam vocês de margeiros,
descartadiços, passáveis, lixografentes,
fáceis.
- Porra Nenhuma!
Cegos são eles.
E passarão, Certezura.
Vocês, erês-Passarinhos
'manhecerão novas Margens,
quampérios, doidos. Capetas. Bangalafuma pra Riba.
E presidindo a Pauleira.
(Pro Ricardo Chacal. E pro Torquato Neto, Charles Peixoto,
Cacaso, Ana Cristina César, Waly Salomão, Paulo Leminski, Alice Ruiz,
Chico Alvim, Tavinho Paes, Luis Turiba, Ronaldo Bastos. Todas as Margens. Escrito sob o impacto
causado pela peça "Uma História à Margem", onde Chacal conta e canta um pouco
da trajetória, dele e do pessoal.Todo o pessoal: manda descer, pra ver filhos de Gandhi.)
e todo um novo Horizonte num tempo de generais
e gente sumindo na Barão de Mesquita____
Você, desde a Gávea em 1970
fumburundança de acordes
traçado: Londres - gandaia - praia - palavra - Pulo____
Vambora essa reta Torta!!!
Você, como outros dessa Navilouca
transaram Fala e Palavra
num tempo de sangue e Cale-se
e por se chamarem moços: Estrada
em rés-Ventania____
ligaram o Foda-se ao Máximo
Hoje uns doutores
da Ilha e da avenida wilson(Uns dois ou três -
de torque e talo - Nenhum )
chamam vocês de margeiros,
descartadiços, passáveis, lixografentes,
fáceis.
- Porra Nenhuma!
Cegos são eles.
E passarão, Certezura.
Vocês, erês-Passarinhos
'manhecerão novas Margens,
quampérios, doidos. Capetas. Bangalafuma pra Riba.
E presidindo a Pauleira.
(Pro Ricardo Chacal. E pro Torquato Neto, Charles Peixoto,
Cacaso, Ana Cristina César, Waly Salomão, Paulo Leminski, Alice Ruiz,
Chico Alvim, Tavinho Paes, Luis Turiba, Ronaldo Bastos. Todas as Margens. Escrito sob o impacto
causado pela peça "Uma História à Margem", onde Chacal conta e canta um pouco
da trajetória, dele e do pessoal.Todo o pessoal: manda descer, pra ver filhos de Gandhi.)
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Madrugada
Madrugada... sem sono
pelos grotões da terra humana,
após rodagens nos canjiraus sem flor
da caça da própria Essência....
Então zircotes cafés
drapezinas de milho rúim
e que se manja assim mesmo,
boiança dos derradeiros
dos trancos Ijuremás
e a seguir trombetança
dos anjos todos - arrulho Ilê
contra os folhais trezemente
dos lamaçais em Brasília....
pelos grotões da terra humana,
após rodagens nos canjiraus sem flor
da caça da própria Essência....
Então zircotes cafés
drapezinas de milho rúim
e que se manja assim mesmo,
boiança dos derradeiros
dos trancos Ijuremás
e a seguir trombetança
dos anjos todos - arrulho Ilê
contra os folhais trezemente
dos lamaçais em Brasília....
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Cajuês
Talqualmente essas preguiças pesadas
do centro de Piraí
o furdunçó do sombrálio
sobre o folhedo ali da praça da república:
Manhã marulha de azul nos olhos da gente
desembolôs Cajuês
dum sol graúdo amarelo
nos socavões da presidente vargas....
Nas Casas Pedro agora uns olhos da China!
Mas o bulício anda mormaço
ainda em tons das arábias_______
Saara-Hagar
resistinindo horizontes
de velhas asas
sem Fecho.
Mas eu mas eu cantarilho
em furdunçós-Cajuês:
Vestindo angola e alecrim
banzando ebós contra os bordões_______
tristuras más, catingôs....
Manhã marulha de azul
sob um sol gordo amarelo:
Tarde evém devagar
trazendo os rubros dos prelúdios noitescentes....
do centro de Piraí
o furdunçó do sombrálio
sobre o folhedo ali da praça da república:
Manhã marulha de azul nos olhos da gente
desembolôs Cajuês
dum sol graúdo amarelo
nos socavões da presidente vargas....
Nas Casas Pedro agora uns olhos da China!
Mas o bulício anda mormaço
ainda em tons das arábias_______
Saara-Hagar
resistinindo horizontes
de velhas asas
sem Fecho.
Mas eu mas eu cantarilho
em furdunçós-Cajuês:
Vestindo angola e alecrim
banzando ebós contra os bordões_______
tristuras más, catingôs....
Manhã marulha de azul
sob um sol gordo amarelo:
Tarde evém devagar
trazendo os rubros dos prelúdios noitescentes....
terça-feira, 5 de junho de 2012
Visões de São Mármaro, nº 4(Para minha irmã Laura Pires)
Num tempo
onde Itabira era um planeta enorme
os homens, fazendeiros do Ar
não tinham prata nem ouro
mas trinta violas nos bolsos
e o mundo de janela aberta
se armava em pássaro e flor
contra os demônios do asfalto:
Pancrácia a louca e demente
inda não era rainha
de espanhas tenebriscentes
Serafins raptavam larápios
de paletós furta-cor
a Itararé inda era ponto de paca
e a Estátua era um menino moreno
brincando no corcovado entre os doutores
nos japerês pé-de-serra
magunços dançavam roda num terreiro benzido
(a praça onze, onde passara o cometa)
e o samba todo apareceu prum mundo
morrente nas trincheiranças
Mas veio depois um mal tempo anoitecendo Tudo,
varrendo as almas num Grito:
Era Itabira dormindo em pedra e parede,
descatembrada dos jardins e Outonos,
num tempo mor de absurdos onde crianças
chamam petróleo de Mãe sob os olhares de babás atômicas
e ternos caros carregam pelas coleiras
restos de homens na avenida rio branco
No entanto lá dos subúrbios inda resiste Esperanto____
Os pretos do Capão do Bispo no Cachambi
berrando ebós capoeiras
e Vassuncristos no espaço:
sopro de mel-Cambaça ,
um tudo-Azul vagalhança
furdunço de gira em roda
Nova, outra vez.
onde Itabira era um planeta enorme
os homens, fazendeiros do Ar
não tinham prata nem ouro
mas trinta violas nos bolsos
e o mundo de janela aberta
se armava em pássaro e flor
contra os demônios do asfalto:
Pancrácia a louca e demente
inda não era rainha
de espanhas tenebriscentes
Serafins raptavam larápios
de paletós furta-cor
a Itararé inda era ponto de paca
e a Estátua era um menino moreno
brincando no corcovado entre os doutores
nos japerês pé-de-serra
magunços dançavam roda num terreiro benzido
(a praça onze, onde passara o cometa)
e o samba todo apareceu prum mundo
morrente nas trincheiranças
Mas veio depois um mal tempo anoitecendo Tudo,
varrendo as almas num Grito:
Era Itabira dormindo em pedra e parede,
descatembrada dos jardins e Outonos,
num tempo mor de absurdos onde crianças
chamam petróleo de Mãe sob os olhares de babás atômicas
e ternos caros carregam pelas coleiras
restos de homens na avenida rio branco
No entanto lá dos subúrbios inda resiste Esperanto____
Os pretos do Capão do Bispo no Cachambi
berrando ebós capoeiras
e Vassuncristos no espaço:
sopro de mel-Cambaça ,
um tudo-Azul vagalhança
furdunço de gira em roda
Nova, outra vez.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Rodopianças
Faltança d'água
nos cinco esboços da Gente
em riba lá da Bahia
aguinha besta que não se Chega,
que chuva é essa de só três vinténs, meu Padim?? E o povo ali Jequié
debaixo de um relho Enorme....
Mas seja Imbira ou São João das Mortes
ou Nova Iguaçu
há sempre Ausência mandando forno e cinzalha,
sempre uns bichos catando a vida nos pátios,
e a gente "meu Deus, e era um homem..."
sempre depois
do brejo inteiro andando em botas de chumbo....
Livros não falam quase
das guilhotinas da Noite
o braço do Blaise Cendrars procura um rosto
nas quintas de São Cristóvão_____
os cinco esboços da gente
dançaram nus, caindo na bola sete
um chope ali no entroncamento em Triagem,
onde os chapims Zabelês
falam das notas de um samba
e inda se escutam batuques
cabaças giras lonjás:
Irapanemas litorais fim de tarde!
Maracangalha olha Nós
licença mundo ê Maduremercadão
que a vida-Mar Carerê!!
nos cinco esboços da Gente
em riba lá da Bahia
aguinha besta que não se Chega,
que chuva é essa de só três vinténs, meu Padim?? E o povo ali Jequié
debaixo de um relho Enorme....
Mas seja Imbira ou São João das Mortes
ou Nova Iguaçu
há sempre Ausência mandando forno e cinzalha,
sempre uns bichos catando a vida nos pátios,
e a gente "meu Deus, e era um homem..."
sempre depois
do brejo inteiro andando em botas de chumbo....
Livros não falam quase
das guilhotinas da Noite
o braço do Blaise Cendrars procura um rosto
nas quintas de São Cristóvão_____
os cinco esboços da gente
dançaram nus, caindo na bola sete
um chope ali no entroncamento em Triagem,
onde os chapims Zabelês
falam das notas de um samba
e inda se escutam batuques
cabaças giras lonjás:
Irapanemas litorais fim de tarde!
Maracangalha olha Nós
licença mundo ê Maduremercadão
que a vida-Mar Carerê!!
Poema Torto
Em frente ao Santos Dumont:
Que diz beijocas adeuses presentinhos
lá dentro, embora as almas sob um sol púrpura
se entendam NÃO. Se bem que um sol
de qualquer cor sobrescidades quaisquer
também Serve, e os homens nos seus cavalos de aço
não saberiam dizê-Lo.
II
Agora já no saguão, tempo
amarra a cara lá fora, primeiras gotas
percutem nos janelões,
Zimbo Trio nos salões da Memória
chovendo pelas roseiras do Tom:
Águas tão mar e Março
e dez metades lembrando
caramanchões coloridos naquela chuva pelos beirais
de outras chuvas-Manhãs, cheiro de terra e de Vida,
a forma pássara mas Carnavália, onde amanhãs amanhãs
indo Amanhãs
ladeira Acima e pra Sempre.
Que diz beijocas adeuses presentinhos
lá dentro, embora as almas sob um sol púrpura
se entendam NÃO. Se bem que um sol
de qualquer cor sobrescidades quaisquer
também Serve, e os homens nos seus cavalos de aço
não saberiam dizê-Lo.
II
Agora já no saguão, tempo
amarra a cara lá fora, primeiras gotas
percutem nos janelões,
Zimbo Trio nos salões da Memória
chovendo pelas roseiras do Tom:
Águas tão mar e Março
e dez metades lembrando
caramanchões coloridos naquela chuva pelos beirais
de outras chuvas-Manhãs, cheiro de terra e de Vida,
a forma pássara mas Carnavália, onde amanhãs amanhãs
indo Amanhãs
ladeira Acima e pra Sempre.
sábado, 2 de junho de 2012
Carvoeiros, nº 2
Os menininhos carvoeiros
ainda assombrando a gente,
por mais que se reze.
Não andam mais 'carvoados,
nem mais apostam corrida
montando burrinhos estrompados:
Agora dividem espaço
com os urubus de Gramacho,
catando a vida entre os detritos.
A tal penúria, anda a mesma.
Ainda a mesma a sujeira_______
das mãos, das caras
do pão comido entre os lixos,
novos "bichos do pátio" - matéria gasta,
que não dá manchete.
Governo diz que se Bole.
Uns jacurangos se mexem.
O resto anda esperando a copa.
ainda assombrando a gente,
por mais que se reze.
Não andam mais 'carvoados,
nem mais apostam corrida
montando burrinhos estrompados:
Agora dividem espaço
com os urubus de Gramacho,
catando a vida entre os detritos.
A tal penúria, anda a mesma.
Ainda a mesma a sujeira_______
das mãos, das caras
do pão comido entre os lixos,
novos "bichos do pátio" - matéria gasta,
que não dá manchete.
Governo diz que se Bole.
Uns jacurangos se mexem.
O resto anda esperando a copa.
Cantiga Mínima
Do enterro que passa ao largo
importa mesmo o que Fica:
Tão Rara a vida, vestida em pássaro e Pressa_______
e o vento leva
junto das folhas da gente
prum "longe"
sem ponto-e-vírgula....
importa mesmo o que Fica:
Tão Rara a vida, vestida em pássaro e Pressa_______
e o vento leva
junto das folhas da gente
prum "longe"
sem ponto-e-vírgula....
sábado, 28 de abril de 2012
Estudo Náuseo
E tudo Tudo___
trança desconchavada,
falta de Erês, Passarinhos
essa mazomba
de encardistância
no afôgo à Forca
onde alguns teimam ver Flor:
A vida_____
madrastamência
de escalavrância
assim futunda,
Fidida.
trança desconchavada,
falta de Erês, Passarinhos
essa mazomba
de encardistância
no afôgo à Forca
onde alguns teimam ver Flor:
A vida_____
madrastamência
de escalavrância
assim futunda,
Fidida.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Carnaval(Para Viviane de Sales)
Sábado dezoito de fevereiro, 2012,
frincha aberta na Porta:
E todo um carnaval
pela marina dos olhos
chamando sol sobre as esquinas da casa,
por sobre os braços antes cabindas
de ferrabrália e tristura.
"....na Serra do Rola-Moça
salvou-se a moça porém...."
É o samba chamando a todos
pelos seus nomes, homens dão-se as mãos,
se esquecem do fim do mundo
Nos sovacos da Estátua
anjinhos de calça larga e gravata
formam orquestra de trombones
junto das negas do Chico.
Acima dos cubos verdes
e das esferas azuis
os homens dançam nos degraus do espaço,
andam no ar entre árvores vermelhas
e foliões já libertos
do cálice da Matéria.
frincha aberta na Porta:
E todo um carnaval
pela marina dos olhos
chamando sol sobre as esquinas da casa,
por sobre os braços antes cabindas
de ferrabrália e tristura.
"....na Serra do Rola-Moça
salvou-se a moça porém...."
É o samba chamando a todos
pelos seus nomes, homens dão-se as mãos,
se esquecem do fim do mundo
Nos sovacos da Estátua
anjinhos de calça larga e gravata
formam orquestra de trombones
junto das negas do Chico.
Acima dos cubos verdes
e das esferas azuis
os homens dançam nos degraus do espaço,
andam no ar entre árvores vermelhas
e foliões já libertos
do cálice da Matéria.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Serafins(Pra minha irmã Débora Nascimento)
Serafins plantando nos igarapés
seus insolúveis solos
de clarineta:
Aguaçais japurás
pelos purús cantando as armas e o varão,
o boto é claro _____ pai de todo malungo
das mamelucas malucas.
Cangalha de curimango______
onde sacis varando noites sem lua,
jongo todo aloprado
mangando assim de Ariti:
Festança do Pai do Mato
jantando a moça
no breu da treva do chão da toca!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Depois de novo os finfins
dos serafins nos solos de clarineta,
igarapés japurãs
causos de não ter Fim.
seus insolúveis solos
de clarineta:
Aguaçais japurás
pelos purús cantando as armas e o varão,
o boto é claro _____ pai de todo malungo
das mamelucas malucas.
Cangalha de curimango______
onde sacis varando noites sem lua,
jongo todo aloprado
mangando assim de Ariti:
Festança do Pai do Mato
jantando a moça
no breu da treva do chão da toca!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Depois de novo os finfins
dos serafins nos solos de clarineta,
igarapés japurãs
causos de não ter Fim.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Estudo em forma de Sono(Pra minha irmã Débora Nascimento)
....de mais Ficência
a janga aberta
quando era exílio pelas esquinas
duns olhos:
Invés de cobre,
inda Esperanto e o tempo enorme
um coração e o rio
rio rio rio rio rio rio rio....
Um quase sol
de praças onde não me Vi______
procuram música no outono
das Cores, onde espero -
me Exista - de Tudo
tudo um novo começo
e que se diz: Passarinho
nas águas que chovem Março
adormecendo o verão....
Pelas esquinas ladeiras
onde essa gente______
que Estrada e trompas
de Ventania....
a janga aberta
quando era exílio pelas esquinas
duns olhos:
Invés de cobre,
inda Esperanto e o tempo enorme
um coração e o rio
rio rio rio rio rio rio rio....
Um quase sol
de praças onde não me Vi______
procuram música no outono
das Cores, onde espero -
me Exista - de Tudo
tudo um novo começo
e que se diz: Passarinho
nas águas que chovem Março
adormecendo o verão....
Pelas esquinas ladeiras
onde essa gente______
que Estrada e trompas
de Ventania....
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